Seca
Destino sertão!
A seca quando arrocha
não nasce nada no chão
o vento parece tocha
devastando a plantação
a terra vira uma rocha
e a tristeza desabrocha
nas entranhas do sertão!
A nossa dor.
Seca, sonho e desengano
vida que a fome destroça
nem parece ser humano
onde a lei faz vista grossa
e essa dor do africano
se confunde com a nossa.
Um dia
Meu amor
Vou enviar-te
Uma carta
De amor
Com uma folha
Seca de outono
Como um selo do correio.
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Alguns nascem para ser igual a uma árvore seca... Podem até ter seus dias de glória por uma primavera, mais depois que secam durante o outono e o inverno... Nunca voltam há ter folhas tão fortes, vivas e bonitas, nunca mais vão sentir o vento bater nas folhas do mesmo jeito, e as mais fracas não sobrevivem...
E vejo o vento que me seca
E ouço flores que me cantam
Abraço e quero,
De tudo o que tiver
Do nada o que sobrar.
Porque sou assim
Perdida,
Jogada aos cantos.
Cada sonho.
O nordestino é confiante
mesmo sendo sofredor
a seca é desafiante
sem chuva não nasce flor
em cada sonho que plante
morre um fardo em sua dor.
Alegria.
Que a seca não estrague
o plantio do meu terreiro
que a luz não se apague
nem no último candeeiro
porque não há o que pague
um sorriso verdadeiro.
Vem chuva.
O sertanejo só pensa
em receber a primavera
porque a seca em desavença
no verão vira uma fera
e a dor se torna imensa
mas existe uma recompensa
nos braços de quem lhe espera.
De forma sucinta devaneio em seus olhos cor de uísque, quentes como o fogo lambendo a lenha seca, expressivos como uma criança em suas primeiras descobertas. Olhar que me lembra o outono, as folhas secas despencando suavemente e tocando o chão, folhas que morrem embebecidas na mais pura beleza.
Tristeza
A árvore seca
Pelo orgulho ignorante da minúscula mulher.
Como um ser "feminino " pode ter coragem de envenenar uma árvore tão mulher?
Que ser abominável é esse?
E procria...
Não é gente.
Não é gente.
Não é gente.
Nem bicho. Porque bicho come e vagando replanta.
Como será que dorme o estrume do inferno? Não dorme. Fede.
Por DEUS,
Invoco todas as Entidades das matas e das florestas , entidades protetoras de todas as árvores , recupera, recupera? recupera.
Da Jaqueira , da Amendoeira e da Jurema invoco as forças e o Poder de Deus que lhes habite,
Faz arder está consciência. Faz entender que a essência que vivifica -lhe o corpo é E mesma essência que vivifica o corpo das árvores, das flores, das pedras e dos animais.
Jesus Cristo, o teu nome Eu Invoco. Tua dignidade e paz de Espirito.
Amem
''E que toda seca não seja de amor ,paz ou gratidão.
E que todo peito traga felicidade no coração.
Que nenhuma marca seja capaz de nos trazer decepção.
E que a percepção de vida seja suficiente para nos manter com os pés no chão.
Que nunca falte poesia,com uma pitada de harmonia e lição.
Que sejamos retratos de boas-vindas e não de adeus sem compaixão.
Terra forte.
Da terra que me sustenta
da flor da palma a flor de lis
da seca que me arrebenta
da chuva que me faz feliz
da raiz que me alimenta
o meu nordeste representa
a parte forte deste país.
A palavra mal dita é como erva daninha, como árvore seca que produz frutos amargos, espalhando dissabores, tristeza, desarmonia. Prefiro ser árvore frondosa, dar abrigo a quem precisa de afago no coração, dizer palavras benditas que possam saciar a fome de amor e a sede de infinito. Prefiro gerar flores e ofertá-las, exalando beleza e perfume pelo mundo.
Flor do sertão
Na terra seca
pouco profunda
No solo árido
sufocante
Onde tudo parece estar perdido
Acabado, destruído
Ela brota sua exuberância
Em tom de vermelho
Enfeita o chão sem cor
A flor do sertão
Brota pra gritar
com sua beleza singular
Que nós podemos
Assim como ela
Brotar
mesmo quando tudo
estiver morto
Nós podemos ser vida
Linda, ávida, colorida
Desprendida
linda vida.
As palavras saem de mim como águas de uma fonte procurando seca e sedenta para proporcionar mais brilho e vida. Se o efeito causado saciar, feliz serás.
RIO DO DESTINO
Pedaços de árvore seca
Tombada no sertão quente
No período da seca,
Arrastam-se, lentamente,
Nessas águas tão escuras
Do velho e cansado rio,
Que eu, repleto de amarguras,
Da sua margem espio!
Àquela árvore igual
Há muita gente, afinal,
À beira do desatino!
Pois se arrastam tantas vidas
Nessas águas poluídas
De um tal rio do destino!...
Infância pobre, mas... rica.
Não vivi em área nobre
mal tinha água na bica
mesmo que a seca dobre
a esperança multiplica
e na saudade se descobre
que aquela infância pobre
na verdade foi tão rica.
