So Nao Muda de Ideias que Nao as tem

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Dizem que os loucos, só se tornam loucos
quando encaram a verdade

Inserida por WesleyNabuco

Todos nós somos merecedores só por estar tentando, um dos acontecimentos que levam a ganhar prêmios é o momento.

Inserida por WesleyNabuco

Valei-me meu padre Ciço
Olha quanta lambança, mata burro, mata o mulambo,
só mi farto o vendedor de jambu.
Corre o fi de boiadeiro! Atrás da vaca desrrecheada.
As galinhas desavisadas já perderam suas nobres asas, foi então que o pensamento voo meu sinhor!
Meu patrão olhando prós pobres esfomeados e falando:- Olha Ademar, se coelho corre quando atira, pobre endoida quando ver que tem comida.
E logo me alembrei seu moço de minha pobre infância que dês de sempre foi pobre, mais rica de ingnorância,
e nunca tirou doce de criança.
Não sou gravata, nem bermudão, não tive lápis, nem tanta caneta, aprendi escrevinhar errado,
e no fundo da erradeira o que me restou é virar poeta por pura brincadeira, e mexer com os coração que bate
a mais de milhão quando vê que o erro é só:
ILUSÃO do acerto.

Sim a poesia é escrita desta forma, dispenso correções.

Inserida por WesleyNabuco

Musica. Só ( consigo.)

Cuida do tempo, pro tempo cuidar de você.

Queima esses lábios no pires e tenta não enlouquecer.

Faz companhia pra solidão,
são só pares dos impares da ilusão.

Acende o clarão desses olhos já vai escurecer.

Mata a saudade do beijo que te fez revoar.
...
Amor, te peço um tempo pra cuidar do tempo que tenho de viver.
2x (Me deixa só ( sozin.)
Mas fica (aqui) 2x
Pertinho (de mim)2
, amor.)

Cuida do tempo, pro tempo cuidar de você.

Faz companhia pra solidão.

Não deixa na mão quem te fez renascer.

Não se esqueça o espelho da alma que vive em você.

( Te deixo só ( sozinha.) Me deixa só ( sozin.)
Com seu amor. Mas fica (aqui) 2x
Te deixo só ( sozinha.) ( Amor.
Ó meu amor.) ( Ó meu amor.)

Cuida de tu ( de mim.)

Mas, por favor, não se esqueça de ser você
o seu amor.

Inserida por WesleyNabuco

Música- ( Par com a solidão) segunda versão.

Só dá tu
Da eu.
Fico em ti,
em mim.
Faço lar, meu par.

Com você a "sós"
Com você sou nós
Solidão, então, coração na mão.

Faz (assim) 2x

Me deixa só ( sozin),
mas fica aqui (pertin),
de mim, amor. 2x

Só dá tu,
Da eu.
Com você a sós.
(Fica nós) aqui. ( Assim.) 2x


Vem pra cá meu bem!
Fica aqui, ali.

Diz pra mim (que quer) (ficar a sós.) 2x
Que quer ficar a nós.
( Aaaaaaa nóóóoooooooooooooooh nós.)

Me deixa só ( sozinha.),
mas fica aqui ( pertin),
de mim, meu bem.

Te deixo só ( sozinha.)
Mas fico aqui ( pertin.)
de tu, amor.

Ficamos só ( sozinhos),
fazendo par com a solidão.3x

Inserida por WesleyNabuco

A inteligencia é orgástica,
o contato é sensação de alma,
um beijo é só um encaixe molhado,
a vivência o plural do aprendizado.

Inserida por WesleyNabuco

Estou perdido em cada detalhe teu.
Só peço para Deus que sejas real.
Olhar pra você é selvagem ou canibal?
Meu bem, deixa-me percorrer com os olhos essas curvas que esboça no riso.
Avistar minha paz nesse ser.
Cansado de levar a rotina nas costas, casamos de levar essa vida na prosa.
Quero ser corda e violão, sua nota favorita, que não seja dó, não seja só, não seja lá.
Sambe com seu corpo em minhas maos,
seja meu pamdeiro.
Deixe-me fazer um samba com suas bandas.
Te deixar vermelha.
Cor de liberdade, cor de sacanagem,
musa vaidade, musa de swing.
Branca de escola de samba,
dança e balança me deixando a pampa.
Se joga crianca, lambuza esse rebolar, remeche bem gostoso no meu colo de amar.
Vem pra cá bem, vem pra cá vem, perto do seu nego moreno cor de quero bem.
Vem pra cá bem, vem pra cá vem, perto do seu nego moreno cor de quero bem.
Vem pra cá bem, vem pra cá vem, perto do seu nego moreno cor de quero bem.

Inserida por WesleyNabuco

Assim como a água você é cristalina e, esse teu jeito de molhar-me o rosto e a ponta dos dedos, é só mais um dos teus segredos.

Inserida por WesleyNabuco

Nem a própria solidão é solitária. Nos acompanha o pensamento no relento do estar só.

Inserida por WesleyNabuco

" Um homem só é um homem ao lado de uma grande mulher."

Inserida por WesleyNabuco

É fato,tato,nato,raso,claro,feito,trato feito,tudo que é de direito,doí no peito,sente só sem o zinho, apenas só, o jeito e como me deito,me esquivo disso ,daquilo, o que me resta, isso tudo,o resto, resto do mundo,o escuro clareia o meu mundo,esconde quem some e acha quem some, sempre dividindo sem subtrair,sempre decidindo onde cair e com quem cair,se for cair caia em pé mesmo que quebre suas pernas, andará com suas próprias mãos.

Inserida por WesleyNabuco

Joguei meus sapatos fora, sou melhor sem par.
Mesmo que digam, mesmo que falem que na vida só se acompanha quem vale a pena.
Vou me acompanhando até que não sobre mais.

O tempo levou na mochila razões.
O tempo deixou na minha boca (um gosto de ti.) 2x
O tempo me leva sorrindo pra perto da saudade.
Será?
Que devo voltar a pensar em quem fui.
E vou pensando em quem já fui.

Buscando me entender.
Buscando me encontrar.

Pego papel,a caneta e rabisco (a lua em que vivi) 2x

Não sei mais vou cair 2x

O tempo levou na mochila razões.
O tempo deixou na minha boca um gosto de ti.
O tempo me leva sorrindo pra perto da saudade.

Será?
Que devo voltar ou pensar em ser quem fui.

Pra nunca mais errar. 3x

Inserida por WesleyNabuco

Estou com sintomas de poesia,
era só vazio.

Inserida por WesleyNabuco

As 02:02 da madrugada, amando a mesma xícara de cafe gelada. Esfriou o cafe, mas é só por no bullying, ainda tem o mesmo gosto. Se teu cafe dormir, acorde o para te despertar o gosto.

Inserida por WesleyNabuco

O dia é a própria observação das suas indignações,
e todos nos imaginamos a tristeza sem cor, sorriso
ou destreza e, essa palavra “Destreza.” Nos fala
do quão relacionado está o medo com a coragem.
Aonde se encaixa as coisas triste nisso tudo?
A aceitação de que as coisas mais alcançáveis podem
estar distante da tua escada, é a tristeza refletida no ar
de esperanças, a sua coragem cambaleando pelo caminho
do esforço une-se em uma palavra “ Destreza.”
Ressignifiquei a palavra para não perder a risada, talvez não perder a certeza de que tudo pode dar errado por mais perto que estejamos dos sonhos, isso não é pessimista, realista, talvez o desacreditado seja um imbecil, as coisas sempre podem...assim como não podem acontecer.

Inserida por WesleyNabuco

⁠A loucura do homem é tão profunda que só uma dedução de um remédio pode curá-lo. Mesmo com tantas incertezas, a esperança vem para lembrar que há sempre uma saída, mesmo que seja a mais improvável.
Marcos romântico humorista do Brasil
😆😆

O novo remédio para sedução tem o efeito de deslumbrar aqueles que são seduzidos e fazer os outros retirarem a mão. Com seu poder encantador, ele atrai as pessoas para um mundo de emoções e desejos intensos. Seu encanto é tão grande que é difícil resistir à sua magia.


O proverbio diz que o tolo morre uma vez só, o que significa que aqueles que se envolvem em atos imprudentes são punidos, e suas consequências duram para sempre. A lição a ser aprendida é que, apesar do desejo de experimentar e aproveitar a vida, é necessário tomar decisões sensatas e refletidas para evitar consequências desagradáveis no futuro.

⁠Só lamento!

Quero dizer que, aqui dentro dela, ela que trabalha, que ama o que faz, que às vezes toma a frente de tudo e resolve. E que às vezes não, quase sempre! Não é à toa que sempre que tem algo para resolver a procuram.


Mas o que eu quero realmente dizer é que, aqui, bem do lado esquerdo do peito dela, existe um coração que anseia por vida, por amor e carinho. Desses que se dá sem intenção alguma. Anseia pelo carinho e pela atenção verdadeira. Não precisa ser física ou palpável sempre. Não é desta que ela precisa. Ela precisa saber que você gosta tanto dela e que quando ela sentir o chão fora dos pés, você vai estar lá e vai dizer pra ela: "Não se preocupe, estou aqui". Nem que seja por mensagem.


Para seguir em frente com toda a energia que ela carrega no peito, ela precisa daquele que vai unir a sua vida. Sabe por que ela precisa? Porque ela precisa se lembrar que tem uma feminilidade, tem uma mulher cheia de amor, paixão e desejo dentro dela. Caso contrário essa pessoa linda vai sumir e vai petrificar. Ela não precisa de um homem que a sustente, que lhe dê uma casa ou bens materiais.


Ela precisa daquele que vai olhar nos olhos dela e vai brilhar só porque ela existe. Ele sabe que o que ela precisa é ser e ele saberá ser para ela. Já diria um certo padre: “Quer saber se ama alguém? Pergunte a si mesmo. ‘Qual é a utilidade?”.


Se não souber qual a utilidade, mas não sabe viver sem a pessoa, se quando acontece algo pensa em contar pra ela, quando acorda pensa nela, quando vai dormir pensa nela, quando do nada ri de uma lembrança de vocês…


Quando você entender que não importa mais nada além do que você sente quando está com ela fisicamente ou em pensamentos e deixar isso acontecer, então você encontrou e foi encontrado por aquele tal fio vermelho.


Existe algo além e ela sabe disso, mas sabe também que isso é raro. Da última vez que ela sentiu isso e simplesmente acabou, ela decidiu fechar-se para o mundo e para entrar foi difícil. Desfizeram o muro, a redoma em que ela se encontrava. Mas não foi para ficar que desfizeram tudo.


Dizem por aí que tudo é aprendizado, mas ela aprendeu, muito antes disso, e tinha jurado para si mesma que não passaria por isso novamente. Mas ela foi desarmada e do mesmo jeito que derrubaram o muro, ela o ergueu na maior velocidade.


E aqui mora o medo que tenho em relação a isso tudo! Ela jamais vai baixar a guarda, ela não vai! Pois a conheço bem. Ela vai ficar cada vez mais em casa, não vai se preocupar em ficar linda, vai deixar pra lá. Não vai existir mais magia para ela. Quebraram o último encanto. E não tem culpado, só lamento.


Ela vai focar na vida prática e sem emoção. Fogo isso viu! Eu a conheço e ela não vai mais ceder a qualquer tentativa, pelo contrário. Ela vai afastar as pessoas até que ninguém vai vê-la. Ela quer ficar invisível. E sabe o que mais? Ela não quer mais sentir-se indefesa. É como uma droga.


Ela ficou limpa por muito tempo e recaiu, agora vai se limpar e não vai mais tomar ou sentir. A regra de ouro é evitar pessoas, situações e lugares que te levam a ficar doente. Você não pode voltar para onde adoeceu. E ela sabe disso.

Sabemos que não foi por mal, mas fez mal porque abriu e deixou ali exposta sem a pessoa que a protegeria se algo viesse ferir seus sentimentos! Mas, não viram isso! Agora voltamos para aquele lado em que a magia perdeu. Saiba que isso é um crime! Aquela redoma ficou inquebrável, te garanto isso!


Ela não vai condenar ou vai culpar alguém além de si mesma, afinal, foi ela quem decidiu enfraquecer seu forte, foi ela que baixou a guarda achando que o mundo exterior já tinha mudado pois estava em silêncio tudo! Foi erro dela e nada que possa dizer vai fazer com que ela pense o contrário. Eu, ficarei aqui lamentando e vendo aquela que nasceu para irradiar ser apagada e enterrada viva pela última vez…


Bom era isso! Era isso que eu queria dizer! E como lamento dizer tudo isso!

Inserida por anaclaudia-grd

⁠O tempo pode ser uma coisa bem voraz, às vezes se apodera de todos os detalhes só para si mesmo.

O Caçador de Pipas.

“Por você, eu faria isso mil vezes”
Entretanto…… Amir foi o personagem que mais me decepcionou.😢 tô com raiva de Amir, nunca tive um Hassan na minha vida, me identifiquei por demais, passei pelos mesmos conflitos que ele, as mesmas situações, por razões bem parecidas nos anos 70, no meu caso foi trancafiado (pelos Amir da época) em um quarto escuro, por dias, por meses, era costume da época. As famílias especialmente as religiosas escondiam, se escondiam, atrás do manto da bondade enquanto praticava crimes em q a dor nos marca para o resto de nossas vidas. Onde está Amir agora, o grande escritor. Não, não o perdoo, a menos que ele tivesse tornado público em seus contos a verdadeira história que ele silenciou. Não estou preparado para o perdão.

Inserida por fernando_kabral

⁠CARTA DE PRINCÍPIOS

A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Leitura: Fernando kabral 13

Inserida por fernando_kabral