Se eu Fosse Algum Rei
Tomara que a vida seja uma vida vivida, não assistida. Que eu seja pego de surpresa pela sorte algumas vezes, tropece em acasos, esbarre com alguns clichês, mas que no fim das contas ainda encontre com o destino. Limpo e lindo. Rindo e vindo. Sendo e tendo sido bom com tudo que aconteceu, com os amigos e comigo.
(Gustavo Lacombe)
Há algum tempo, um velho amigo me disse: "Ainda é preciso sonhar!" E eu o questionei: Vale mesmo a pena sonhar? Sonhar, é sinônimo de acreditar, e infelizmente acreditar traz expectativas do irreal, da ilusão. Logo, sonhar se torna motivo de decepção.
tudo que eu fasso, e tentar fugir de algum modo, deste sofrimento, pois sei que o "mundo" é um lugar ruim, que sempre vão tentar me derrubar, mas uma coisa eu aprendi com ele, eu aprendi a apanhar, e não desistir!
Será que algum dia eu vou encontrar alguém que ria das minhas piadas, me escute cantar e diga que fui ótima, que aceite todos os meus defeitos e que me ame de verdade?
Se algum dia eu cair e não conseguir me levantar, é porque eu pudi apreciar a inteligência de um demente.
Na minha vida eu sempre derramei lágrimas, mas não é por isso que eu algum dia deixei de sorrir... Pois eu tenho a certeza que DEUS esta sempre comigo seja qual for a situação..
Como eu sinto falta de roubar uma rosa de algum jardim, parecem mais lindas para presentear. Há como sinto falta de chegar de supetão só para ver tua expressão de surpresa. De te dar um beijo na testa e vê-la sorrir. De convidá-la para ir ver o pôr-do-sol na chácara ou as estrelas em plena madrugada, como sinto falta. Sinto falta de levar bombons ou aquele chocolate atrativo que vi na prateleira. Há o tempo passa, mas a vontade de amar fica, sei lá, o amor fez morada e eu gostei. E não adianta insistir na beleza de quem quer nos comprar, pois é alguém vazio de sentimentos. Bom mesmo é insistir naqueles que nos arrancam sorrisos e não as esperanças. Bom mesmo são aqueles que nos trazem amor sempre que podem, pois sabem que o tempo que se espera um dia acaba. Bom mesmo não é ser surpreendido por belas palavras, mas por uma pequena atitude que nos marca. Bom mesmo é não precisar provar nada para ninguém, pois sou o que você sente ao me tocar. E falando em tocar, há que falta faz quando não encontramos nenhuma palavra para expressar e, com as mãos, colocando o afago em cada dedo sentimos o mundo se dispersar. E como é bom sentir aquele momento que não desejo nada de diferente daquilo que é, pois enfim, está tudo perfeito.
Pois é. Dessa vez eu fiz tudo certo. Aliás, só eu mesma para pensar que algum dia tinha feito alguma coisa errada. Que tinha falado na hora errada. Que tinha chorado na hora errada. Que tinha gritado na hora errada. Dessa vez eu esperei. Esperei uma noite inteira. Esperei um dia inteiro. Fiquei aqui, remoendo, pensando, imaginando, reformulando e esperando o momento certo para desabafar. E mesmo com todos os inúmeros cuidados tomados, eu percebi que nossos desfechos serão, independentemente de qualquer atitude, ação ou reação, sempre medíocres.
Me sujei...
ia atraz de brilho
em nem um caminho, ou caminho algum
me sujei...
eu não sei crescer
ou acontecer
então vou me molhar na chuva
pra limpar a minha voz
minha sorte e minha vez
ter cabeça limpa e pés
vou me molhar na chuva
Se algum dia eu fizer do silêncio as minhas palavras, é porque me cansei de falar para os ouvidos ocultados.
Eu tenho um baú do tesouro chamado memória. Quando sinto saudades de algum momento da minha vida, eu abro e revejo histórias e pessoas, preciosas para mim!
Eu não quero dizer que minha mulher ganhou algum peso.
Mas, quando ela pisou em nosso gato persa, ele virou tapete persa.
Eu me perdi em algum “E viveram felizes para sempre.” que estava escrito num daqueles folhetins de rua que a gente nunca lê. Talvez eu tenha me enrolado um pouco nas definições de amor colorindo o céu de vermelho apenas para me apaixonar pelo teu todo, sei lá.
Dizem que o amor de um escritor nunca morre, e mesmo morto dentro de tudo que eu sempre achei bonito, estais por aqui, estranho. Entre tantos que me arrancaram risos estrondosos, gargalhadas vergonhosas, apenas você rouba as minhas palavras e sucumbe tudo que há de bom em mim. Sinto-me mal por não ser o teu bem, me sinto mal por você ser o meu mal, mesmo que você nem saiba disso.
Sabe menino, eu escrevo sobre tudo o que já morreu aqui dentro.
Escrevo sobre as metáforas que crio para justificar minhas fugas rumo ao infinito. Inicio da maiúscula até o ponto final milhares de tracejados que combatam a memória ruim. Bordo em palavras sobre o dia que passou, sobre as chances que perdi. Você é a minha chance perdida, você ainda está vivo em algum canto aqui celebrando carnavais. Está aqui, talvez, navegando em uma das veias, controlando um bocado de nervos. Está aqui. Por isso ainda não merece um texto meu, pois eu ainda não te esqueci.
Entrelaçávamos os dedos, porém não os planos, e eu até esquecia os infortúnios no exato momento em que as costas da tua mão direita deslizavam pelo meu rosto. Disse que me amava, e eu não entendia como os teus olhos não eram tão mentirosos quanto a tua boca. Era uma exceção entre todas as exceções, a melhor consequência, a melhor coisa que nunca tive.
Você me amou apenas uma vez. Eu te amei apenas uma vez entre todas as vezes que nunca demonstrei, mas estavam ali, gritando por uma resposta urgente, aturdidas por ouvirem os teus ecos de reciprocidade num único momento de vontades vorazes.
Vou esquecer o outono enquanto te embalo nos meus pensamentos, não existe tempo seco quando o úmido da tua saliva desconecta os meus sentidos. Barganhava o meu zelo, movia-me de acordo com os seus acordos. Ele me desarmava com dois sorrisos e duas mordidas no pescoço.
Porque até o coração vende uma imagem errada de si, não é?
Continuo sentada no muro da existência verbalizando os meus anseios, como se traduzi-los em poemas fossem me fazer voltar num tempo que nem sei ao certo se quero voltar. Quem sabe isso tudo me convença de quê eu choro poesia só para não te perder pro esquecimento, ou apenas para não me perder nos meus próprios devaneios. Embriago-me de possibilidades, rodopio em um olhar que sempre achei que fosse meu. E morro a cada vez que concordo com a cabeça baixa, a cada vez que aperto a mão do destino, engolindo a seco as coisas que poderíamos ter sido – e não fomos.
Enlouqueço aos pouquinhos quando até o moinho de vento canta o teu nome.
Andando por essas ruas não tão familiares sem a tua presença, percebo que nem eu me familiarizo mais comigo. Acho que vai ser assim que vou marcar os teus hábitos na lua e te encontrar a cada eclipse. Eu poderia ter sido o teu sol se você não preferisse as noites estreladas.
Pelo menos alguma coisa sobrou da gente.
O nosso eclipse.
E eu nunca mais te encontrei.
Hoje amanheci com saudades. Pasme, eu não sei explicar de que! Talvez seja de algum momento bem especial que vai acontecer.
Mas como eu posso ter saudades de algo que não aconteceu?
Talvez em viva dois mundos: E hoje eu acordei pra viver o mundo fantasioso. E no mundo fantasioso, sou um inconstante constante velejador no mundo do amor.
E tem coisa melhor de que você terminar uma conversa e ficar imaginando os próximos momentos?
Vai ver não acontecera! E é dessa saudade que eu possa estar sentindo...
Se algum dia eu ti puser de lado, é porque na minha vida só serviste de virgula. Porque os meus verdadeiros amigos servem sempre de contexto.
