Sinto a tua Dor
Saudade é a ferida aberta do amor,
A dor da falta que o tempo não curou,
O medo e a incerteza de estar só,
E a tristeza que invade a alma em pó.
No vazio do peito, a saudade espreita,
Um eco de amor perdido, dor que se deita,
No palco da solidão, o medo se agiganta,
Desesperança e tristeza, na alma, se levanta.
Na ausência do ser amado, a falta ecoa,
Incertezas pairam no ar, como sombra à toa,
O estar só é um fardo, pesado a carregar,
Desesperança e tristeza, no coração a morar.
Mas, no âmago da escuridão, um vislumbre de luz,
O amor que foi embora, também pode ser a cruz,
consigo, na solitude profunda,
Reencontrar-se consigo, na solitude profunda,
Desesperança e tristeza, transformadas em busca fecunda.
Já guardei no
meu peito a
dor da saudade
que me fez chorar...
E então percebi
que saudade
também pode
ser felicidade
e te fazer sorrir.
Te conhecia bem;
sua fraqueza,
sua dor,
seus proximos passos
depois das brigas.
Mas não imaginou
Que seguiria em frente
Por alguém que mais ama.
"Você mesmo"
Olhai sua própria face
Configure suas ações
Pra que não se sufoque
Com sua própria dor
No caos eterno do sofrimento
Sofonias
DOR
Desbotada, à rima da poesia sombria
Sobre a agonia da sorte predestinada
Tal qual a lua na noite, esbranquiçada
O versar na prosa é de pálida melodia
E nesse tom lúrido e de sensação fria
A inspiração pela solidão é embalada
No silêncio das ideias, cheio de nada
Onde cada verso, de agrura se vestia
Chora o verso, e o verso vai chorando
Sofrença palpitando, as quimeras indo
Da imaginação. A tortura no comando
Não rias da poesia, ó vil dita, convindo
Pois, o versejar vela a tristura rimando:
Com muitas lágrimas no papel caindo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de maio, 2023, 15’55” – Araguari, MG
Esse é o fim da nossa juventude, quando a dor começa a tomar conta?
Simplesmente não sei se um dia vou conseguir esquecer isso
Tudo está desmoronando, quando o amor é real, nunca há encerramento
Acho que isso tudo faz parte da vida, mas não posso evitar ficar triste
Imagine a dor de sua mãe vendo você se afundando no álcool. Agora imagine a sua dor ao ver seu filho se afundando no álcool.
A vida é um ciclo, cuidado com o exemplo que você dá para quem se espelha em você.
Eu vi a dor me abraçar e me esmurrar sem nada poder falar...
Eu vi o desprezo de mim zombar sem nada poder falar...
Eu vi o abandono me levar nos braços daqueles que deviam me amar...
Eu vi a solidão me tomar sem nada poder falar...
Eu vi o medo me dominar sem nada poder falar...
Eu vi a escuridão me tomar sem nada poder falar...
Eu vi no sorriso fingido o amor não correspondido, sem nada poder falar...
Eu vi e tive que aprender a conviver com quem me desprezou e nunca um gesto sincero nem uma palavra de amor para mim falou, apenas o vazio e a dor sem nada poder falar...
Eu vi os que falaram palavras lindas cometerem coisas horríveis sem nada poder falar...
Eu vi sozinho no corredor da morte minha vida escorrendo como um rio...
Eu vi tudo que eu era e tudo que nunca fui, vi tudo que perdi e tudo que nunca terei sem nada poder falar...
Eu vi meu corpo no chão sem direção alguém de repente tocou meu ombro uma voz eu ouvi
Estou e estarei contigo por onde fores, eu pude falar, eu não conhecia Deus mas dali em diante nada mais eu pude duvidar, nele eu posso confiar
TODA DOR DO SONETO
Toda dor do soneto, por mais que doa
Na própria ilusão encontra o refrigério
As lágrimas doídas de um despautério
Veda-as no desabafo duma poesia boa
O que conforta, a sensação que povoa
Que faz sonhar, um refundir, o critério
Que nos repara, nos valida, o cautério
Da gana n’alma. O amor tudo perdoa!
Quando a poesia compõe o outro lado
E, depois de descarregar a amargura
Do verso que sentiu... tudo é passado!
Noutra parte há de, acalanto, a ventura
Conjurando aquele instante apaixonado
E o poema segue num adeus à tristura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 de maio, 2023, 12’59” – Araguari, MG
A DOR DA PERDA
Não existe uma dor maior do que a dor da perda, doi mais ainda quando essa perda é a de um parente, pai, mãe, irmão, filho, amigo ou alguém que convivemos e gostamos muito, ai é complicado, o mundo desaba sobre nossas cabeças, perdemos o chão e muitas vezes até a vontade de continuar. É uma dor devastadora que parece não ter fim.
Ainda não aprendemos a suportar essa dor e acredito que jamais aprenderemos, o tempo continua sendo o melhor remédio para isso, ele vai aos poucos nos confortando e diminuindo essa dor, mais nunca nos livra verdadeiramente dela, pois vira e mexe bate aquela saudade e lá vem aquela dor insuportável novamente, e pior, parece que volta cada vez mais forte e intensa. Mais o ser humano é incrível, ele tem uma capacidade absurda de suportar e conviver com a dor. Porém, é muito mais difícil aceitá-la quando se trata de alguém que amamos ou alguém muito próximo e querido, então, o que fazer?
Acho que devemos aceitar que não temos nada o que fazer, que talvez esteja escrito e que aquele ciclo já estava completo, às vezes prematuro, às vezes pleno, não importa, tinha que ser assim, ainda, devemos acreditar que onde quer que esse alguém esteja quando partir, ele jamais nos abandonará e estará sempre zelando, cuidando e nos protegendo, por fim, acredito que quanto antes entendermos e aceitarmos sua partida mais fácil será para que sua alma se liberte desse mundo e siga em paz onde quer que esteja, sabendo que estaremos bem e que continuaremos nossa jornada e por fim, o mais importante nisso tudo é preservar o Amor e o Carinho que existiu em vida e continuará a existir sempre, mantendo sempre viva as lembranças e os momentos felizes e que mais cêdo ou mais tarde todos voltarão a se reencontrarem em seu devido tempo.
É assim que eu acredito que devemos encarar a dor da perda de alguém.
Ailton Bahia,
"A DOR MAIS DOÍDA
E a principal e mais importante passageira do trem da minha vida acaba de descer na sua estação, me deixando seguir viagem com o coração partido, cheio de dor e saudades.
Mãe! Sei que quando chegar na minha estação a senhora estará lá, de braços abertos, com um lindo sorriso me esperando."
Ailton Bahia,
