Sinto falta do meu Passado
Uma das coisas que mais me confunde quando surge algo do meu passado é nunca saber se aquilo realmente aconteceu daquela maneira, se aquela era a maneira que parecia para mim naquele momento ou se estou inventando. Sou como um homem que passou a vida inteira semiadormecido, tentando descobrir como ele era antes de acordar. Tudo está estranhamente borrado e em câmera lenta.
Sei que não sou o melhor em escolher amores
Nós dois sabemos que meu passado fala por si
Se você não acha que fomos feitos um para o outro
Por favor, não deixe a história se repetir
E assim sem saber quanto tempo me resta vou levando minha vida. Meu passado ainda me traz muitas lembranças, todas as marcas que trago e não consigo apagar me castigam de alguma forma, é um sentimento sufocante que me prende a situações que não quero mais viver. Nunca fui bom em me cuidar, sempre fiz tudo ao extremo e passei muitas vezes dos limites e transgredi algumas regras pensando que ser rebelde era provar que eu era maior. Meu maior engano era pensar que fazendo isso seria feliz, meus amigos ficariam impressionados, não medi o mal que isso a mim causava.
Olho hoje pro presente sem muitos anseios, queria apenas aquietar meus demônios e aprender a conviver pacificamente com aquilo que não sou.
Hoje me vejo egoísta e sem vontade de apreciar futilidades que outras pessoas veneram. Me tornei ser inquietante, em busca de uma explicação maior pro que aparentemente é a vida em sociedade. Muitas vezes me pego pensando em me isolar, mas me basta um dia inteiro em minha própria companhia pra ver que seria insuportável aceitar essa condição.
Não procuro ninguém quando saio na noite, tento me encontrar em meio aos sorrisos e abraços de amigos e amantes que vejo na minha frente, será que me pus tanto a me encontrar que toda essa gente me é chata? Sou ser instrospectivo que se permite mostrar os dentes quando tento em uma roda de pessoas que não vejo graça nenhuma mostrar algum interesse, minha vontade só é sair dali o mais rápido possível.
Penso todo dia que tenho cada vez menos tempo pra realizar, mas me sinto incapaz de mudar a situação, de fazer, de sair do conforto e enfrentar a felicidade plena de me encontrar naquilo que creio fará algum sentido na minha vida. Ando vazio, amores vazios, garrafas vazias, coração cheio de emoções que se aprisionam com medo de mais uma vez se desapontar ao se entregar.
Ando meio assim, meio assado, meio levando com a barriga, levo do jeito que vão me guiando, vou levando e cada vez mais recluso, perdendo cada dia mais minha identidade que agora questiono se algum dia tive. A tristeza me é recorrente, se tornou amiga, permiti que muitas pessoas levassem meu melhor e me sinto vazio.
Trago a tristeza dos outros, as angústias, os medos, anseios e absorvi isso ao longo dos anos, de pessoas que passaram na minha vida, queria ser o salvador, mostrar a felicidade que trazia, e por fim aceitava os sentimentos negativos como recompensa.
Sempre me doei mais do que podia, me sinto esgotado, entreguei minha alma algumas vezes nesse caminho, toquei pessoas aonde já não existia mais vontade de se viver, mas meu castigo foi perder a minha própria vida.
E sem saber como viver esses tempos difíceis vou levando, um dia de cada vez que é pra não me assustar.
Engraçado como tenho me permitido, deixo pessoas entrarem na minha vida de forma natural e novamente chego à conclusão que eles só vem pegar o que querem, depois me deixam vazio e vão embora sem dizer adeus.
Esse mundo se tornou frio, tudo se consegue facilmente na outra esquina, em outra pessoa, em outro coração, não se precisa mais ter zelo, paciência, a vida realmente foi reduzida a momentos e nada mais.
Eu quero mais que isso, quero pelo menos a chance de tentar, de me mostrar, que não pare no meio.
Ando meio frustrado com os aspectos e consequências que uma vida pensante me causa, sinto dor e tristeza toda vez que me exponho, mas não aprendo, sou literal, quem sabe um dia cruze alguém com as mesmas características, quem sabe exista alguém disposto a ser mais que momento, que seja mais que até logo.
Meu passado era parte de mim e moldava quem eu era agora, mas não definia quem eu me tornaria. Não me controlava.
A única pessoa neste mundo que pode me julgar sou eu mesma. Conheço meu passado. Sei por quais caminhos percorri. Conheço meus erros e as razões que me fizeram errar. Ninguém, absolutamente ninguém sabe das minhas dores e muito menos conhece minhas cicatrizes. Portanto, não aceito lição de moral dos outros.
“Vai negar a saudade? Vai negar o amor? Vai negar o passado? Ah meu bem, pra que mentir? Todo mundo sabe que você ainda não me esqueceu.”
Espaço restrito
O meu trabalho de ontem
é recomeço do hoje no cansaço
O meu sonho do passado
é o meu trauma presente
O meu pressentimento do erro
é o acontecimento exato
Os meus juramentos secretos
é a insônia da noite
O meu grito de guerra
é o fantasma da liberdade
A minha condição secundária
é a solicitude
O meu primeiro passo
é na areia monazítica
Os meus princípios
é no espaço de um metro quadrado.
todas as explicações de minha conduta por meu passado, meu temperamento, meu meio, são pois verdadeiras, com a condição de serem consideradas, não como contribuiçoes separáveis, mas como momentos de meu ser total que me é permitido explicar o sentido em diferentes direções, sem que se possa nunca dizer se sou eu quem lhe dou sentido, ou se o recebo deles.
Beladona
O discípulo disse ao mestre:
- Tenho passado grande parte do meu dia pensando coisas que não devia pensar, desejando coisas que não devia desejar, fazendo planos que não devia fazer.
O mestre convidou o discípulo para um passeio na floresta perto de sua casa. No caminho, apontou uma planta e perguntou se o discípulo sabia o que era.
- Beladona - disse o discípulo. - pode matar quem comer suas folhas.
- Mas não pode matar quem simplesmente a contempla - disse o mestre. - Da mesma maneira, os desejos negativos não podem causar qualquer mal se você não se deixar seduzir por eles.
“A única lição que eu levo do meu passado é que, tudo o que hoje está lá, teve o seu motivo pra não continuar comigo.”
E eu, que jurava que meu futuro estava no meu passado, ganhei uma bolada na vidraça do presente, só pra ele mostrar o seu lugar...
Tempos idos
Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo dessas crenças que passaram,
e quero sempre tê-las ao meu lado!
Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão,
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos de um Passado!
Ai! Não me arranques d’alma este conforto!
- Quero abraçar o meu passado morto,
- Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!
Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!
Guardei meu sorriso em algum lugar do passado e agora ele esta com medo de retornar.
Não o culpe...
Eu não o culpo.
As devastações de um pensamento quase infantil os trouxe a esse estado.
Não sei se algum dia ainda aqui, ele retornará ao canto de minha boca.
E eu te conto um segredo, baixinho: não há ninguém como você. Nem no meu passado, nem no meu futuro. Você conseguiu calar todos os meus traumas e medos. Todo o passado, agora, é só uma lembrança embaçada e sem graça de uma vida pré-você. Todos os fantasmas foram embora. Toda a complicação deu espaço pra essa coisa boba de ser feliz por nada. E não existe alguém comparado à você, amor. E não vai existir, disso eu tenho certeza. É só você. Você, que tratou de ocupar todos os espaços que estavam faltando na minha vida. Que me fez querer ser uma pessoa melhor. Que me faz sorrir sozinha por imaginar como tudo ficou tão simples desde que você chegou.
Hoje senti meu passado ir embora através de uma lágrima ... entendi que o passado já passou, e nada, mas nada do que eu faça poderá fazê-lo mudar ... se errei, se acertei ... hoje não importa mais, passou ... esse chance, esse momento da minha vida não voltará ... esse amor, esses sentimentos, essa alegria ou desilusão, já passou ... e hoje, me despedi do passado através de uma lágrima ... mais uma lágrima ... mas tentei entender que a última lágrima é sempre necessária por algo que já morreu ... e que essa lágrima representa muito mais alegria do que tristeza, pois ela vem pra mostrar que o passado ficou, mas que tenho um futuro novinho pra viver e construir!!!
Fiz da minha mente o palco, das minhas idéias o cenário e do meu passado a platéia. E eu? Fico entre o palco, o cenário e a platéia me divertindo!
Espelho-me em pessoas do passado, para que o meu futuro seja diferente do meu presente e reluzente na mente de muita gente!
Deus, livra-me e perdoa-me pelo meu passado. Eu estou tão cansada desse mundo. Me abraça, Pai? E não solta, por favor.
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