Sede
Carrego uma sede de liberdade. Não aguento mais essa espera contínua para viver, existir cansa. A vida é efêmera. Em um piscar de olhos já não estarei mais aqui. E levarei comigo apenas um conjunto de decepções e sonhos jogados no lixo. Os carregarei comigo até o túmulo, junto com a certeza de que tive uma vida desperdiçada.
Gosto das coisas mais simples, tenho uma sede voraz pelo conhecimento, de mim, das pessoas e o Universo, tenho a mente fértil e avassaladora, tenho pensamentos que muitas vezes não partem de mim, deixando que as forças espirituais façam a caminhada para a evolução.
A partir disso, caminharemos para a evolução pois ela é fatal.
Sangria
Sinto fraqueza
Sinto sede
Sinto frio
Sinto que algo dentro de mim se partiu
Aos poucos vou ficando inconsciente
Vou caindo lentamente
Com tremores e arrepios
A pulsação aumenta
A respiração o meu fôlego afugenta
E a cada instante é mais lenta
Até que, num relance, as luzes se apagam
E não vejo e nem sinto mais nada
Teu corpo é sombra e água fresca,
Descansa o corpo e mata a sede,
Do cansaço interminável do dia-a-dia.
Bebemos do mesmo sentimento para saciar a sede de nossas almas.
Então, o amor ou o desamor nasce na mesma fonte.
É natural sonhos onde bebemos água direto da fonte. Mas para que a sede seja realmente matada, é necessário o despertar dos sonhos.
"BREU"
"Ao cair da noite,
Meus sonhos despertam
Num impulso instantâneo;
Sedentos por encontrar,
Entre os reflexos do mar,
Teus olhos...
Aqueles que, de tão vivos,
Contagiam a minha existência;
De tal modo que, me vejo flutuar
Entre as estações,
Em meio a canções sem final,
De melodias doces,
Compassadas com primor.
Ah!, se fosse dono do mundo,
Trocaria as manhãs e as tardes
Por esses encantados breus,
Que me fazem companhia
E me levam até você...".
Se as vezes sinto a sua falta
faço da sede de te amar a ânsia insaciável que me mata
E nos teus olhos cor de mar
lanço-me no anseio de nos olhos teus de amor me afogar
Pra que no âmago do teu olhar
eu possa, enfim, viver o que tua indiferença tenta me negar
Tenho sede e fome da verdade.
Conviver, apenas, com a minha verdade é saciar-me com água turva e ingerir alimento vencido.
Vivamos a história e não sejamos a estória.
A única merecedora de minhas lágrimas. A única que poderia matar a própria sede com sal do meu corpo. As únicas que serão derramadas por ela, mais nenhuma. Por que a lágrima é interior, sentimento, saudade. E ela não vive mais em mim, mas vive. De alguma forma vive. Seja nas ruas. Nos livros lidos. Nos presentes dados. Nos cafés da tarde tomados. Nas salas de cinema beijadas. Nos pássaros cantores. Nas outras mulheres vistas e rejeitadas. Ela não é elas. Ela é única. Na noite deitada e lembrada. Porque o amor não faz no presente. Se faz no futuro, na distância que a pessoa está de mim e no vazio que ela deixou.
Hoje eu estou com frio, com sono, com fome, com raiva, com medo, com sede, com tudo, menos com você!
Ser livre
Tenho a alma sem punidade
Sem mistérios nem solidão.
Tenho sede da tal liberdade,
Quer voar solto meu coração.
Sobre mim paira uma estrela,
Que cintila numa grande constelação,
Dentro de mim trago a certeza,
De que a liberdade não é pura ilusão.
Ser liberto é ter a razão na consciência
De se estar livre da soberba e do egoísmo,
Viver respaldado pelas palmas da coerência,
Sem preconceitos, falsidades e cinismos.
Minha sede
Eu sinto uma sede insaciável
Tento matá-la a qualquer preço
No entanto eu sempre penso que enganei o meu desejo
Que logo não saciado se revolta mais sedento ainda
Me cobrando o que eu não posso ter
E na loucura o meu corpo reclama...
Que a minha sede é você!
Tenho sede de você mulher que nos olhos lindos fez-me desatinar a razão de querê-la;
Só você não percebeu que sempre estive aqui, permitindo que eu fincasse o relato de um amor não correspondido, mas sendo assim sem demora luto pelo que quero e acredito;
E eu entendo e enxergo você unicamente em meu viver para juntos transpassarmos a infinidade da felicidade;
Para nos sentirmos no sem fim bem maior do que à alegria nos oferece;
Não há como negar a minha essência essa força que me rege que me envolve, a minha alma tem sede de amor.
