Saudade de Tio que Faleceu

Há dias que bate uma saudade tão grande que o coração chora, que os lábios tremem, que as mãos se agitam...há dias, que vem aquela vontade de viver tudo de novo, de voltar o tempo e de fazer tudo acontecer mais uma vez. É, o passado é nodoa, marca tatuada nas recordações, mancha grudada no peito. Não há remédio pra saudade, não há cura...tento, matá-la de vez..mas aquele cheiro que vem de ti percorre meu corpo, adentra minhas entranhas, me consome por inteiro. Aí, não tem jeito é só saudade batendo no peito. Vem o desespero, em vão procuro teus olhos, caço teu corpo...viajo por onde passei, regresso pela mesma estrada onde outrora a música era nossa companhia, as terdes felicidade...sorrisos, olhares..palavras tocadas, cartas e bilhetes, mensagens...vem tudo de novo na lembrança, mas o tempo não volta...só, o tempo não volta !

Lá vem você, galopando nos meus pensamentos
Derretendo o frio da saudade...da tristeza,
Lá vem você no galope do desejo
Apagando as chamas do meu corpo
Possuindo a minha mente,
A galope, rouba-me um cheiro.
Me leva na garupa em galopes,
Lá vem você, de mansinho...
Perturbando as minhas ideias
Queimando as minhas entranhas.

Vou chorar mil vezes a cada instante
Que a saudade apertar,
Vou me magoar outras tantas 1000
Não importa as milhões de vezes
Que já chorei.
Quando se ama só,
Lágrimas, choro...
São companhias do dia
Aconchego da noite
Vou deitar e lembrar
Mil vezes,
Do que já foi.

Toda vez que as lembranças trazem teu rosto, a saudade judia do meu peito.

No meu olhar mora as lembranças e momentos vividos, reside a saudade de horas passadas por nós !

Ter saudade é carregar nas olhos as lembranças válidas, momentos que marcaram a gente, ter saudade é lembrar dias vividos bem. Ter saudade é trazer no peito, vontade de voltar o tempo e viver de novo o que se viveu.

Noites que passam lentamente
Que trazem o vazio da ausência
A dor da saudade...
Noites, sem chamego
Sem aconchego
Que das madrugadas
Nada esperam,
Que adormecem
Sem beijos,
Sem abraços.
Só, a noite
Sem sono,
Abandono.
Noites,
Caladas,
Geladas...Noites,
Em silêncio, só.
Faltam sorrisos,
Cantadas...
Noites,
Sem palavras
Sem vira-vira
Sem arrepios
Só, o vento
Companheiro
Frias...noites,
Noites frias !

Saudade começa com S, sorrisos também,
Entre um S e outro, escolho o que me convém.
Saudade, até que é bom
Sorrisos faz bem,
S S juntinhos, me lembram alguém

Saudade é dor que machuca de mansinho, outras vezes de montão...saudade, é doença sem cura é vírus que penetra no coração. Saudade é a falta, solidão... saudade são lágrimas perdidas na face, olhar esquecido no tempo...saudade é o desejo, a vontade de voltar ao passado, resgatar sentimentos, momentos. Saudade, é um tantão de memórias guardadas, marcadas, tatuadas em versos e canção. Saudade, é loucura de reviver o que se viveu.

Arranca essa saudade do meu corpo, essa vontade no olhar...me deixa no ar.

Sabe aquela saudade que chega de repente sem te dar o direito de se preparar para recebê-la, para abrir a porta e mandar entrar, tipo assim: visita indesejada, penetra...e aí, se apossa dos teus sentidos, invade tua mente e rouba tua paz.
Saudade que pode ser chamada de ladra, bandida e muito mais.
Saudade que deixa o corpo em chamas, a alma em brasa.
É essa saudade que bate em mim o dia todo, todos os dias.
Saudade...de você !

Trago nos olhos a dor da saudade e na boca o silêncio do meu grito de desejo.... desejo de implorar, mendigar...um olhar, teu.

Saudade, palavra que define nós.

E vou chorar
Cada vez que o meu sorriso se lembrar de nós
Vai me doer cada saudade dos momentos que vivemos á sós
E se você pensar que vou te esquecer,
Não esqueça que no meu corpo só da você.
Se pensar em mim por um minuto
Vai lembrar,
De todas vezes que tentei te abraçar
De cada dia que implorei o teu olhar
Não vai esquecer dos meus pedidos
De canção,
Das poesia que rolou no ar
Vai se lembrar da carta que te mandei
Das ligações que te fiz
Das mensagens que te enviei,
Vai ficar tatuado em você
Poesias que te dediquei
Palavras que te cantei,
Que deixei rolar...
Deixei no ar
Sonhos, ilusões.

...Saudade toca sem dó.

O vento escala meus olhos e junto trás o breu da saudade e o vermelho da dor.

Samba a noite no frio da madrugada, na minha saudade passa cheiros deixando teu perfume e levando de mim...nada, do que ficou de nós.

Faz frio no jardim dos meus sonhos, ausência é saudade que perturba, machuca e faz chorar. Perdi o que de melhor fazia morada no meu peito, o que habitava na minha alma. Já era, não mas acredito em amor eterno, em paixão que consume, queima, marca...desacreditando na capacidade de se dar, se entregar...já era, o amor me abandonou.

Veio a saudade adentrou em meus olhos, açoitou meu riso...veio a saudade, me entregou flores e me cantou sem dó.

Sou meio flor, sou meio pássaro...canto as dores da saudade para perfumar minha tristeza.