Se for Triste Carlos Drummond
Menina-Fran
(Victor Bhering Drummond)
Menina querida, menina do coração.
Mulher do belo sorriso, da gargalhada leve, doce, gostosa.
Menina-Fran, menina-Franca,
Menina-fã da alegria, que contagia, que perfuma a vida de outros.
Tantos, tantos risos e sorrisos,
Tantas brincadeiras,
Bobeiras e momentos de falar sério.
Nesta data sua, tão sua,
Há mais do que motivos pra sorrir.
Porque seu caminho se perfuma e se “primavera” ainda mais.
No auge da estação-luz,
Nasceu a menina-flor,
Cheia de energia e calor,
Irradiados para o mundo,
Aquecendo a vida de todo mundo que é tocado por ela.
Cabelos ao vento,
Lindos, livres, vivos,
Tingidos pela cor da noite,
Aveludados pelo luar.
Ah! tanta coisa pra viver,
Tanta coisa pra contar,
Tanta coisa pra cantar.
Como é bom viver,
Como é bom viver
Sendo seu amigo,
Sem saber nem como nem quanto,
Simplesmente te amando
E desejando FELIZ ANIVERSÁRIO!!!
25 de novembro de 2007
Tinha um caminho no meio da pedra
Ou uma pedra no meio do caminho
Ou uma foto do Drummond no meio do livro
Sei que meus olhos tropeçaram em algum ponto da página
Nem com todas as palavras eu me encanto...
Sou fã de Drummond e adoro Caetano...
Nem com todas as filosofias eu repenso meus atos diante dos seus.
Eu sou discípulo de Cristo.
Mas tem um jeito de me olhar que convence.
Porque os olhos, eles simplesmente não mentem...
Poema das faces ocultas
(Baseado no poema de Drummond)
Quando nasci, minha vida mudou
Disseram-me para ser qualquer coisa
Ou qualquer pessoa.
Uma vez pedi a Deus
Para não deixar-me
Mas não posso deduzir
Que ele viva minha vida
Me senti sozinha
Abandonada
Vendo muitos olhares
Menos o meu.
Há uma menina
Séria, simples e forte
Que nunca se esquece de uma conversa
Tem pouco, raros amigos
Atrás daquele olhar.
Desejos são momentos excitantes
Meu deus, Por que rimar não resolve?
Mas vasto é meu coração
Rimarei até achar uma solução.
Nem com todas as palavras eu me encanto. Sou fã de Drummond e adoro Caetano.
Nem com todas as filosofias eu repenso meus atos diante dos seus. Eu sou discípulo de Cristo.
Mas tem um jeito de me olhar que convence. Porque os olhos, eles simplesmente não mentem.
ADEUS CIRCO
Se Drummond estivesse errado
Não teria ficado um pouco dele
Aqui em mim
“Às vezes um botão. Às vezes um rato”
Ficou um risinho calado
Um fato histórico
Ficou um pouco de mágica
De circo
De carnaval
Lembranças tão coloridas quanto distantes
Um pouco dos (mala)bares
Um pouco dos rituais
E juntando tanto pouco
Fica um tantinho mais.
Homenagem a Drummond
No meio do caminho tinha... meio caminho andado.
Depois de todo um caminho andado, ainda há caminho.
O poeta Drummond sempre avisou que 'no meio do caminho tinha uma pedra', mas ELE, com sua sabedoria, seu olhar lírico, sua linguagem figurada, preferiu não revelar que, para muitas pessoas, há tantas pedras, que mal enxergam o caminho.
O homem e a ovelha - Victor Bhering Drummond
Parei pra alimentar a ovelha,
Cheias de silêncios, curiosidades e lãs
No frio que nos cercava
Na imensidão que nos admirava
Sabíamos que nada além do cheiro
Do Mato, da água correndo lá longe
Poderiam ser expectadores mais
Verdadeiros para aquele cumplicidade
Estabelecida entre o homem e o pobre animal indefeso.
A única coisa que nos separava era a capacidade dos meus versos de tocar seus pelegos. Entendi-me gente e ela na sua doce inconsciência de não se entender ovelha, permanecia ali tocada apenas pelo prazer de um objeto falante ser um instrumento para suas necessidades. E nesta conexão, percebi que só precisava deles: da simplicidade, daquele momento e da literatura escrita naquelas folhas ao chão.
(Colônia Olsen, maio de 2017)
Cabine Telefônica
(Victor Bhering Drummond)
Procurei a cabine mais próxima.
Não era para tentar contato
Te ligar, te encontrar.
Era para deixar ali rabiscados meus versos
Soltos ao relento, versando ao léu
Quem sabe nessa mistura rítmica
De pessoas indo e vindo
Entrando e saindo
Eles pudessem tocar mais corações
E assim mais vidas pudessem
Ser tocadas pelo ritmo das canções
Que faz adormecer as guerras
E despertar as paixões
A casa das memórias
(Victor Bhering Drummond)
A velha casa ainda estava lá.
Preservando memórias, mistérios
E provocando medos.
Eram só retratos na parede
Pinturas e rabiscos na alma
Incapazes de fazer mal a nenhuma
Criatura sequer.
Abri a porta, senti o cheiro das coisas guardadas.
Sentei no sofá; voltei nos anos
E encontrei a festa do dia do batizado
Sendo celebrada novamente
Nas sala do meu coração.
(Outono no Sul - Registros de uma Casa Velha, 2017)
Sobre cafés da manhã
(Victor Bhering Drummond)
Meu corpo pediu café da manhã
Minha alma pediu encontros
Minha existência pediu amores
Os amores pediram harmonia
Sentamo-nos todos à mesa
E celebramos essa tertúlia maravilhosa
De pedidos realizados e delícias
Tendo as araucárias como testemunhas curiosas.
(Pousada das Araucárias)
O menino do balanço
(Victor Bhering Drummond)
No seu vai e vem sem limites
Alcançando a altura das nuvens
Tocando no brilho dos sonhos
Voltando com seus pezinhos para a dura realidade
Insiste em balançar; porque no doce
Balanço, se embala no balanço do mar; e deixa que a loucura adulta
Fique lá fora tentando encontrar
Uma maneira de se comportar como ele; porque é apenas uma criança feliz se telestransportando na gangorra para a dimensão do não-presente (porque este é chato) e não-futuro (por ser incerto demais).
(Dia das crianças de um Brasil de adultos corruptos de 2017)
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Roda d'Água
(Victor Bhering Drummond)
Ela girava na direção das águas
Movia-se como um um mundo controlado por aquele universo de prazeres que corriam por suas entranhas
Trazia vida e movimento
Porque vida é energia cinética
Capaz de enfeitiçar e tirar do eixo
Até mesmo o mais pacato dos corações.
Dia no campo
(Victor Bhering Drummond)
Caminhei por aquele céu azul que inspira
Respirei o verde purificador das matas
Batizei meu corpo e minha Alma
Nas águas daquele recanto
Ouvi o barulho do silêncio
Toquei nas nuvens
Senti a brisa leve soprando meu rosto
Naquela manhã fria do começo de inverno
Pedi licença ao cansaço
Agradeci a Deus pelo firmamento
E enquanto meus passos pisavam leves naquele santuário
Deixei aquela moldura virar retrato
Pendurado no meu altar do armário
Onde não deixarei essas reflexões
Ficarem no anonimato.
(Tarde fria e feliz a caminho da colônia Olsen, 2017)
Para quê?
(Victor Bhering Drummond)
Para que servem os entardeceres?
Para que agradeça pelo longo dia que viveu.
Para que servem os finais de tarde?
Para entender que há sempre um recomeço.
Para que servem os pores do sol?
Para agradecer pela poesia da noite.
E para que servem os lagos?
Para contempla-los e mergulhar neles todos seus sonhos para que ressurjam como realidade.
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Guindaste das emoções
(Victor Bhering Drummond)
Meu ninho repousa em
Direção ao Infinito
Apoia-se no vazio mais
Preenchido pelo nosso
Amor
Precisa de quase nada
Para elevar-se aos Céus
Ao mesmo tempo que
Inspira-se no guindaste
De nossas emoções que
Nos põe com os pés na
Terra e corações nas
Nuvens
Eterno Drummond
Um dos maiores da nossa literatura
O maior poeta nacional do século XX
Nascido em Itabira nas Minas Gerais
Este é o grande Drummond
No modernismo brasileiro
Trouxe sua visão do cotidiano
Numa linguagem corrente e livre
Refletindo sobre política e sociedade
A solidão nos seus versos
As memórias de uma poesia
De ontem tão presente no hoje
Retratando a vida e suas relações
Reflexões existenciais profundas
Destacada em suas composições
Questionando a si e seu modo de viver
Seu passado e seu propósito
Grande Drummond, eterno Drummond
Imortalizado na praia de Copacabana
Sentantado e reflexivo em seu banco
Reverenciado por um país inteiro
(...) Ainda prefiro sapear o momento cético do poeta Drummond que com sapiência dizia: " tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo", a parafrasear como um jurista dizendo: "tenho em minhas mãos sofrimento do mundo" apenas para integrar sofrimento a valores humanos...
Eu já não leio mais Drummond
Eu não escuto mais Tom Zé
Não vou mais ao Cine Odeon
Pra quê andar a pé?
Se eu já não te dou mais a mão
E nem te faço um cafuné
Você já não me acorda mais
Eu tomo chá pra não tomar café
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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