Shakespeare sobre o Amor Soneto 7
Soneto de Sinceridade:
Faço mil coisas pra te agradar
Com zelo, o fruto de meu relacionamento
Você pode estar cercada
Mas você me encanta por telepatia
Quero ficar com você em cada momento
Falo em todas as letras sobre sua sinceridade
Nesse vendaval, meu peito acelera
Mas mostra o peso de sua sinceridade
Quando você me procura
A angústia, a solidão, se derramam como sorvete
Porque o seu amor me traz o belo de volta
Eu afirmo dizer que o amor é único
Principalmente, quando se trata de sinceridade
Mas no infinito, tudo pode acontecer
Soneto da Esperança:
Hei de lhe esperar à qualquer momento
Não vou ficar como estátua em vosso nicho
Eis a questão mais importante desse poema
Nós não somos enfeites para esperar alguma célula
Sou cauteloso o quanto possível
Dessa vez com zelo, nesse momento, o vegetal de um passo
Mesmo com tudo isso, não sei se tu esperastes por mim
Irremediavelmente, isso não pode ser comprovado
Por obséquio, me dê alguma resposta
Tente mitigar minha situação com algo qualquer
Antes de dizer: Aconteceu algo grave
E o fim desse soneto
Acontece na última estátua deste nicho
Onde ele espera a outra parte de seu axônio
As minhas
letras viraram
pó de estrelas
Para quem
desejar
Capturar
cada soneto,
Para que
se cumpra
a liberdade,
E eles escorram
entre os dedos,
E assim
bem desse
Jeito gere
outros poemas
Que varram
o medo,
Novas canções
e galáxias,
Porque estando
na cabeça
da minha Nação,
É sinal que faz
parte do coração;
E no sul-americano
pulsar por cada
Filho militar
eu consigno
Que pedirei
Sem receio
dia e noite,
E não abrirei mão.
ESTADO DE SATISFAÇÃO (soneto)
Deixo a inquietude do versar na medida
Em cata duma beleza e de um esplendor
E, assim, de inspiração liberta, pela vida
Vou. Cheio de matiz em uma variada cor
É tom de ventura, o sentimento na lida
Desabrochado tal qual uma poética flor
Daquele especioso verso que dá guarida:
O doce beijo, olhar trocado, terno amor
A poesia nunca deixa a gente esquecer
Faz querer mais, faz o coração sorrindo
É o cântico em que a alma se põe a dizer
E, trovando, escorre pelas mãos, que diz
Um contentamento sempre bem-vindo...
Animando, o poeta, ser o menos infeliz.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG
Soneto da Felicidade
Há quem diga que para ser feliz,
Precisa-se de algo ou alguém,
Mas sabedoria é saber que o que diz
É que sempre precisamos de alguém ou algo, também.
Eu digo que tenho ambos, com certeza,
Mas felicidade é mais do que isso,
É ter em mente que cada beleza,
Está nas coisas simples do dia a dia, no seu puro sorriso.
Felicidade é ter domingos fartos,
De boas conversas e risadas sem fim,
De amigos por todos os cantos,
E de momentos de paz dentro de mim.
Ela também está nos cantos e choros,
Nas brigas que nos fortalecem,
E no consolo que encontramos no amor,
Felicidade é estar presente em tudo que desejamos e merecemos.
Soneto Petrarchan
Um Soneto Petrarchan
diante da mística Romã
do teu coração infinito,
Quem sabe amanhã
para os dois está previsto:
Eu creio no senhor do destino.
Um Soneto para Rodeio
Todos os dias dedico
um soneto para Rodeio
que tem uma Natureza
que com amor cortês
torna os nossos dias
inspiradores e serenos,
Fazendo com que da vida
não queiramos menos,
e por tudo agradecemos.
Soneto Petrarchan para Rodeio
Um Soneto Petrarchan
para fugir da vida vã,
Se sentir satisfeita
com o canteiro de Hortelã,
Agradecer ao tempo
pelo seu amor eterno
a todo momento
e pelas flores azuis
celestiais sobre Rodeio.
Soneto para Rodeio
A linda cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí
mora sublime no peito
como o meu amor perfeito.
É na linda cidade de Rodeio
que é beijada pelo magnífico
Rio Itajaí-açu que louvo o ano todo
porque orgulhosamente a elegi.
Existe gente que mora sem ter
a sua cidade no peito e vive
com a cabeça em noutro lugar.
Sou feliz aqui e elegi em Rodeio
para amar, morar e exaltar,
é o lugar nascido feito para inspirar.
Soneto "Et Incarnatus Est"
Quando entrei na Igreja Matriz
São Francisco de Assis
daqui de Rodeio pela primeira
vez só eu sei o quê senti.
Deparei-me com as cores
de "Et Incarnatus Est",
orei devotadamente
e agradeci imensamente.
A paz que fui tomada me dizia
que aqui no Médio Vale do Itajaí
em Rodeio havia chegado em casa.
E foi assim que desfiz as malas
com toda a poesia e estabeleci
de alvorada em alvorada a morada.
NOVO ALENTO (soneto)
Encontrei-te nas nuances do meu verso
Por suave direção, assim, me levaram
Pelos caminhos da paixão, e tão imerso
Que os meus devaneios estranharam
Em cada estrofe um sentimento diverso
Ritmos afáveis de cada tom brotaram
Sou, de novo, feliz, ó destino controverso
Pois, ímpar amor, aos versos inspiraram
Antes, na poesia, conduzida a esmo
Quinhoando solidão de mim mesmo
Era pesar, inquietude, tudo dava dó
Agora, alojado pelo teu terno carinho
Os versos descrevem o nosso cantinho
Em uma poética onde não me sinto só.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 junho, 2025, 19’17” – Araguari, MG
EU (soneto)
Nasci em Araguari, das Minas Gerais
Daqueles imortais causos narrados
Guardados na imaginação, tão reais
Mineiro, dos sentimentos arretados
Da cidade sorriso e sonhos divinais
Dos portais do cerrado, encantados
Vivo carpindo a saudade, ademais
Cá tenho contos, tão afortunados
Nasci em Araguari, que me viu nascer
Que no aconchego teu, eu pude viver
Ó chão que amo e amar me ensinou
Atravessando o tempo, caminhando
Na ilusão de ser um poeta, passando,
Vou. Apenas um alguém que sonhou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24 junho, 2025, 18’24” – Araguari, MG
SONETO DE INFIDELIDADE
De tudo, a quem me queira, retirarei acalento,
Antes, e com tal gelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do menor encanto,
Dele se esvaia o meu pensamento
Quero esquecê-lo em cada vão momento
E com desprezo, espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar seu pranto
Ainda que ele esteja em sofrimento
Assim, quando mais tarde me procures,
Quem sabe a sorte, amiga de quem joga
Quem sabe a solidão, fim de uma noite
Eu possa me dizer de quem eu "tive"
Que não seja imoral (posto que é droga)
Mas que seja finito enquanto eu não ame.
Soneto da Brisa e o Destino
A brisa que murmura,
em seu velado véu,
Traz sons de um passado que o tempo não desfez.
No vasto azul do sonho,
a buscar o teu céu,
Minha alma, em doce anseio, na canção se refaz.
A cada flor que nasce,
no orvalho matinal,
Um verso se revela,
num canto que me traz
A essência mais pura
do amor primordial,
Que em cada gesto aflora
e me inunda de paz.
E o coração, pulsando
na espera que me invade,
Desenha em teu sorriso
um eterno querer.
A solidão se esvai, finda a velha saudade.
Pois em teus olhos vejo
o sentido do ser,
A luz que me ilumina
em toda a adversidade,
O porto que me acolhe
e me faz florescer.
Soneto da Alma
E, por fim, a alma fez-me entender,
Que em cada verso o sopro se fez lei,
Qual brisa mansa que em ti me encontrei,
E o riso meu, constante, a florescer.
Floresceu a tarde, em névoa a entardecer,
Na fria calma, o corpo a desejar
O aquecer terno que se faz do olhar,
No teu abraço que me faz viver.
Entrego o tempo, em melodia e luz,
Ao ritmo calmo que me fez saber,
Que a vida em ti, só em ti, me seduz.
E as tuas mãos, que vêm me aquecer,
São o refúgio, a paz que me conduz,
Num campo eterno de puro bem-querer.
SONETO TRISTE
Criei um soneto tão triste
Que meu soneto chorava
Saiu triste porta afora
Entristecendo a aurora
Calou mamíferos e aves
Calou os bichos das águas
Silenciou toda tarde
Choramingando suas mágoas
Nem a noite estrelada
Do meu poema tristonho
Que triste e desconsolado
Sonhava com a namorada
Que um dia saiu sem rumo
Levando todos os sonhos
ARTESÃO
Curvo-me sob a penumbra, ante a luz da lamparina,
Tateando as emoções tecendo o soneto,
Meus versos desfilam com clareza alpina,
Sentimentos que eu julgava obsoletos.
A noite me conduz sob uma bruma,
A estrofe é o meu próprio dissover-se,
Em cada verso minhalma espuma,
No rubro sangue de mim faz verter-se.
O que tenho de mim, o que já tive,
O que vivi, o que já é passado,
O que foi belo e o que já não existe...
Como um artesão componho o poema
Do que se foi, e do que em ainda vive,
Do que amei e do que fui odiado...
Curvo sob a penumbra ante a luz da lamparina
tateando as emoções tecendo o soneto
meus versos desfilam com clareza alpina
sentimentos que eu julgava obsoletos
a noite me conduz sob uma bruma
a estrofe é o meu próprio dissolver-se
em cada verso minhalma espuma
no rubro sangue de mim faz verter-se
SONETO DA SEGUNDA FEIRA
Por seres o primeiro dia útil da semana
O dia da tal preguiça a tu entitulada
Por seres tão lenta a manhã raiada
És indesejada, ao despertar tirana
Por seres ao mau agrado condenada
Num trato pequeno, de simples fulana
Por seres mais que um início traquitana
És evitada, e tão pouco mais celebrada
Como a coirmã, sexta, tão aplaudida
Querida, e esperada. És desanimada
Como um fim de festa, ali, chicana
Por não ter outra ou qualquer saída
És encarada como anódina estrada
E nesta pendenga és outra semana...
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
TOCAIA (soneto III)
E o entardecer que suavemente emoldura
O cerrado, onde repousa o sublime poente
Turvará ele, assim, cessante, resplandecente
Num suntuoso final do dia, cheio de textura
Pois o tempo findando arrasta o olhar da gente
Em um encantamento, com uma doce ternura
Revelando formosura, feita, nesta entalhadura
Do anoitecer, que até a sensação pulsa e sente
Então, da luminosidade do sol pouco restou
Absorvida pela escuridão da noite, passou
E, agora, o sombreado se fazendo tão certo
Sem deixar resquício nem fulgor, esvaeceu
Cá no sertão o continuado obscurecer e eu
Concernente, de tocaia, com fascínio inserto.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 junho, 2025, 19’27” – Araguari, MG
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