Shakespeare sobre o Amor Soneto 7

Cerca de 259639 frases e pensamentos: Shakespeare sobre o Amor Soneto 7

⁠DE NOVO (soneto)

Minha prosa, de prosar-te, anda ferida
Meu sentimento anda sem te perceber
Não mais é aquela razão do meu viver
Pois, a fração terna, agora, sem medida

Não mais vejo aquela atenção na vida
Grata. O meu amor ficou sem entender
Vazio está a poesia, do crer, do teu ser
E, ao meu coração uma estória repetida

Tudo na poética é corrente, tudo anda
Em versos quando nossa alma é branda
Toda a graça, todo o querer, bem assim!

E, olhos tristonhos em ti, triste sensação
Ah! se soubesse de cada prazer e emoção
Do amar, sentiria que amor não tem fim!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 setembro, 2021, 06’15” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TAL COMO SOU

Tal como sou, sou um soneto com essência
Em cada verso da poética, sou total agrado
D’um amor ímpar, romântico, apaixonado
Aquele que da métrica, é, a suave cadência

Falo do amor em cada estrofe, existência
De uma sensação, de ter o ardor ao lado
Onde em cada canto o canto enamorado
Que é o penar, quando, de sua ausência

Sou uma prosa narrada, fascínio e emoção
Poeto a cada canção o carinho, tão sereno
Sussurrado, soletrado da poesia do coração

D’amor que te quero tanto, o amor pleno
De venturas ilustres e infinitas, doce razão
Falo de amor, elevado, além de o terreno...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 setembro 2021, 15’33” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto XV – Luar

O brilho dela, luminoso prateado
O esplendor de sua essência
Seus feixes de luz pelo céu estrelado
Venha até mim fulgor da eminência

Passei-as pelo céu do meu coração
Seu toque me desarma o pensamento
Uma doce voz ecoa, é uma canção
O amor este é o seu elemento

Quanto mais alimento, mais sinto o aumento desse tão poderoso sentimento, que dentro de mim já se tornou mais do que um alento

O tempo pode até passar, mas como haveria eu de esquecer de ti? Sempre virá sobre mim, a lembrança de quando te vi, no meio da rua, observando a luz da lua.

- Eros Delyon

Inserida por DonXXI

⁠SONETO DO SILÊNCIO

Ah soneto! Porque do silêncio és um desvario
distendendo as noites cá pros lados do cerrado
dando ao poema o poder dum suspiro sombrio
quieto, maniatado, num ostracismo perturbado

Se a ausência e inação me provocam arrepio
o vento um chiado frio, impassível e agitado
se nada do que inspiro a efeito vale, é vazio
então, que eu não fale, sinta, e fique calado!

E, assim, nestes meus sentimentos impuros
sem perfeição, e no coração tão inseguros
tal uma prece, que oferece, pra atingir-te-á

Faço súplica, compadecido de fé e de fervor
ó solidão, vai-te, assim, de partida com a dor
e a paz voltará e sobre mim de novo descerá... (o amor!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CERTEZA

Este – o soneto da felicidade completa
Em que, poetando as horas de emoção
Sorri nas delineies, desfastio do poeta
Em um coração fiel e cheio de paixão

Este – o conteúdo de sensação, direta
Festeja, alucina, traz ventura na razão
Pondo a alma na completude, quieta
Cheios de harmonia e boa adoração

Este – o soneto da exaltação maior
Em que a frase terá aquele melhor
De tudo, pois é desprovido de dor

Este – poema dos poemas nascente
Que nos faz enamorados realmente
Este – é o verídico soneto de amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
paráfrase a João de Barros
8

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Procurei,

em trova, soneto e prosa,
nos versos líricos do poeta;
o significado de Te Amar?
Perdi-me, e não sei quando,
talvez em rimas poetando;
este teu sorrir a Florejar.

Inserida por RobinS25

⁠SONETO ANÔNIMO

Solidão, vivo tão só, numa bruteza
Onde o meu fado escoa em pranto
Longe do entusiasmo e do encanto
Numa prosa transvazando tristeza

Tão oca a poesia, cheia de incerteza
Num revés ensurdecedor, portanto
O sussurro da dor, dói tanto e tanto
Que o sentir ferido me faz ter viveza

Ando estonteado, perdido na ilusão
Calado, as noites de alvoroço ativado
E ausentes de sensação e de emoção

E me perco no gadanho do passado
Que esgatanha a afável recordação
Que arfa o falto, daqui do cerrado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/12/2020, 21’38” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠⁠SONETO Nº 5
Algumas Verdades
nem tudo que é lógico
é óbvio
nem tudo que parece
é rótulo

nem tudo que eu quero
eu mostro
nem tudo que é forte
é sólido

nem tudo que é caro
é luxo
nem tudo que eu digo
é tudo

nem tudo que eu procuro
apuro
nem tudo que é lei
é seguro

nem tudo que é base
suporta
nem tudo que é briga
é revolta

nem tudo que é prático
é rápido
nem tudo que é simples
é barato

nem tudo que é feliz
é alegre
nem tudo que é fé
é prece

nem tudo que é unido
é junto
nem tudo que satisfaz
é muito

nem tudo que parte
separa
nem tudo que divide
é metade

nem tudo que falta
é saudade
e nem tudo que eu digo
é verdade

Inserida por FelipeAzevedo942

⁠Soneto do desejo

Às linhas azuis a quem escrevo
desejo uma curta vida de aventuras
desejo o medo de não temer as alturas
desejo o desejo de ser imatura

Desejo que reveja a assinatura
desejo que misture sua loucura
desejo que mate e descubra a cura
desejo que releia as escrituras

Desejo paz a pele escura
desejo vida a quem é pura
desejo fruta que esteja madura

Desejo mais de mais cultura
desejo curvas as esculturas
desejo amor a esta jura

Inserida por Paiva

⁠MALFEITO

Que eu tramasse um soneto quis o fado
Logo ao comando da sorte me submeto
Aí, tramei versos românticos no soneto
Em cada verso, estórias, e haver amado

Jamais pensei num poetar compassado
Tudo é fugaz. Cá estou noutro quarteto
E caminhando adiante para um terceto
Tu, amador, ainda não saiu do passado

No primeiro terceto busco mais glória
E me parece que ainda não está feito
Nada espanta, é mesmice na memória

Assim vou, e assim me torno suspeito
Nenhum beijo, o olhar, sequer vitória
De um amor, neste soneto sem jeito!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2021 maio, 23, 16'28" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MANIFESTO

Do instante que vos escrevi, soneto
Fiquei cativo de uma predestinação
E nas entranhas dessa piegas criação
Do amor, me vi um desditoso repleto

Piedade! Pois neste versar inquieto
Do coração, eu só desejei inspiração
De afeto, os versos de jura e paixão
E, só criaram saudades por completo

Então, caridade! Quis apenas carinho
Que a tua estrofe a tenha, compaixão!
Tal uma luz que guiei o meu caminho

É a minha perdição sonetar pra amar
Pois, se amar cheguei, tive intensão!
Certo, soneto, hei de apenas sonhar...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 maio, 2021, 07'05" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO AO INVERNO

Inverno, do cerrado, mirradas manhãs
Em brumas, frias, enfadas e maçantes
Sentimento turvo tal o som de tantãs
Oposição certa ao ardor dos amantes

És com melancolia, arriadas em divãs
Da prostração. Os dias dessemelhantes
Desbotadas as florescências temporãs
Poética fria, suspiros e duros instantes

E rufla o chuvisco pelo chão imaculado
Tremulando a terra, sensação solitária
Faz-te fundar, ó invernada do cerrado!

E no horizonte, a imaginação tão vária
E, no pensamento a saudade cortante
Sussurrando ao vento, o amor distante...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/maio/2021, 09’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO COADJUVANTE

Vendo-te agora, soneto dum passado
Na desilusão, sem emoção, verso bruto
Com a lembrança de tormento povoado
Abaçanado, deserto e o coração de luto
Meu dantes se percebe tão abandonado
Descorçoado em um banimento absoluto
Contrito e também com cântico magoado
De um versar hospedeiro de um desfruto

Ah! toada relativa dum destino tão triste
Só a poética na minha alma ainda existe
Na ilusão e o sentimento jogado adiante
Onde está quem traz está toda saudade?
Que invade a sensação tal uma divindade
Se do amor, o soneto, é só coadjuvante!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de agosto, 2022, 19’19” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO CINZA

Como no cerrado, o torto é vestuário
Desenhando no vento árida textura
Rajando o céu em escarlate mistura
O coração na paixão, tem imaginário
Eu, na solidão, de imperfeita bravura
Vejo a desdita germinar no itinerário
E o amor em tal solene rito arbitrário
Frustrado pela própria azeda ternura

Fico então no conforto do contrário
Do que no peito me anuncia a tortura
Implorando amor com um destinatário
Mais, que o viver possa ter procura
E a vontade de ter amor, seja vário
No afeto, o amor no fado, é ventura

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 de maio de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DE INVERNO ...

Cai a madrugada fria, lá fora, sem lamento
E, cá dentro, hora em hora, indo a semana
Afora, uivando na janela o soprar do vento
Um cheiro úmido do chão e do chão emana

No cerrado e sobre o torto galho cinzento
O orvalho escorre, e da frialdade dimana
Sobre o vasto horizonte o nevoeiro lento
Sedento, é a invernada em sua total gana

Aí que frio! arde o fogão de lenha, a flagrar
No alarido da madeira chora o fogo doído
Como é bom nesta hora o agasalho do lar

Sob o teu olhar, teus beijos, ternuras feito
Coração aligeiro, abrasado, amor querido!
E, eu prazido, me aquento no nosso leito...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/04/2021, 04’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO SORRINDO

Aqueles versos que escrevi apaixonado
Os contentes versos que escrevi amando
Várias sensações na emoção sussurrando
Que falei de afeto, de prazer enamorado

A cada trova a ventura aumenta ao lado
Numa poética doce, leve, e até quando
Haver o sentimento, estarei esperando
Cada inspiração ao coração, bom agrado

Alguns – versos tão cheios de quimera
Outros – falas belas como a primavera
Mas, todos fartos de amor e de paixão

Então, vou, cuidadosamente, repetindo
Repetindo, verso a verso, numa canção
E dizer-te: que a satisfação está sorrindo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 09’58”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ROSEIRA {soneto}


Embaixo de uma roseira, apreendo a poesia...
Poesia que faz da roseira uma trepadeira...
Vi uma rosa ao chão escura, da vida se ia...
Vi outra Viçosa que ainda da vida sem beira...

A pobre roseira posta pelo jardineiro arqueada,
Contemplava a vida de focinho pro chão.
Jardineiro desavisado, roseira chateada.
Sua sensibilidade não o chegara então?

O homem sempre destoando a natureza.
Seria a rosa morrendo, o próprio mal?!.
Seria o chão, não o chão, mas "a profundeza"?!

Qual rosa conhece o mal na verdade?
A que estava ao chão morrendo ou...
A outra Viçosa, ou o jardineiro de meia idade?..

poeta_sabedoro

Inserida por andre_gomes_6


SONETO A MINHA MÃE

Estar sozinho é como estar no deserto
Sem água, sem sombra.
Estar com a mãe é como estar em pasto
Hidratado e cheia a pança.

Mãe acalenta pela presença
Palavras de amor sem pressa
Com paciência aconselha
Demonstrando amor à beça.

Estar com a mãe no deserto
O calor não maltrata
O frio não machuca
O fastio dura um período
Embora sinta um vazio
A mãe abraça com afeto.

Inserida por IrairJunior

⁠ Soneto: Sedução e Desejo

⁠Na dança das estrelas, a sedução,
Um jogo ardente de desejo e fogo,
Teu olhar, chama acesa, tentação,
Em cada gesto, um convite, um jogo.

Na pele, o tato suave, feitiço,
Carícias que incendeiam a paixão,
Desejo que se acende, como um vício,
Nos labirintos do meu coração.

Tua voz sussurrando segredos quentes,
Em versos que revelam a luxúria,
O tempo para, e nós, serpentes,
Dançamos na luxúria, sem censura.

Sedução e desejo, nossa sina,
No calor do amor, a noite ilumina.

Inserida por Francisco_leobino

REDIZENDO

... e na alma dum soneto tão descontente
exausto e esfarrapado, o versar censura.
Em uma caminhada suspirante e ardente
que o destino do sentido, então, rotura...
E agora, cá, solitário, o coração cadente,
que importa está poética que aventura?
Pois, a solidão, golpeia o peito da gente,
a paixão, banhada em lágrimas, tortura!

Assim, também, o amor, em um trajeto
sinuoso. Sem brilho do se ter completo
e ao som de árduos cânticos tristonhos...
ele dói, finca, traz tão duros embaraços
sangrando a emoção, criando cansaços.
O que um dia foi sensibilidade e sonhos.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 novembro, 2023, 15’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol