So aquilo que Nao nos Pertence e que nos Completa

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Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.

Jean-Paul Sartre
SARTRE, J., O Existencionalismo é um Humanismo, 1946

A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores.

A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser e humor por aquilo que efectivamente são.

O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não compreende.

Aquilo que foi e que será, e até mesmo aquilo que é, não somos capazes de saber, mas quanto àquilo que devemos fazer, não apenas somos capazes de saber, como também o sabemos sempre, e somente isso nos é necessário.

A verdade não é, de modo algum, aquilo que se demonstra, mas aquilo que se simplifica.

Quando não se tem aquilo que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.

Aquilo que os homens de fato querem não é o conhecimento, mas a certeza.

Nem chega a ser útil saber o que acontecerá: é muito triste angustiar-se por aquilo que não se pode remediar.

Conhecimento não é aquilo que você sabe, mas o que você faz com aquilo que você sabe.

O homem não tem um corpo separado da alma. Aquilo que chamamos de corpo é a parte da alma que se distingue pelos seus cinco sentidos.

O que fizeste para a mulher, isso ela pode esquecer, mas nunca esquecerá aquilo que para ela não fizeste.

Eu digo que se alguém não faz, o tempo todo, tudo aquilo que pode e até mais do que pode, é exatamente como se não fizesse absolutamente nada.

Quem aceitou um beijo e não aceita tudo, merece perder aquilo que recebeu.

O real não é nunca aquilo em que se poderia acreditar, mas é sempre aquilo em que deveríamos ter pensado.

Não existe comparação entre aquilo que é perdido por não se obter êxito e aquilo que é perdido por não se tentar.

O que se pode dizer pode ser dito claramente; e aquilo de que não se pode falar tem de ficar no silêncio.

A experiência não é o que nos acontece; é o que fazemos com aquilo que nos acontece.

Aquilo a que chamamos acaso não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido.

Não sendo possível fazer-se com que aquilo que é justo seja forte, faz-se com que o que é forte seja justo.