Silêncio e o Tempo
"Por mais que Deus fale em todo tempo, há momentos em que Ele permanece em silêncio. Aprenda a discernir quando é Deus falando e quando é apenas o seu coração, para não perder a oportunidade de ouvi-Lo verdadeiramente."
Ciano Barbosa 🖊
O silêncio, a ausência,
a demora, a desculpa,
a falta de tempo,o tanto faz
e o pouco caso são respostas, são sinais que, às vezes,
não queremos perceber.
Momentos de silêncio, um carinho encontrado nessas raras passagens de tempo. Quando elas acontecem, percebo que é o momento de encerrar muitas coisas, absorvendo os ritmos naturais da vida. O ruído da natureza. O outono vem vindo e sinto que preciso descascar as camadas de peso que impedem meu caminhar. Em vez de querer voltar pra dentro, hibernar, um senso de renovação e abertura está florescendo, um anseio por mudança.
Mudança, palavra que excita a pronúncia. Grande, pequena, me põem em desalinho na ponta da agulha da caixinha de música. Eu nunca fugi para longe das mudanças, mesmo com ossos congelados, os braços sempre estiveram abertos.
Se eu estou com medo de alguma coisa? Arrependimento? Dar um salto de fé cega e não saber onde vou cair me assusta muito menos do que o potencial de um arrependimento. Jogar pelo seguro? Não, obrigada, a vida é inteiramente muito curta.
Então, esses momentos de silêncio são pura clareza para minha alma. Reflexões e devaneios amarrados com o fio das lembranças, um desdobramentos dos desejos de ser.
E, como se abrisse os portões do jardim, e ocupasse meus espaços com perfume, a novidade se instala em mim.
Florescem as flores no silêncio do tempo,
Trazendo beleza que o vento carrega.
Breve instante, perfume e encanto,
Vida que nasce e na brisa sossega.
No silêncio da natureza, onde o tempo parece desacelerar, encontramos refúgio para nossas almas inquietas. Dias incríveis se desdobram diante de nós, como páginas de um livro aberto pela brisa suave.
E o cheiro de mato, é como uma poesia que desperta nossos sentidos. Cada inspiração é um convite para nos perdermos na vastidão verde que nos cerca, lembrando-nos da beleza intrínseca que muitas vezes passa despercebida na agitação do dia a dia.
Assim, em meio a esses dias incríveis na natureza, descobrimos um equilíbrio renovado e um apreço mais profundo pela simplicidade que o mundo natural oferece…
Encontramos um poema escrito pela própria essência da vida.
O que é a morte, senão o esquecimento,
Um silêncio profundo que vem com o tempo?
O corpo pode cair, esvair-se no ar,
Mas o que somos, o que vivemos, ninguém pode apagar.
A morte não é o fim, mas a ausência do olhar,
A distância que cresce quando param de nos lembrar.
Mas quem toca a alma, quem imprime no peito,
Não morre jamais, permanece no perfeito.
O corpo se apaga, mas o espírito arde,
Em cada lembrança, em cada saudade que invade.
Na memória dos que ficam, a vida ressurge,
E nas palavras que ecoam, o ser se refugia.
A morte é só uma curva na estrada do ser,
Um ponto que nunca é definitivo, mas se faz entender.
E quando o último suspiro for dado, o último ato concluído,
Seremos eternos, pois o amor que deixamos será sempre ouvido.
Enquanto alguém contar nossas histórias com amor,
Viveremos, imortais, como a eterna flor.
A morte não pode nos calar, pois a vida é contada,
Na memória que preserva, nossa alma é eternizada.
A Sublime Transcendência do Amor Perene
É no silêncio profundo, onde o tempo se aniquila,
Que se entrelaçam os olhares, imersos na infinita partilha.
Nos dedos que se encontram, como o fio invisível da existência,
O toque é eternidade, a carne se dissolve em resistência.
O amor verdadeiro não é mero vestígio,
Mas a essência que permeia, imortal em seu rito.
É o calor da alma que se transmuta em matéria,
E o perfume das promessas, exalando a imperiosa quimérica esfera.
No abraço, o ser se funde em um só corpo,
Onde cada respiração é um cântico solene, exposto.
As palavras tornam-se ecos, mas são silenciosas e plenas,
Sendo a boca apenas o ponto de transgressão das amarras pequenas.
O som da respiração é o zéfiro que acaricia,
E cada suspiro é a poesia de um amor que se eterniza.
Os lábios se tocam, e o gosto do beijo é a epifania do enigma,
Onde o desejo é sacramento, e o corpo, pura magnífica enigma.
É a cor do infinito, que se vê na aurora do ser,
A textura do silêncio que se torna a própria razão de viver.
O amor verdadeiro é o fogo alquímico, que purifica o abismo,
Onde o coração se eleva, transcende, e se torna o próprio cinismo.
Quando o mundo se desfaz nas sombras do cansaço,
É no abraço do amado que se encontra o espaço.
O amor verdadeiro não se apega ao efêmero,
Mas navega nos rios da alma, profundo e etéreo.
Em cada passo, é a perda e o encontro, o eterno movimento,
É o gosto da entrega, o aroma do discernimento.
A sinfonia do ser se dissolve no outro, numa dança inaudível,
Onde o amor verdadeiro se faz sublime, impossível, infundível.
O Sonhador
É capaz de ficar horas conectado ao tempo.
O silêncio, para ele, parece casa.
Acho que é por isso que ele dá asas a tanta imaginação.
O sonhador vive duas vidas:
a vida que tem e a vida que cria.
São esses que enxergam além do que os próprios olhos podem ver.
Só sonhando se tiram os pés do chão.
Só sonhando se pode imaginar um mundo melhor.
Todo mundo toma porrada,
mas uma vida sem sonhos:
É como uma árvore sem frutos,
a borboleta sem a flor,
o pássaro sem o céu,
o barco sem o vento,
um camponês sem chapéu.
Autoria: #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 20/02/2025 às 18:30
Momento em Pausa
Meditar o silêncio
Movimentar a pausar
Envolver notável tempo
Em moderação permite aliviar uns percalços
Solidez alcançada dos detalhes chamado pausa.
No labirinto do tempo, um amor se perdeu,
Memórias desbotadas, um adeus que doeu.
Silêncio ecoa onde antes havia canção,
Um vazio profundo, uma estranha solidão.
Saudades que não sentimos, um paradoxo cruel,
A falta que se esconde, um véu de papel.
O coração emudecido, sem lágrimas a verter,
A alma anestesiada, sem nada a dizer.
Vestígios de um passado, em fotos amareladas,
Sorrisos congelados, promessas enterradas.
A rotina segue em frente, sem olhar para trás,
Mas a ausência persiste, em cada passo que dás.
Um amor que se esvaiu, como areia entre os dedos,
Sem deixar rastros, sem deixar segredos.
A vida continua, em seu curso implacável,
Mas a ferida lateja, em um canto inabitável.
Saudades que não sentimos, um enigma a decifrar,
A dor que se mascara, sem se revelar.
Mas no fundo da alma, um grito silencioso,
Um lamento contido, um adeus doloroso.
Por muito tempo o silêncio foi a companhia mais leal à minha boca. Dela a palavra se perdeu. Engoli e com força o vômito, o suspiro, o choro, o rancor, a dor, a raiva. Às vezes, até mesmo a alegria. Esse medo bobo de desagradar que implantaram dentro de mim. E nesses movimentos caóticos me perdi dentro de mim mesma. Me afoguei no mar de palavras que permaneceram em tempestade, me puxando para dentro, não permitindo emergir. Esse mar que me tira a liberdade e que me faz muda diante, principalmente, daquilo que me fere a pele. E venho escolhendo todos os dias a desaprender o silêncio. A reencontrar a palavra, a não mais engoli o que me tira o sono. O que deixa na boca um sabor amargo.
ESSA SOU EU
Sou o tempo, sou o mar,
sou a voz do silêncio,
o grito do vento.
Sou a dor que quer abraçar,
o carinho do mar...
o beijo da lua,
o sol para seu coração esquentar.
Sou o enigma de mim mesma em doar,
sentir, receber e se dar.
Essa sou eu... nasce para te amar
"É tempo de silêncio. Há tanto barulho no mundo que de fato, somente vamos escutar se estamos em silêncio para ouvir a Voz."
—By Coelhinha
O silêncio é como as estrelas quanto mais tempo passa mais tempo passamos contadando elas e não chegamos a um denominador comum.
O tomate murcha no silêncio do tempo, enquanto o sol se esconde atrás das montanhas que não precisamos mais escalar.
Silêncio
O silêncio é revelador,
Trás ideias, sonhos, reflexões.
Ao mesmo tempo pode apagar uma vida,
Se viver dentro dele.
Ele te desmascara, te fere.
Te distancia e ao mesmo tempo,
Te deixa mais próximo de si.
O silêncio trás meus desejos,
E muitas vezes não quero enxergá-los.
28/02/2025
posso esperar o tempo que for,
mas o teu silêncio me desespera;
ansiosa aguardo uma comunicação
pois sei que aos amigos Tu falas abertamente.
e com desespero, em todo o tempo,
estarei a esperar em meio ao Teu silêncio.
(quase sem palavras – à repeti-las).
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