Saudade de um Velho Amigo
Já fui feliz
hj minha espera acabou
O meu corpo cansado e eu mais velho meu sorriso sem graça chorrou
Ultimamente tenho vivido uma máxima: mais velho por óbvio, todavia quando me sinto mais fraco algo mais mais forte acontece.
NUNCA SOLTEI....
Sempre passeei com os meus três filhos quando eram pequenos, o mais velho, a do meio e a caçula...
Não sei se eles se lembram, mas pegava em suas mãos e caminhávamos aqui ou ali, tomar sorvete, comer pipoca... coisas assim que participamos com as crianças...
Mas eles crescem, ganham autonomia, governando suas vidas com os seus próprios meios.
O primeiro chega um dia já com os seus 18 é diz: "Pai to indo"
Aí eu aperto, bem apertado, sua mão a minha, ele solta, mas o meu aperto foi tão forte que minha mão ficou grudada a dele, nunca soltei... ainda que ele tenha ido....
Dali uns tempos chega a do meio, toda faceira e cantarola, dizendo, pai "vou casar", mais uma vez minha mão aperta com força a mãozinha dela... Mas nunca soltei, e sua mão ficou colada a minha....
Tempos depois, e tudo isso de maneira precoce, a caçula... Sai também do lado, e se vai longe para outro estado, mais uma vez, minha mão aperta forte a sua... expressando o meu coração choroso que insiste em afirmar aos três... NUNCA SOLTEI
Uma taça de vinho ouvindo Sapato Velho, é tudo de bom...
Hoje, não colho mais as flores de maio
nem sou mais veloz Como os heróis.
É talvez eu seja simplesmente como um pneu no arame, mas vai que ainda te possa socorrer...
Enquanto caminhava feliz a beira mar, num barco sem fundo, tropecei na perna de um velho cego, sentado em pé num dos cantos de uma parede oval que filosofava sobre a vida, lendo um grosso livro de Matemática de apenas uma capa que dizia: a terra é redonda como uma bola Triangular que gira parado no sentido anti-horário, e... terminando a sua longa leitura, o velho cego e mudo, fechou o grosso livro e dormiu caminhando numa cama feita de madeira de pedra e disse: - Sou um pobre sonhador.
O homem sentado não disse muito, porém, o que disse calou ao coração de todos.
''Sou um velho bebendo. O único momento em que não estou bebendo é quando estou bêbado. Quer outro resumo de como levar a vida?'' E saiu...
O conhecimento é o meu mais velho aliado, companheiro de todas as batalhas,
Minha armadura impenetrável, que permitiu-me ficar sempre de peito aberto e não temer o perigo que se opõem a mim.
Meu escudo inquebrável, que resistiu e não cedeu a rachar nem mesmo nas maiores e perigosas tempestades.
Minha espada forjada a sangue, suor e lágrimas, mesmo que muito desembainhada, não perdeu seu corte e nem seu brilho.
Minhas botas leves que sempre orientou-me a não se perder no caminho e também a não pisar em falso, evitando a minha queda.
Meu capacete, protegendo-me a cabeça incessantemente de flechas venenosas, safando-me de envenenar meus pensamentos, guardando a minha razão.
O cajueiro
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
Como se moço e não bem velho eu fosse
Uma nova ilusão veio animar-me.
Na minh’alma floriu um novo carme,
O meu ser para o céu alcandorou-se.
Ouvi gritos em mim como um alarme.
E o meu olhar, outrora suave e doce,
Nas ânsias de escalar o azul, tornou-se
Todo em raios que vinham desolar-me.
Vi-me no cimo eterno da montanha,
Tentando unir ao peito a luz dos círios
Que brilhavam na paz da noite estranha.
Acordei do áureo sonho em sobressalto:
Do céu tombei aos caos dos meus martírios,
Sem saber para que subi tão alto…
Um velho homem
O maior impedimento ao futuro é o medo. Ele não é um bom aluno, não usa suas cicatrizes para te ensinar e te estimular; ele te condiciona a pensar de forma submissa, a pegar a lâmina e a fazer novas cicatrizes. Ele te obriga a se alimentar do seu passado, sem te apresentar o gosto do seu futuro. Mesmo que a linha seja contínua. Mesmo que você possa mudar, você não o faz.
Imagine um jardim, sem absolutamente nada plantado. Um dia, aos seus 65 anos, você levanta pela manhã, e mesmo tendo se entristecido todas as manhãs, quando abria a janela, e via o mórbido jardim, naquela manhã, você decide plantar uma semente de roseira no jardim. Todos os dias em diante daquele, você abria a janela, e via brotar a roseira, que a cada dia estava maior.Até o dia em que deu flores
E você pode acordar com o som dos passarinhos que pousam à sombra da roseira. Você poderia ter escolhido acordar pelo resto da vida e abrir a janela para o jardim seco. Mas um dia resolveu semear nele, e vislumbrar todas as manhãs a infindável fonte de oportunidades que a terra poderia deixar florescer.
Assim somos nós. O nosso passado diz quem somos hoje, mas nosso presente diz quem podemos ser amanhã.
Não tenha medo, por mais que você se considere feliz, você ainda pode contemplar ser ainda mais feliz.
"Mais uma da série; você esta ficando velho".
Você acorda e os pensamentos fazem você viajar, rapidamente bate um desejo de querer escrever, colocar tudo em um grande texto.
Então eu lembro que estou na casa dos seus pais, e sabido que aqui meu passado ainda reina em alguns armários e portas.
Lembro que a décadas atrás tinha três vezes por semana curso de datilografia, e daquela época além do (esquerda: ASDFG direita: HJKLÇ) em algum lugar uma "Olivett" tem que estar em décadas de repouso absoluto, começo então caçar daqui, caçar dali bummmm localizei a danada.
Por algum tempo sou transportado pra um tempo do qual praticamente havia esquecido quase que por completo, mas esse reencontro e que reencontro com a dona “Olivett”, como que por um toque mágico, resgata, aflora e reaviva toda uma história cheia de encantos e fatos das décadas passadas que eu esqueci.
Ansioso você tira ela da sua capa protetora, começo meio que namorar ela por instantes, vindo acomodar essa relíquia sobre a mesa!
Como que 20 poucos anos fossem ontem que acontecera, tantas histórias e momentos carregam minha memoria, me trazendo e reacendendo lembranças quase que instantaneamente. Resgatei noites de treino que antecederam as provas, cãibras nos dedos, dores, puxão de orelha da mãe, que cobrava diariamente para você aprender a bendita cuja datilografia...
Fecho meus olhos parece que ouço ela do meu lado falando... "se quiser ser alguém quando crescer precisa aprender datilografia pia, agora eu comprei e você tem que aprender se quiser ser alguém um dia".
Tantas histórias sou acometido! Minha primeira entrevista de emprego que fui testado na datilografia, nervosismo, sonhos, medos enfim tanta coisa que aqui ficaria pequeno descrever.
Pego minha primeira folha “Sulfite” insiro na danada, alinho e com muita força nos dedos, solto meu primeiro "asdfg" "hjklc" a fita adormecida ainda com resquícios de verde e negro replicam meu passado naquela folha!
Começo então escrever todo empolgado, viajando em histórias mirabolantes, sonhadoras, magicas e só minhas!
Aquele som da "Olivett" e algo fora do comum dos tempos atuais já que minha “Olivett” não é elétrica. Muito barulho e força são marcas da sua capacidade de dar vida aos textos que começo a transcreve!
Empolgado digitando, relembrando, sonhando, mergulhando em décadas de história, acabo nem percebo meu filho ao lado encostar olhando pasmo, boquiaberto, maravilhado e encantado com meu afazer. Paro no mesmo momento e me viro todo ansioso pra contar e dividir essa história que acabei de resgatar, todo eufórico para explicar a diferença de tecnologia, mas a cara dele e de alguém extremamente desconfortável, então eu não êxito e saio perguntando, filho que foi????
Ele prontamente responde paiiiiiii que "maneiro" seu computador; você digita ele vai imprimindo na hora, que demais, como é o nome desse computador!
Aniversário não é tempo de se achar mais velho.
Idade a gente não conta em anos e sim em experiências vividas.
Idade não se conta em tempo, mas em amizades criadas e com sorte, mantidas.
Idade faz da gente mais gente e da vida, mais vida !
Jaz aqui um coração partido.
Não aguentara a dor, o sofrimento.
Jaz ao lado o corpo
Sujo, velho, com pequenos cortes
Um corpo acabado.
Assim como os olhos tristes e sofridos
de tanto chorar
não mais o fará.
Aqui jazerá todo o resto.
Aqui… Aqui dentro de mim.
Sabe aquele velho ditado que voce ouviu quando era crianca "Vivendo e apredendo" entao, é um dos mais verdadeiros e notorios. porque querendo ou nao vem a tona. O interessante mesmo é poder adquirir experiencia sem ter que sair à procura.(diario de um viajante)
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