Ser eu
Não éramos pra ser. Eu soube disso desde o primeiro dia em que bati meus olhos nos seus. Sei que você também sentiu isso, mas por algo que eu não saberia explicar, queríamos. Queríamos muito tentar dar certo sem que nenhum de nós dois saíssemos machucados, mas foi inevitável. É como se nossos corações fossem dois imas nos puxando um para o outro, mas no tempo errado e da maneira mais cruel que existe. Dois imas lutando contra o tempo, dois corações lutando contra eu e você. A gente precisava ir embora e por amor eles queriam que a gente ficasse. Deve ser porque o amor é isso, né? Ele quer muito ser sentido agora mas o fato de só sentir não foi o bastante, era preciso ficar e por isso doeu, a gente não podia.
Mas isso não significa que não existiu amor, alias, isso foi o que mais existiu.
Sempre fui 100% autêntica. E sempre convivi bem com pessoas que me deixam livre para ser eu mesma, sem ter medo de ser julgada por isto ou aquilo. G.M.
Dentre muitos caminhos que poderia ter escolhido na vida, escolhi o de ser EU. O EU intrínseco a uma realidade subjetiva de intensidade exacerbada, com verdades inatingíveis e causas inequívocas.
Eu ainda me tiro a liberdade de ser.
Eu ainda busco ser aquecido por opiniões alheias.
Eu ainda preciso ter a minha liberdade dividida com os outros.
Eu ainda busco entender o mundo pelo meu pequeno olhar.
Eu ainda choro quando me emociono.
Eu ainda tenho medos e inseguranças.
Eu ainda sinto muito.
Eu ainda sou humano.
Eu ainda existo.
SEM TÍTULO
Ora, pronto.
Justo a mim, coube ser eu: um poema sem título!
"SEM TÍTULO!" - já está me retirando algum prêmio sem eu nunca ter ganhado um.
Ora, sem título. Sem título não dá direção! Sem título pode ser... qualquer coisa!
Qualquer coisa que não tenha título, domínio, vida, cor.
Sou sem.
Queria ter um título bonito como os outros poemas têm.
"Carrossel", e a tratativa seria sobre, o giro da morte. O lento e colorido toque
suave da vida em Paris que te mata em praça pública.
Quem sabe, "Pégaso", e recitaria sobre um romance onde seus cabelos escuros me
lembravam a constelação que meu avô me mostrava enquanto um cheiro doce de bolo
quente de cenoura com cobertura açucarada de um chocolate pretíssimo (como era
possível aquilo? tal como a constelação, e seus cabelos...) invadia nossos
narizes, meu e de meu avô, apontados pra Pégaso.
"Sol". E escreveria qualquer besteira quente, laranja, tropical, caribenha com
alguma decepção terrífica em alguma parte. "As águas eram tão claras que deu pra
ver que tudo era dor."
Em "Acetona", eu diria como meus pais removeram todos os meus sonhos de esmaltes
coloridos, e é por isso que você nunca vai me ver fora de uma paleta terracota.
Em "Plot Twist", declamaríamos que, no início, eu era quase uma crônica e fui morto por meus pais, armados de acetona, que me dissolveu em um poema lírico
tenebroso.
Mas quando você me coloca SEM TÍTULO, os olhos que me percorrerem jamais vão
ter lido sobre a ilusão de Paris, sabido qual constelação meu avô me ensinou,
qual era o bolo de minha avó, a cor dos seus cabelos, o que a clareza das águas
caribenhas revelavam, qual arma meus pais usaram pra me matar, e qualquer
reviravolta minimamente interessante sobre ser crônico-lírico.
Não tenho nada a te oferecer
A não ser eu
Eu que sou inquieto
Eu que sou quieto
Eu que busco e mexo
Mexo com a cabeça que insiste em ficar
Ficar naquele lugar
Estranho
Não tenho nada além do eu
O eu que gosto
O eu que está aqui
Procurando nos eus
Eus de todos e de ninguém
Algo que nos tire do eu
Eu que sei
Que falta muito
Sei o barulho que faz
O barulho que não faz
Só mais um Eu
Mas o eu meu só pode ser teu
Se o eu meu
Poder partilhar o seu eu
E ai fazer um nós
Era outro -
Ah se eu pudesse não ser eu ...
Acreditem ... era outro!
Pois quem este me deu
deu-me à vida jaz morto.
E se estas pedras falassem
se este chão tivesse boca
talvez todos soubessem
que a minha vida é tão pouca.
E o porquê de ser assim?!
Se eu fosse fariseu
matava em mim
este peso de ser eu ...
Nem eu sou o que sou
nem sou o que queria
desta angustia a que me dou
vou morrendo dia a dia.
Antes de ser eu já era, não escolhir, fui escolhido. Quando? Antes do início dos tempos, livre e de bons costumes, não por opção mas por vocação!
Intensa. Oito ou oitenta. Quase nenhum equilíbrio. Às vezes, eu me canso de ser eu. Às vezes, eu me aceito exatamente como sou.
Amar
Ser feliz
Faze-la feliz
Amor
Deixar de ser eu mesmo
Pra ser tudo que ela gosta
Jogar tudo pro ar
E se deixar levar por esse sentimento
Largar o rolê
Deixar de beber
Viver pra ela
Por ela
Lembrar que a vida é muito mais que festa
Ela me abriu os olhos
Despertei da ilusão
Me deu um banho de amor
Mesmo eu que não tinha futuro
Não tinha foco nem rumo
Vivendo por estar vivo
Totalmente perdido
Amar ela não tem preço
Ela me faz ter fé em mim
Me motiva e me inspira
Minha flor
Minha menina
Minha vida
Todos os caminhos me leva a você
Pra sempre te amarei
Te esperarei
Um dia pego na tua mão
E nunca mais soltarei.
Melancolia do ser
Eu queria
ouvir tua voz
matar a saudade
que corrói
minha alma
dor
anestesiada
sem lágrimas
estagnada
no espaço
no tempo
quando
o vento sopra forte
faz brotar
Lembranças
esquecidas
ainda grudada
na minha carne
por uma distração
sinto tua presença
teu cheiro
que me agasalha
aos poucos
voa alto
misturado
na imensidão
deixa apenas
pequeno rastro
um desabafo
do ímpeto
@zeni.poeta
Zeni Maria
Me pego pensando a todo tempo em "e se agora for diferente?". Eu sei que não vai ser, eu sei que vai acontecer as mesmas coisas de antes, você não mudou, mas eu mudei. Independente de tudo, não sei se eu ainda te quero, mas, ainda te sinto.
Ass:Gc
Às vezes eu só quero ser eu mesma!
Será que é difícil conquistar esse querer?
Temos que bater continência para o "poder"do outro, por causa disso ou daquilo. Isso não se chama liberdade.
Hoje eu voltei a ser eu; aquela eu de sempre...Desde o início mesmo. Não precisei botar a carcaça da guerra. Hoje sou eu: Mirinha de vozinha...
Eu não sou a pessoa que eu achava que eu era. Depois que você chegou aqui, eu consegui ser eu mesmo pela primeira vez. E tudo isso por sua causa.