Sentar
Vou fazer um chá com umas plantas ornamentais
Sentar na minha varanda mentalmente com os meus bonsais
Conversar com os pssarinhos
Sobre como eles voam e que horas ele vão cantar
Como construirão seus ninhos
Nada me impede de sonhar
A loucura desse mundo não é pra mim
Vou sair dessa cama
Nem vou tirar o pijama
Quebrar a rotina
Revolucionar
Mudar a minha sina
Vou me entrevistar para o jornal de Madagascar
Discutir sobre o futuro com gambás
E depois sair, passear
Eu simplesmente quero mudar
E não mais voltar
Vou me inventar
E só
Eu gostaria de saber calar,
Sentar num trapiche bem perto do mar,
Aprendendo com a doce voz do silêncio.
Até que o ouvir seja mais presente que o falar,
Até que o respirar fique tão calmo quanto a paz que tenho dentro de mim,
Até que a tolerância e a paciência sejam minhas melhores companheiras,
Fiéis escudeiras até que eu, ou mundo tenha um fim.
Um problema é algo que tira sua vida dos trilhos. Já uma inconveniência é não poder sentar em sua poltrona preferida no trem desgovernado em questão.
Amor e poesia
Amor e poesia são assim
Sentar na grama
Apaixonar-se pelo por do sol
Tomar sorvete se lambuzar
Correr feito criança
Deixar a magia rolar...
Amar a poesia é assim
Ver nos olhos a profundeza do mar
A sensibilidade do amanhecer
O mistério da noite
Contemplar o azul do céu
Ir à luta e vencer...
Amar a poesia é seguir caminhos
Deixar o pensamento vagar
Quando começar a pensar
Se despir da vida
Raspar a tinta quando errar
Recomeçar e se apaixonar...
Ela só queria voar...
Pegar nas nuvens ou até mesmo sentar levemente em uma, para ver o por do sol, e depois ver as estrelas dar o ar de sua graça iluminando aquele lindo céu juntamente com a lua, aquela noite que pareceria que seria tão escura.
Ela só queria
Pegar um rumo da vida que jamais alguém pegou descobrir algo novo, tentar algo novo, ser uma águia em meio a tantos passarinhos.
Ela odeia ficar presa a coisas fúteis, nãooo, não, sei que a faculdade que ela faz não e algo fútil, mas ela se sente como se fosse uma águia, que foi capturada e engaiolada, eu sei que foi ela que escolheu aquele curso, mas e pôquer pra chegar no ponto X, ela precisa passar por isso, você não iria entender mesmo que ela tentasse incansavelmente te falar, há como ela fica “macha” com tudo isso de ficar trancada.
Ela sonha, sonha, sonha muito, quer chega até sair da realidade em questão de segundos, como agora, ela tá longe, quem sabe no espaço sideral, tentando tocar algum planeta ou em uma floreta em cima de uma arvore, de preferencia a mais alta que tiver só pra observar como a cachoeira e linda, e como as flores deixa tudo mais colorido.
Já sofreu muito por isso essa garota e mais reservada, já chorou muito por isso e mais resistente a deixa as lagrimas caírem e muito mais resistente a deixa alguém ver as suas lagrimas, já perdeu alguém que amou, perdeu de vez, pra sempre nunca mais volto ou vai volta, por isso hoje ela da valor, a cada segundo perto de quem gosta, e sim ela vai te abraçar, te beijar, pular nas suas costas, te encher de tapas, mas como disse ela e fechada então só fara tudo isso se você for realmente especial.
Pois é essa garota/ Mulher, esta cada dia mais linda, ela se acha linda isso e o que importa só que ultimamente estou percebendo a vontade de voar, de ser diferente, as saídas da realidade se esvair, olhando daqui consigo perceber com nitidez o sorriso está perdendo a graça e o brilho no olhar está se apagando aos poucos.
Esta garota no espelho que vejo parece tanto comigo.
Aquela flor é linda, mas tem muitos espinhos;
Aqui há sombra fresca, mas não gosto de sentar no chão;
Aquele campo é bonito, mas tem muita lama;
Aquela fruta é boa, mas só da pra comer se subir no pé;
Aquele som da chuva é bom, mas não gosto de dia chuvoso;
Aqui, aquele, aquela coisa... que você não aproveitou, porque perdeu tempo olhando apenas para o lado que julga negativo;
Eu gosto é do silêncio.
Eu gosto é de sentar num trapiche bem perto do mar,
Ouvir o vento passar,
As gotas que eu sinto sobre o meu rosto,
Aquele gosto, vida ao mar.
A brisa que invade aquela cidade,
As nuvens que passeiam como que desenhadas pelas mãos de Deus, aquele azul que em lápis de cor nunca se viu.
O som do violão que se mistura a canção que vem do vento.
Tom que gera vida em palavras que se transformam em poesias,
Vida fora do relógio, dentro do propósito e longe da multidão.
A única pessoa que me fazia sentar e parar pra escutar - sempre com toda atenção e carinho - sobre História do Brasil e Mundial era a minha querida avó materna, Maria da Conceição Soares Baticioto - a Dona Con.
Sem ter formação, pois casou cedo e precisou trabalhar desde muito nova, ela dedicava-se aos estudos em casa, a partir de sua pequena biblioteca com os mais diversos livros de História e Geografia que ganhava dos filhos e netos.
Quando tínhamos alguma dúvida na escola, sabíamos imediatamente pra qual “universitário” recorrer. Bastava falar: “Vó, tenho uma prova de História (ou Geografia) e estou com uma dúvida, a senhora me ajuda?”... Ela parava tudo o que estava fazendo (isso se já não estivesse com algum livro na mão), pegava seu globo terrestre que sempre lustrava com todo cuidado e não deixava ninguém mexer sem sua supervisão, pedia pra gente abrir a portinha da estante onde guardava “seus tesouros” e começava a lecionar; melhor que muitos professores, diga-se de passagem. Perdi as contas de quantas foram as vezes que um professor ia explicar alguma coisa sobre história que eu já sabia, e com orgulho dizia: minha vó me ensinou!
Tudo ela explicava mostrando no mapa, apontando os locais com o dedo indicador de suas mãos macias e unhas sempre bem cuidadas. Às vezes era difícil concentrar-se na explicação, de tanta fofura que era vê-la fazendo isso com o esmero que só ela tinha. E hoje é difícil recordar sem sentir o aperto no peito e a vontade de trocar qualquer coisa por mais uma aula da melhor professora que podíamos ter.
Desde que eu me conheço por gente, chegava à casa da minha vó e me deparava com pelo menos duas cenas: ela dançando e cantando suas músicas favoritas ou então sentada no sofá com seu óculos (no meio do nariz) lendo seus livros e ao mesmo tempo assistindo programas sobre História na TV. E ela contagiava a todos que se deixavam contagiar e, quando nos dávamos conta, estávamos dançando e cantando com ela suas músicas favoritas ou então sentados no sofá prestando atenção em mais uma explicação, ainda que já estivéssemos escutado outras vezes.
E ela era “exibida”... Bastava chegar algum integrante novo na família que ela já queria mostrar seus talentos: seja sua afinação cantando Ângela Maria ou Roberta Miranda, seja sua memória desenhando o Mapa-Múndi no ar com o dedo, seja sua sabedoria fazendo prova oral com os netos (eu muitas vezes fingia não lembrar a resposta para ficar olhando cada detalhe da sua explicação e sua carinha de satisfação ao dar seu show... Era o momento dela! No final, ela fazia um biquinho impagável, com aquele ar de “prepotência”, tipo: eu sei que sou demais). As pessoas sempre falavam: “sua vó é muito inteligente e é uma figura!”... Quem nunca escutou da minha vó: “já tomou café fio?”, não sabe nada sobre a Dona Con.
Não gostar dela era impossível, para os que sabiam admirar e explorar o seu melhor...
Os que não sabiam, ficaram somente com o lado “não tão bom” dela, pois como libriana que era, ela sempre sabia quem de fato gostava e quem somente a tolerava. Alguns não sabiam respeitar seu jeito sistemático de ser e mal se sentavam ao seu lado para escutar suas histórias e tentar entender o motivo de ela ser assim.
Ela ralhava com suas louças mal lavadas ou fora de lugar (por essa razão muitas vezes preferia fazer a deixar alguém ajudar)... Ralhava com algumas pessoas que entravam em casa sem limpar os pés no tapete e marcavam o chão que ela encerava todos os dias com o vermelhão... Ralhava com os homens que ficavam falando de futebol perto dela, pois sempre saía palavrão ou mesmo discussão e ela odiava... Ralhava com os netos que mexiam em suas coisas sem sua autorização e supervisão, e depois deixavam fora do lugar (ou perdiam ou estragavam), em especial seus livros, seu globo, sua balança e suas canetas... Ralhava com as filhas que tiravam o pó da estante e trocavam as coisas de lugar (ela sempre tinha que arrumar alguma coisa depois, tipo: um porta-retrato colocado no lugar errado, o elefantinho que não estava com o bumbum virado pra porta)... Ralhava com o açougueiro que mandava a carne errada ou o troco errado, com alguém que espirrava no transporte público sem colocar a mão na boca, com as vizinhas que ficavam fofocando ou querendo saber de mais da sua vida... Mas apesar de tudo isso, eu nunca vi minha vó, sabendo que alguém precisava de ajuda, se negar de fazer alguma coisa. Se fosse preciso, ela tirava dela pra dar pra alguém, sem fazer alarde, sem nem querer que a pessoa soubesse que ela estava ajudando. É impossível contar a quantia de dinheiro que ela tirava da sua pequena aposentadoria sempre que recebia e colocava na bolsa das filhas ou netas sem elas saberem. Quando achávamos uma nota na bolsa que não estava lá, sabíamos que era “arte” da Dona Con... E ai da gente querer devolver... Ela ralhava! Tínhamos que colocar, escondido, de volta na bolsinha dela, o que muitas vezes também não adiantava, pois ela sabia exatamente cada centavo que tinha lá.
Essa era a minha vó! Uma guerreira, batalhadora, que lutava sempre com batom nos lábios e os cabelinhos grisalhos bem escovados. Sempre alegre, gentil, educada, amorosa com os filhos, netos, bisnetos e tataranetos que pode conhecer; e fiel até o fim ao único homem de sua vida, que a deixou precocemente, no entanto ele nunca a perdeu.
Só quem desfrutou plenamente da sua companhia tem a Dona Con tão viva em suas lembranças, como se ela ainda estivesse aqui falando: “fia, escova os cabelinhos da vó”... E ela dormia, sorrindo...
Estou indo
sentar-me na lua
escutar meus sentidos
aparar estrelas
desenhar sonhos ,quiçá , bonitos .
Escrever é muitas vezes a arte de sentar-se debaixo da desregulada torneira da inspiração, que num dia goteja meia dúzia de palavras, mas em outros provoca um dilúvio incontrolável de sentenças tão harmoniosas, que compensam a goteira do dia seguinte.
Já quis sentar-me num barco à vela
Por medo de não me encontrar n'lgum porto
Mas o tempo me acordou com sua manivela
E minh'asa disparou-me a um cais de conforto.
Inda bem que trago n'alma bando de aves in dança
E ternura por entre rimas e fantasias
Se algum dia a dor teimar me vestir de lembrança
O vento se encarrega de virá-la poesia .
- Paula Monteiro ....... trecho do meu Soneto Colibri .
APRECIANDO
vou sentar na minha varanda
vou cantar
vou ler
vou sorrir
vou ficar na minha varanda
vou ver a noite chegar e com certeza
vou ver o dia surgir.
Quero num dia qualquer
Andar de mãos dadas na rua
Sentar na praça olhar a lua
Ser menina ser mulher...
Agir sem precisar de um motivo,
sentar-se imóvel sem saber como,
navegar na correnteza do que é
Isso é uma virtude primordial.
Livre de preocupações e temores,
algumas vezes desatendo de si mesmo,
move-se sem pensar,
muito menos o porque as coisas acontecem, e não precisa saber.
Venha cá meu colega,
Venha aqui se sentar,
Pois uma breve história de um amigo,
Preciso lhe contar.
Um camarada ingênuo,
Sempre achava ter razão
Acabou por supérfluo,
Perdendo-se de antemão.
Dentro de seus pensamentos, pensava avistar
Sob próprios fomentos, começou a turistar.
Triste história sobre qual imaginar entre
Suas palavras perdia o amar, iminente.
Venha cá meu colega,
Vamos nos encontrar,
Pois essa breve história de meu amigo,
Não quero que vá reencenar.
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