Se Existir Guerra que Seja de Travesseiro

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À proporção que o homem exterior se destrói, o homem interior se renova.

Falar é bom, calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero.

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Não é a verdade que vence, é a convicção.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

O homem, o indivíduo humano, é o portador do conhecimento efetivo. O conhecimento enquanto bem social é apenas conhecimento potencial, é coleção de registros e convenções que, para tornar-se conhecimento efetivo, deve ser efetivado, atualizado na consciência do indivíduo vivente.

A mulher foi feita pro amor e pro perdão...Cai nessa não!, cai nessa não!!!

- Você tem alguma ideia do quão feliz você me faz sentir? - Ele murmurou.
- Sim… Eu sei exatamente. Porque você faz o mesmo a mim.

Às vezes, falta apenas uma pessoa e parece que o mundo inteiro está despovoado.

Alphonse de Lamartine
Meditações Poéticas

Por pudor sou impuro.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

As mulheres, como as crianças, acham que tudo lhes é devido.

Ela promete ser boazinha, não destruir, mas depois esquece.

Para apaixonar-se, basta estar distraído.

Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo.

Uma noite de amor é um livro a menos lido.

A tarde está verde no olho das garças.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Nas entrelinhas é que dizemos. Bom terapeuta é o que escuta o que omitimos.

Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.

Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

O fingidor

O ermo que tinha dentro do olho do menino era um
defeito de nascença, como ter uma perna mais curta.
Por motivo dessa perna mais curta a infância do
menino mancava.
Ele nunca realizava nada.
Fazia tudo de conta.
Fingia que lata era um navio e viajava de lata.
Fingia que vento era cavalo e corria ventena.
Quando chegou a quadra de fugir de casa, o menino
montava num lagarto e ia pro mato.
Mas logo o lagarto virava pedra.
Acho que o ermo que o menino herdara atrapalhava
as suas viagens.
O menino só atingia o que seu pai chamava de ilusão.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

- Meu senhor - respondeu-me um longo verme gordo - nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos.

(Dom Casmurro, pg. 36)

Machado de Assis
Dom Casmurro

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