Saudades de Prima
A sua foto esta exposta aos meus olhos, a minha boca só conhece a palavra saudade, O meu cérebro fica lembrando os nossos momentos, e o meu coração fica apertado em saber que você não esta ao meu lado.
O Bandolim
Cantas, soluças, bandolim do Fado
E de Saudade o peito meu transbordas;
Choras, e eu julgo que nas tuas cordas,
Choram todas as cordas do Passado!
Guardas a alma talvez d’um desgraçado,
Um dia morto da Ilusão às bordas,
Tanto que cantas, e ilusões acordas,
Tanto que gemes, bandolim do Fado.
Quando alta noite, a lua é fria e calma,
Teu canto, vindo de profundas fráguas,
É como as nênias do Coveiro d’alma!
Tudo eterizas num coral de endeixas…
E vais aos poucos soluçando mágoas,
E vais aos poucos soluçando queixas!
Tem coisas que a gente só sente quando tem um amigo:
Uma saudade danada quando ele está longe...
Um orgulho enorme quando ele faz sucesso...
Uma tristeza sem fim quando ele sofre...
Uma confiança cega quando ele está por perto...
Uma alegria imensa quando ele telefona...
Um ciúme besta quando ele está amando...
Um aconchego gostoso quando ele abraça...
Uma certeza infinita quando ele concorda...
Uma raiva passageira quando ele erra...
E se machuca.
Cultivar amigos é preservar a vida.
É abrir espaço pra compreensão.
É se descobrir generoso.
É jamais se sentir sozinho.
Se você tem alguém que chora junto...
Que pega na mão na hora do medo...
Que fala a verdade que dói...
E que perdoa quando é ofendido...
Então você tem um amigo.
Eu espero que você tenha um cofre bem seguro aí, no seu coração...
Porque amigo é coisa preciosa, que a gente ganha num segundo...
Mas leva uma vida inteira pra guardar.
Solidão
Nos pântanos trevosos da saudade,
Nas alvas geleiras da imensidão,
A natureza conta a eternidade:
“Solidão!”
No deserto, a inutil liberdade,
No oceano, o perder-se na amplidão,
Canta o coração, cruel verdade:
“Solidão! Solidão!”
No meu quarto, o silencio que me invade,
Faz todo o Sim ecoar um Não!
Minh’alma chora realidade:
“Solidão! Solidão! Solidão!”
Teus filhos não são teus filhos
Eles são filhos e filhas da Vida
Com saudade de si mesma.
Eles não vêm de ti, mas através de ti
e, embora estejam contigo,
não te pertencem...
Podes dar-lhes teu amor, porém não os teus pensamentos,
uma vez que eles têm seus próprios pensamentos.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois elas
vivem na casa do amanhã, que não podes visitar,
nem mesmo em sonhos.
Podes esforçar-te em ser como eles, mas não faça-nos
à tua semelhança, porque a vida não anda para trás e não
se detém no passado.
Há!
Saudades bate à porta senta aqui
Preciso abraçar-te e dizer-te que quero-te comigo
Para matarmos juntas essa lembrança que toca-nos como
Uma música sublime em nossos tristes
Corações.
Saudade é como uma dor inexplicável, profunda, que, por vezes, transborda em forma de lágrimas. É aquela música que toca que te faz lembrar a pessoa amada. É ficar procurando em rostos desconhecidos a face da pessoa amada, é aquele filme, aquele cheiro, que te faz lembra cada toque, cada olhar, cada sorriso.
Saudade é uma ideia do tempo influenciada pela distância e pressionada pela solidão.
Às vezes, não, saudade pode ser só a alma vasculhando o coração.
Vou dormir mais uma vez embriagado...
Embriagado de cerveja e saudade
Embriagado de tristeza e vontade, do teu beijo
SAUDADE:
O que me faz lembrar do passado, mesmo sem eu querer, o que me faz sofrer mais um pouco, mesmo sem eu saber...
Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’.
Quinta-feira fria, eu com saudades e cheia de ódio. Você distante e cheio de indiferença. Pois bem, eu espero, amanhã é sexta e o sol já vai sair!
