So Nao Muda de Ideias que Nao as tem
As missões que o Evangelho nos dá devem começar em casa. O amor ao próximo deve começar entre os cristãos. Engana-se quem ignora a fé do outro, é anti-cristão quem condena as igrejas diferentes da sua. Onde a plenitude dos elementos salvíficos se encontra, muito se perdeu entre os homens. Por isso, há sempre o que considerar e o que descartar em todas as práticas de fé. - Profecia ao Povo de Deus, que é maior do que nossos olhos podem ver.
Às vezes, nos perguntamos o que é ser bom. Vejo que muitos dos intelectuais consideram "bom" quem se assemelha à máquina de 'O guia do Mochileiro das Galáxias': trabalha sem parar para responder à pergunta mais fundamental de sua "vida" e, depois de milhares de horas, dá uma resposta insignificante para o mundo. O discurso é 'sejas multi e serás bom', mas o que se julga é 'Sejas exatamente o que eu quero que serás bom, para mim'. Mas eu fiz uma escolha, há algum tempo. E tenho a vantagem de saber que minha escolha me dá vida, de fato.
Mais importante do que passar pelos momentos da vida, é fazer uma leitura honesta e realista deles. Assim, a utopia continuará existindo em nossos corações.
Já consigo ver as raízes dos problemas dos oprimidos e entender seus atos. Falta-me amar os opressores e agir como eles não esperam.
Emociona-se, ao assistir à Globo,
Com a morte do DG
Mas quando encontra um outro jovem
Que, infelizmente, furta pra sobreviver,
Amarra, chuta, mata
E diz: o culpado por isso é só você.
Há uma maneira melhor de ser crítico(a), do que falar das mazelas do Brasil, ou da educação do brasileiro: pense nos problemas, mas só fale das soluções.
A vida é muito mais do que acordar morrendo de sono, tomar banho, ir trabalhar e voltar morrendo de sono para somente dormir. Porém, essa passagem que estamos vivenciando, nesse momento, deveria ser melhor. Pena que nós mesmos a desfiguramos e transformamo-nos em ferozes inimigos de mercado.
Chega um momento, na vida do(a) cristão(ã), que agir somente dentro dos limites do templo já é pequeno demais para ele(a). Aí, a ação evangélica transborda os muros e os preconceitos. Já não é cabível a essa pessoa, ver um irmão, ou uma irmã, com necessidades e não parar para ajudá-lo(a). Já não é humano passar por alguém que sofre e não sofrer junto. Num determinado momento, amar o outro como a ti mesmo pede que quase nada seja mais importante do que a vida do outro. O "sair de si mesmo" torna-se obrigatório. Não há cristianismo, se agimos somente para nós, em nosso favor, por nós.
A vida começa ser ínfima, diante do que pode-se fazer. Então, o Eterno sobrepõe-se ao Agora e tudo faz sentido: minha vida, meus dons, já não me pertencem mais. Eles devem ser colocados à disposição de algo maior. O Eterno vai ficando mais presente a cada dia e tornando-se o guia do agir, do pensar, do falar.
Não é para viver esses 70, 80 anos como se nunca fosse morrer. É para amar nesses 86400 segundos que temos todos os dias.
O negro precisa trabalhar mais, ser mais honesto, para estar acima de suspeitas no trabalho. O negro precisa se vestir melhor, fazer mais a barba, alisar mais o cabelo, para não ser confundido com um assaltante. O negro precisa ter dinheiro para comprar um sapato para o filho e nunca esquecer a nota fiscal, porque a qualquer momento pode ser abordado. E além disso, há muita gente que acha que o negro deve permanecer calado.
A pessoa passa a vida inteira sonhando com o dia que terá condições de melhorar de vida, dar o que não pôde ter para seus filhos. E aí, quando consegue, a sociedade lhe nega o direito de ser.
Lute, resista, persista.
O que mais me impressiona no Cristianismo é o momento que deixamos de pensar em nós mesmos e passamos a nos preocupar com a construção do Reino de Deus.
Quando comecei a notar os rostos sofridos que estão pelas ruas, pelas periferias, pelos campos e pelas cidades; entendi que a proposta de amor também é proposta de luta, que a proposta de paz também é proposta de justiça. E se coloquei-me na roda, tenho a responsabilidade sobre essa gente, que tem nome, histórias e sonhos.
Cada vez que vejo um ser humano sendo massacrado pelo sistema (seja o sistema político, religioso, econômico, etc.), sinto o estômago revirar, a garganta fechar e o choro vir à tona.
É questão de direitos. O Estado, as igrejas, os sustentadores da economia têm a obrigação de "morrer" antes de qualquer cidadão da "base". Essa é a ordem correta.
Nenhuma instituição é mais valiosa do que uma única vida.
Eu tento entender, mas não consigo. Tento de novo, e não me é possível compreender o ciclo vicioso que caímos, porque quem sempre pôde ajudar a mudar a realidade, sem muito esforço, também nunca se interessou por isso. Colocam seu dinheiro acima do prato de comida digno para muitos outros.
Quem se negaria a ter educação de alta qualidade? E aqueles que têm a oportunidade de dar educação de qualidade para todos, mas não dão?
E são esses mesmos, que negam os direitos para todos, os primeiros a puxar o gatilho, quando alguém os incomodam. Para eles, a lei é matar qualquer um que os enfrente, ou que seja ser humano demais para sobreviver com o que eles oferecem.
Temos o dever moral de desrespeitar leis injustas.
Já pensou o quão bem estaríamos, se desde a década de 50, a TV falasse todos os dias em como acabar com a seca?
Conheço um homem que lia 2000 páginas de livros por semana em busca de conhecimento, mas que se sente muito mais realizado depois que passou a fazer a perguntas certas e encontrar as respostas dentro de si.
E há quem diga que sente-se excluído(a) porque é branco(a). Temos a obrigação de garantir os direitos historicamente negados. E pouco importa se isso implica em diminuir os nossos direitos. Não sou negro. Apesar de morar na periferia, fora dela não sofro preconceito. Já fui bem tratado, quando o alarme apitou quando passei pelo sensor. E assim é, quando qualquer não negro passa por isso. Enquanto houver a desconfiança impregnada em nossa cultura, temos o dever moral de lutar contra ela.
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