Saudades de Quem Mora longe
Aprendi a aproveitar o sol quente, o frio, até mesmo os atritos, pois sentir saudade de alguém é sentir saudade de tudo!
vigia de mar
eu jogava tintura Márcia
no bigode branco do navio
e o tempo passava ao largo
distante da proa e de mim
A dor no peito, a saudade que você deixou, o amor que você me deu, a atenção dada com muito carinho, o abraço apertado capaz de tranquilizar é um lugar seguro ficar em teus braços, porque partiste para o outro mundo.
Há momentos em que eu só queria estar em um lugar distante. Distante das pessoas; das obrigações; das confusões; distante da cidade causadora de problemas. Mas não é tão simples assim. Onde eu poderia ir para sanar esta minha carência de mim mesmo? Por quanto tempo eu aguentaria a minha própria presença? Minha cabeça depois enlouqueceria? Talvez o melhor seria estar distante dos meus pensamentos. Mas isso é impossível.
A longitude entre mim e algumas pessoas ( que antes estiveram coladas a mim) faz-me duvidar da integridade de suas amizades, porquê elas sempre te dizem que estão com você, mas quando a vida aperta, nem sombra delas resta. Elas preferem festas, dinheiro, relações amorosas, e permanecem absortas na vida material.
Tem coisas na vida que trazem felicidade, outras deixam saudades, mas a mais difícil aquela que deixa dor.
Amo muito vcs! Essa distância às vezes sufoca. Principalmente nos dias de domingo, onde geralmente já acordo com uma angústia enorme no peito. E nesse dia que, desde pequenos na beliche de casa, ouvia irritado a esperada voz (levantem, escola dominical!). Era nos domingos que a comida tinha um sabor mais "amor de mãe", era nos domingos que o cunhado folgado ia comer em casa, que os sobrinhos corriam pela casa me deixando extremamente irritado (até olhar para a beleza e pureza que carregavam). Domingo...
Sempre aprendemos ser o dia da família...
Onde vamos almoçar hoje? hahaha
(Era sempre assim)
Domingo que hoje para mim se tornou indiferente, frio e inafetuoso. Nostalgicamente me alimento dessas lembranças, elas fazem romper um pontinho de luz em meio a tanta solidão e vazio...
Domingo em família!
COBRA CEGA (soneto)
Era a saudade, saudade crua que vela
A solidão. Com a impostura do pranto
Que sente falta, partida em um canto
Do coração, que se veste da dor dela
Era a lembrança! Curvada na janela
A esperar que se quebre o encanto
E no horizonte desanuvie do manto
Da noite vazia, e se torne leve e bela
Era a angústia com a sua tristura cada
Era o seu silêncio e o seu tempo lasso
O desespero na negrura da madrugada
Que brincam, com o desanimo crasso
De olhos vendados, e a ventura atada
De cobra cega com o prazer escasso...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/04/2020, 15’11” – Cerrado goiano
Saudades de você
da sua aura doce, do seu sorriso fácil
De te ver, te ter
Uma lástima
não termos sido
tudo que podíamos
Não termos vivido
todo nosso brilho
Eu ainda
continuo um labirinto
Mais vivo enfim
mais perto do infinito
De virar uma estrela
de me tornar o símbolo
Daquilo que vivemos
do que viveríamos
Então, quando você olhar pro céu
entenderá que tudo que não vivemos ainda é possível
Nos despediremos
sabendo
Que o brilho do nosso último sorriso será eterno
E como nossas almas
triunfará pelo infinito
Eu sinto sua falta
Eu tenho saudade da nossa conversa leve
Das nossas briguinhas que terminavam na cama
Das promessas e declarações de amor
Sinto falta do frio na barriga que você me causava
Eu sinto falta da gente
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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