Se Alguem Fala mal de outra

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⁠ Ofício Solar

A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.

Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.

Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.

Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Raízes do Afeto

Nas fotos antigas, desbotadas no tempo,
Sorrisos guardados em preto e branco —
São laços que tecem, silentes, seu assento
No meu coração, como um rio sagrado.

Vejo nas tuas mãos as linhas que herdaste,
O mesmo tremor da avó ao cantar.
No teu olhar profundo, o que me contaste:
Amores antigos a nos sussurrar.

Na mesa posta, na receita esquecida,
No jeito de dobrar o pano de chão,
Vive a ternura de outra vida,
Semente lançada em gerações.

O amor ancestral não morre, repousa:
É seiva na árvore, é voz no vento...
Sangue que flui e não se esgota,
Abraço de séculos no meu momento.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Luz Simples

Cada dia acende
Uma luz diferente.
Não é nada complicado,
É um sol bem presente.

Luz que entra pela janela,
Aquece o chão da sala.
Luz que pinta a folha verde,
Que na roseira balança.

Essa luz não é só brilho
Pra clarear o lugar.
Ela é convite manso
Pra começar a olhar.

Olhar pro pão quentinho,
Pro cheiro do café.
Pro vizinho que acena,
"Bom dia!" pra você.

Olhar a nuvem viajante,
A formiga no caminho.
Ver que a vida, mesmo simples,
Tem um jeito de carinho.

É nesse olhar atento**
Que a luz vira alegria.
Não uma festa barulhenta,
Mas paz que todo dia cria.

Paz de sentir o tempo,
De agradecer o pão.
De saber que estar vivo
Já é grande lição.

E aí vem a felicidade,
Não um tesouro a guardar.
Mas o amor que se espalha
No simples compartilhar.

Amor no prato feito,
Na palavra de consolo,
Na mão que aperta a outra
Quando o caminho é um pouco só.

Cada dia tem sua luz,
Não precisa ser intensa.
Basta abrir os olhos
E a alma, com doçura imensa.

Deixe que essa luz simples
Te mostre o essencial:
A verdadeira alegria
Morando no amor, que é...
Eterno, e tão normal... Quanto essa canção que faz bem ao coração...

Inserida por OdaraAkessa

⁠O Fio Infinito

Não roda simples, nem espiral vã,
Mas tecido denso, sem começo ou grão.
O que hoje é chão, que hoje é dor,
Será novamente, sem perdão ou flor?

Cada instante, pesado de eterno,
Cada suspiro, cada inverno,
Cada riso que o vento levou,
Tudo voltará... Tudo voltará!

Não fuga no céu, nem porto além,
Só este mundo, sempre e também.
Amar o destino, dizer "Sim!" profundo,
Ao peso mais duro, ao abismo do mundo.

Seríamos deuses? Ou prisioneiros?
Criando eternos canteiros?
A vida, uma pedra que sempre se lança,
No lago do tempo, sem mudança.

Oh, volta que não é volta,
Mas presença absoluta, desenrolta!
Aceitar o mesmo que nunca se repete,
Pois só existe este instante que nos mete...

No centro do círculo, imóvel e ardente:
O eterno retorno é a vida consciente.
Amar cada sombra, cada luz que se acende,
Sabendo que tudo... Tudo... eternamente, desce e ascende.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Tardes com Teu Nome

Há um instante no crepúsculo que cai,
Quando a luz, já cansada de ser sol,
Se derrama nos vidros a cantar
Um segredo que o mundo não sabe ouvir.

É nessa hora branda, quase parada,
Que teu rosto se forma no ar morno:
Não é lembrança, é presença delicada,
Um refúgio de sombra no fim do dia.

Penso em ti — e o tempo se dobra:
O vento traz tua voz nas folhas secas,
A poeira dourada dança devagar
Como gestos teus pela sala vazia.

Ah, que ofício simples e profundo
Deixar que a saudade, lenta, se instale: Pois ainda não vivi.
Não dói, aquece. É um fogo brando
Que a tarde carrega em seu manto largo.

O mundo lá fora se tinge de mel,
As nuvens desfiam algodão doce,
E eu — apenas navego sem pressa
Nesse mar calmo onde teu nome é porto.

Porque pensar em ti à tarde não é fuga:
É encontrar, no meio do dia que finda,
A quieta certeza de que existes,
E que essa luz, por um instante,
É tua mão acariciando o horizonte...

Inserida por OdaraAkessa

⁠Pequena Resistência

Era um grão no chão duro,
Pisada pela pressa do mundo.
Vozes grossas, vento cortante,
Vida apertada, mas não tanto.

Sob o peso do inverno longo,
Guardou calor no punho fechado.
Cada passo era montanha,
Mas seu sonho, semente teimosa.

Um dia a raiz furou o cimento,
Broto verde ergueu o dia.
Na altura do joelho alheio, foi quando eu conheci.
Floresceu sua quieta ousadia.

Hoje carrega o sol na palma,
Pequenina nave mestre
De si mesma —
Flor de asfalto.

Inserida por OdaraAkessa

⁠Nem natureza fixa, nem construção fluida;

Nem substância rígida, nem folha vazia: semente que varia, DNA que fica, cria e recria;

Nem pura essência, nem pura aparência: é mistura, é experiência, é vivência, é existência.

Somos síntese viva, cultura e biologia,
união dinâmica em constante interação, transformação e evolução.

Inserida por I004145959

⁠O capitalismo tem como vertente principal a propriedade privada e o mercado livre. Apoia-se nas contradições e ambivalências humanas, celebrando o individualismo.

O socialismo, assentado no coletivismo e composto por múltiplas correntes que oscilam entre o ideal igualitário e o controle rígido, ainda busca sua aplicação plena.

Essa abordagem pragmática — focada no real, sem idealizações, lidando com a vida como ela é — fez do capitalismo o sistema predominante globalmente, enquanto o socialismo permanece marcado por utopias e controvérsias.

Inserida por I004145959

⁠O capitalismo é a imagem e semelhança humana;
O socialismo é a miragem e esperança.

O capitalismo absorveu o real e prosperou;
O socialismo almejou o ideal e naufragou.

Inserida por I004145959

⁠Esperança idealizada, utopia politizada, fantasia monetizada.

Inserida por I004145959

⁠O consumismo: hedonismo moderno,
prazer efêmero, vazio eterno.

Inserida por I004145959

⁠Apropriação cultural sem tato desmerece;

Intercâmbio cultural com trato enriquece.

Inserida por I004145959

⁠Amizade em Flor

Mais que a chama que incende o olhar,
Há a raiz que sabe aprofundar.
Philia – amizade, solo quieto,
Onde repousa o ser completo.

Não só paixão, fugaz e viva,
Mas mão segura, atenção tardia.
Silêncio que não pesa ou dói,
Lugar comum onde o eu despois.

E nesse campo, fértil e calmo,
Pode brotar um doce palmo
De algo mais... um tímido ardor,
Pergunta sem resposta, talvez amor.

Mas mesmo assim, se o fogo nasce,
Da amizade a base não despedaça.
Pois o afeto que primeiro veio
É o caule forte, o puro seio.
Amor de amigo, quieto e profundo,
Pode ser terra... ou ser o mundo.
Onde o romance, se vier, será
Raiz e flor, na mesma estação.
Dois amores numa só canção,
Um abrigando o outro, sem perder
A essência pura de se ver
Na mesma sombra compartilhada,
Cada um de nós, inteiro, na jornada.

Inserida por OdaraAkessa

⁠O Barrigudinho

No riacho claro e raso,
Nada um ser bem miudinho,
Com barriga que reluz
É o valente barrigudinho.

Peixe simples, sem vaidade,
Mas carrega uma missão:
Come larvas de mosquito,
Guarda a nossa proteção.

Colorido em tons discretos,
Com movimentos tão sutis,
Dança leve entre as pedras,
Nos aquários é feliz.

Nordestino por nascença,
Resistente ao sol ardente,
Mesmo em águas esquecidas
Segue firme e persistente.

Não se mostra por bravura,
Nem exige um pedestal,
Mas merece poesia
Por seu gesto natural.

Então viva o barrigudinho,
Nosso peixe pequenino,
Guardião das águas doces,
Campeão do nordestino

Inserida por igor_ciloe_oliveira

⁠Eu me consagro a Ti
Mãe de Deus e minha
Eu me consagro a Ti
Mestra e Rainha

Comunidade Católica Colo de Deus

Nota: Trecho da canção Acaso Não Sabeis.

Inserida por droplets

⁠O embasamento legal deveria ser repensado, há excesso de impunidade.

Inserida por TONINHOCARLOS1955

⁠Realmente, dê-se-lhe a realidade, basta de estereótipos!!!

Inserida por TONINHOCARLOS1955

⁠Agua e óleo não se misturam, assim é a honestidade com relação falta de ética e moral.

Inserida por TONINHOCARLOS1955

Não há ninguém na face do planeta Terra que não tenha mentido, mas fazer disso uma prática é difícil aceitar.⁠

Inserida por TONINHOCARLOS1955

Minha mãe me nomeou Matheus. Pela vida, muitas vezes, foi preciso me refazer. Dentre vários de mim se destaca um eu. Alguém que veio ao mundo nu e sabe que dele nada levará. Mas que em sua caminhada poderá criar ou imaginar mundos possíveis para aqueles que sentem-se desentendidos do eu, dos⁠ outros e talvez do mundo. Aqueles que não tem nada a perder e sabem disso dedico essas poesias.

dedico minhas poesias a quem na vida, nos cantos das paredes ou nas andanças do mundo sente-se as margens. dedico essas poesias a você a quem se sente, por vezes, um zer0 à esquerda.

Inserida por zer0esquerda

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