Se for Triste Carlos Drummond
Buenos Aires
(Victor Bhering Drummond)
Quando as tuas formas tocam o coração
E os sentimentos sobem para o teu céu
E é quando teus contornos acariciam minhas mãos
E estas degustam suas curvas, rios e sabores
Descobre-se o lugar perfeito
Para ali fazer abrigo aos meus amores.
Guindaste das emoções
(Victor Bhering Drummond)
Meu ninho repousa em
Direção ao Infinito
Apoia-se no vazio mais
Preenchido pelo nosso
Amor
Precisa de quase nada
Para elevar-se aos Céus
Ao mesmo tempo que
Inspira-se no guindaste
De nossas emoções que
Nos põe com os pés na
Terra e corações nas
Nuvens
Namore um cara que escreve. Não um cara que te manda poesias do Drummond ou que te manda letras do Chico com foto de pôr do sol. Namore um cara que escreva ele mesmo para você. Um cara que escreve irá perceber os detalhes entre vocês dois, e assim escrever cartas e textos pessoais que falem especificamente sobre vocês dois, não cartas de amor genéricas catadas no limbo da internet. Namore um cara que, ao invés de comprar um cartão de dia dos namorados com um poema do Vinicius, vai escrever um texto para você no seu computador enquanto você toma banho para irem jantar.
como para Drummond,
há uma pedra em meu caminho,
e uma quadrilha na qual
sempre acabo sozinho.
quero ir embora como Bandeira,
para uma terra na qual sou amigo do rei,
onde por poetas e filósofos é guardada a entrada,
e o amor das mais belas prostitutas provarei..
E por falar em amor e em Drummond, lembrei-me daquele outro poema que diz: "Quero que todos os dias do ano/todos os dias da vida/de meia em meia hora/de 5 em 5 minutos/me digas: Eu te amo".
Tão eu! Eterna carente, segundo minha filha adolescente... Cobro amor de Deus e do mundo! Deus eu tenho certeza que me ama demais, temos uma relação de amizade muito próxima. Falo com Ele a toda hora e sinto que me ouve... Meus outros amores, procuro dizer que amo com palavras, com atitudes, com o olhar... às vezes até com uma repreensão, quando acho que estão errados. Não sei até que ponto me compreendem, acreditam, duvidam... A grande questão é que, eu, bichinho carente que sou, (in)conscientemente fico esperando que todo mundo seja igualzinho a mim!
E AGORA, DRUMMOND?
A FESTA VAI COMEÇAR
A PEDRA ME BEIJA
A BRUXA DA VASSOURA
ABRE ASAS DE ANJO
E VOA!
ELA DIZ QUE ESTÁ LOUCA
PASSA BATOM VERMELHO
E MINHAS PERNAS ME NEGAM
A FESTA VAI COMEÇAR:
ELA ESTÁ LOUCA, EU ESTOU BROCHA!
E AGORA DRUMMOND???
Poema das faces ocultas
(Baseado no poema de Drummond)
Quando nasci, minha vida mudou
Disseram-me para ser qualquer coisa
Ou qualquer pessoa.
Uma vez pedi a Deus
Para não deixar-me
Mas não posso deduzir
Que ele viva minha vida
Me senti sozinha
Abandonada
Vendo muitos olhares
Menos o meu.
Há uma menina
Séria, simples e forte
Que nunca se esquece de uma conversa
Tem pouco, raros amigos
Atrás daquele olhar.
Desejos são momentos excitantes
Meu deus, Por que rimar não resolve?
Mas vasto é meu coração
Rimarei até achar uma solução.
Eu já não leio mais Drummond
Eu não escuto mais Tom Zé
Não vou mais ao Cine Odeon
Pra quê andar a pé?
Se eu já não te dou mais a mão
E nem te faço um cafuné
Você já não me acorda mais
Eu tomo chá pra não tomar café
Quem dera Drummond ter me escutado
O nosso coração é sim maior que todo esse mundo
muito maior que todo esse universo
A diferença é como nós tratamos os sentimentos
amamos as nossa diferenças
cantamos poemas
que contam, que cantam e que confessam
amar de mais não explode corações
apenas cria versos.
Eterno Drummond
Um dos maiores da nossa literatura
O maior poeta nacional do século XX
Nascido em Itabira nas Minas Gerais
Este é o grande Drummond
No modernismo brasileiro
Trouxe sua visão do cotidiano
Numa linguagem corrente e livre
Refletindo sobre política e sociedade
A solidão nos seus versos
As memórias de uma poesia
De ontem tão presente no hoje
Retratando a vida e suas relações
Reflexões existenciais profundas
Destacada em suas composições
Questionando a si e seu modo de viver
Seu passado e seu propósito
Grande Drummond, eterno Drummond
Imortalizado na praia de Copacabana
Sentantado e reflexivo em seu banco
Reverenciado por um país inteiro
(...) Ainda prefiro sapear o momento cético do poeta Drummond que com sapiência dizia: " tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo", a parafrasear como um jurista dizendo: "tenho em minhas mãos sofrimento do mundo" apenas para integrar sofrimento a valores humanos...
eu não sou um Drummond
e nem tão pouco um Pessoa
mas gosto de fazer semi-poesia
mesmo sem rimas
assim à toa
não importa é a maestria
com que o semi-poeta
descreve :
o que sente
o que pensa e
o que ver
e apesar das batalhas
no meio disso tudo
EU NÃO ME CANSO
Do livro E5PELHO5 POEMAS
DE CINCO AUTORES
ESTA SEMI-POESIA
É De : Lúcio Cleto Paiva Uchôa
Para a coleção lúcius éon
Essas minhas retinas, que, ainda, não estão tão fatigadas como estiveram as de Drummond, surpreende esse coração bobo que mora aqui dentro. Surpreende porque quando há o pensamento de que nada novo surgirá, vejo que tem gente que se parece tanto comigo.
Não conto o tempo pelas ciências exatas de Pitágoras, conto pela ciência abstrata de Drummond.
Charles Valente
Estou com Drummond e não abro quando o poeta diz que certas amizades comprometem a ideia de amizade. Certas amizades corrompem o caráter e pervertem a personalidade.
Mas quem poderia entender Drummond, considerando-se maior que o mundo e num instante após, sente-se fraco á apelar... "Deus, porque me abandonaste?".
Guardanapo 8:
Sentada na pedra que DRUMMOND havia dito...
Essa pedra eu vou carregar comigo!
Uma pedra na calça
É só um nó na barriga
avisando que vem coisa
ruim pela frente.
Tirei da boca de Drummond as palavras que ele não conseguiu dizer, e falei de uma forma que ele jamais pensaria em falar.
