Saudade de meu amor que mora longe
"Há dias que vem e não deveriam ficar.
Há dias que vão e deveriam, para sempre, continuar.
Quando 'cê me vem, me sobra nada e até me falta o ar.
Sua presença me faz sobrar a paixão, só o amar.
Fito seus olhos, me pego com o coração, à palpitar.
Desejo te abraçar.
No teu beijo, me adoçar.
No doce da voz, me deliciar.
Quisera eu, não te sonhar.
Nessa paixão, não me aprisionar.
Você é o meu Sol, quiçá o meu luar.
És meu rio, o meu mar.
Na imensidão da tua alma, eu hei de me afogar.
Infelizmente os dias de saudade vem, mas não deveriam ficar..."
O mundo gira, e penso em você, o mundo gira e tanto faz se o tempo passar, as folhas secarem, os rios correrem, o vento soprar, as ondas dos mares baterem contra as rochas que serão moldadas pelo longo tempo, mais mesmo assim eu te amarei, estarei aqui a te esperar como urso espera o inverno para hibernar, eu assim hibernarei sobre o teu amor, sobre a tua pele, sobre a tua boca, como peixe nadarei em tuas ondas, e migrarei para a mais profunda paixão que o teu ser possa me levar.
BELA NOITE!
O sol se foi
A lua chegou
Todos agora
Em seu doce lar
Sei que queríamos estar
Próximos e Juntinhos...
Gostaríamos de ficar
Olhando de frente
Dos nossos queridos
Amigos
Familiares
Isso
É tudo de bom!
Mas,
Devemos agradecer a Deus
Por ainda
Estarmos respirando
Vivendo
Sentindo essa paz
Essa luz
Que temos
Dentro do nosso ser
Calma, meus amigos:
Tudo isso vai passar
E quando esse dia chegar
Poderemos olhar
Face a face
Sentindo o pulsar forte
Do nosso coração!
Sentir que valeu a pena
Esperar essa quarentena
E perceber a falta
Que vcs tanto fizeram
E enxergar
O quanto amo:
Amo muito!
Todos vcs!
Às vezes me pego pensando na dificuldade que nosso relacionamento está tendo. Sempre separados por distância e um mar de saudade. Somos apenas namorados, isso não nos leva a ficar juntos em tempo integral, mas há momentos muito difíceis. Durante esses meses em que estamos juntos, eu respeito e nunca desejo outras pessoas. Sinto sua falta o tempo todo, porque não podemos mais conversar com frequência, não há mais uma rotina diária de conversa. Sempre mensagens incompatíveis pelo menos uma vez por dia e nada mais. A razão grita em meus ouvidos ... Tudo vale a pena? E então a resposta vem do coração e ecoa nos meus ouvidos em um tom suave, dizendo: -Sim, sim! . Cada segundo de distância vale a pena. Quando estou com você, cada segundo é único e incrível. Acredito em nós por ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, você é um ser incrível de luz. Sou apaixonado por sua pessoa de todas as formas, modos e aspectos. Você é incrivelmente incrível! eu te amo!
O brilho um dia é ofuscado.
As novidades tornam-se parte do cotidiano.
Os sorrisos são trocados por uma lágrima.
Os sentimentos, esquecidos.
O desejo trocado por um outro novo desejo.
A alegria tem revezamento com a tristeza.
E as expectativas disputam um espaço com a insegurança.
O dia é trocado pela noite, que no lugar das estrelas, um novo sol toma este novo cenário.
E assim temos a vida, que repleta de aventuras, lembranças e de batimentos cardíacos, é transformada em uma simples saudade.
Entre livros riscados sobre a mesa, entre dias perdidos pelo tempo, entre derrotas causadas pelo medo. Com a verdade que por ideal ignorei, sobre as historias que contei para alguem, lhe digo, com toda certeza, tenho você e não tenho ninguém.
Eu viajando no meu desejo,
naquela estradinha pequena
do pensamento te encontrei
Eu te amava, mas que pena
Você já foi, eu já cheguei...!
Marta Gouvêa
Devaneios da Paixão!
De tanto te querer me perdi...
Meu corpo arde em febre por ti
Já não sei mais o que fazer...
Sinto que estou pra enlouquecer!
De paixão estou cego por você...
Os meus olhos em cada rosto te vê.
São os devaneios da minha paixão,
que fazem com que eu perca a razão!
Minha alma congelou sem teu calor...
Meu coração sangra a falta do teu amor!
Me ensina te esquecer!
Você me ensinou te amar,
Esteve em meus braços e
dizendo sempre me amar
Me causou tanta felicidade
Agora me ensina a sofrer
Estando em outros braços
e dizendo amá-lo também
Me causando dor e ciúmes
Não existe coisa mais triste
Que ver alguém beijando a
Boca que eu tanto já beijei,
tocar o corpo que eu amei.
Não me ensinou te esquecer
e sozinho terei que aprender
Vou tropeçando nas lágrimas
que caíram por não ter você!
Marta Gouvêa
“Inspiração...
Piração...
Toque...
Remoque...
o contato...
o tato...
a pele, o som da pele...
O ruído...
um indicio...
o fato!
Sintoma da falta...”
Existem pessoas que deixamos entrar em nossas vidas e que ocupam um grande espaço em nossos corações, o problema é que quando elas se vão deixam um vazio sem fim!
Toda intimidade tem o seu mal, você sabe.
Sabe que conhecer profundamente alguém é um caminho sem volta. É primavera!
Ele sabe que ela gosta de tulipas e do orvalho da manhã sobre as árvores. Sabe da sua mania de cantarolar no chuveiro e a de revirar os olhos quando é contrariada.
Quando o casal termina, um bocado de outras milhares de coisas entram em um espaço vazio. As paredes foram as suas confidentes; tudo o que passou morre entre elas.
Há história nos lugares mais banais da cidade. A cafeteria, ela indicou. O bar da esquina, era o refúgio dele de toda quinta-feira.
Existiu verdade onde brotou o silêncio. Existe um passado mudo, congelado, pronto para ser mencionado onde a saudade atentar. Pois o passado é uma pessoa invisível que anda ao seu lado, que cresceu junto com todos os caminhos que você escolheu deixar para trás.
E ela é um álbum de memórias, suas lembranças estão coladas em seu corpo.
Ainda existirá ele quando a sua música favorita tocar no rádio. Existirá ela quando as flores começarem a desabrochar. De novo e de novo.
Emoções são momentos bons subestimados pela força do tempo. Emoções são tão incertas quanto um último suspiro. Há emoção nos olhos que se cruzaram, nas peles que se afrontaram. Há emoção na simplicidade do afeto, na decepção que, por ventura, calou qualquer voz. Emoções são belezas cruéis; somos vítimas delas.
E o tempo não para!
Eles vão se tornar cada vez mais vítimas. Cada vez mais distantes.
Talvez o mundo os separe, ou o sentimento de que algo bom aconteceu - e valeu a pena -, os una. Seus nomes sairão um da boca do outro em tom de poesia. Até porque, além do espaço vazio, há milhões de mundos novos a serem descobertos para quem cai na atmosfera de outrem.
Nestes mundos não existem partidas, apenas chegadas. Existem sorrisos incalculáveis e pouca pressa!
Então, ainda é primavera!
E, com ela, o recomeço não parece ser algo tão ruim. Pois pessoas são linhas que se cruzam de vez em quando. Sinuosas.
Pessoas são trens rápidos, ansiosos pela próxima estação.
Aí você finalmente aprende que pessoas são lições que a vida te dá.
Então, lá está ela.
Hoje é quinta-feira, ela decidiu entrar no bar da esquina.
Ele pode estar tomando um café neste exato momento. Até mesmo admirando tulipas.
E no meio disso tudo, pode ser que os sorrisos brilhem em seus rostos. Um precisava acontecer para o outro. Um precisava existir para o outro, mesmo que fosse apenas por uma breve queda na atmosfera.
Às vezes eu queria amar alguém tanto quanto amo a letra de Stop Crying Your Heart Out do Oasis. Assim como amaria flutuar em nuvens de quadros impressionistas.
Às vezes me flagro cantarolando com um violão invisível entre os braços. Eu desconheço os acordes. Mas ele os conhecia.
Ah, ele! Todos os clichês do amor cabiam nas suas sete notas. Ele repetia os refrões enquanto fitava o dia nascendo através da janela. Seus dedos brincavam em meio ao caos. Nunca começava antes do primeiro cigarro. Criou as suas próprias regras.
Seu violão era a sua máquina de escrever. Compositores são poetas que a vida esqueceu de presentear com a arte do silêncio. Os seus sentimentos têm tons e harmonias; pausas e bis.
Eu me acostumo! Mesmo sabendo que não duraríamos mais do que um álbum inteiro do Pink Floyd. Serei mais uma história, mais um balançar de cordas. Terei cinco estrofes e dois refrões. Meu nome vai ser ocultado. A canção irá servir como uma recordação boa para alguns; insuportável para outros.
Enquanto isso - do outro lado da cidade -, estarei me reestruturando aos pouquinhos.
Eu só preciso do barulho que vem do meu peito para estampar o papel. Eu só preciso lembrar-me do cheiro de cigarro mentolado para naufragar no mar branco das folhas. Porque poetas são compositores sem ritmo. Meus dedos são ágeis, assim como o músico nas cordas. Minha alma grita, pois precisa. Meu coração ritmado cria todo o tipo mirabolante de melodias.
Eu o conheci no meio das minhas incertezas. Nossos bloqueios criativos se atraíram. Esse era o nosso nível de igualdade. Um não era superior ao outro, havíamos cicatrizes iguais.
Não é o que dizem? Por onde passamos deixamos um pouquinho da gente. Pessoas que assinam as nossas peles; carimbam as nossas vidas. Eu sei que na vida dele muitas outras se tornarão canções pelo que não deu certo. E voltaremos ao recomeço, uma vez que o ser humano tem a necessidade de pertencer. Seja a uma música, a um poema ou lembrança.
E ele é todo sentimento. Eu sou toda pedra. Ele sempre viveu todos os momentos; fumou todos os cigarros; cantou todos os refrões. Mas aprendeu a duvidar das palavras e dos poetas. Nós queríamos ficar juntos, ao mesmo tempo em que todos os versos diziam ao contrário.
Mas eu nunca o amei!
Mesmo ficando com a mania de curtir os álbuns dos anos 70, de criar regras, de anotar as coisas em um bilhete na geladeira para não esquecer o que fazer. Mesmo esperando silenciosamente o fim do primeiro cigarro, em seguida o pigarro seco e, por fim, os graves e agudos do violão. Eu não o amei nem quando fiz o meu melhor poema dedicado aos amores que perdemos no meio do caminho. Ou os caminhos que perdemos em meio aos amores ilusórios.
Ele nunca soube me dizer o que era impressionismo, eu nunca quis aprender a tocar violão. Ele não gostou dos meus poemas; eles eram indecisos - porque lua em libra é o meu segundo nome. Eles eram tristes, pois eu sabia que nunca seria o seu Wonderwall, do mesmo modo em que ele nunca seria aquele que poderia me salvar.
Nossos mundos colidem, nossos karmas se cumprimentam como velhos amigos de uma vida cansada. Por isso preferi amar Stop Crying Your Heart Out do Oasis. É mais fácil. Aceitável.
Assim como a música, tivemos o nosso tempo cronometrado. Assim como um poema, seremos eternizados em pequenas estrofes do passado que resignamos.
“Aguente!” – diz a música – “Não se assuste! Você nunca mudará o que aconteceu e passou...”
E isso me conforta até a próxima manhã, sem ninguém cantarolando refrões na janela...
A urgência de te colocar no meio de todas as minhas consequências me fez gostar de você. O nosso encontro é o meu acerto de contas. Eu sinto a dor antes de notar que as feridas estão expostas. Pois tudo em mim é exposto quando os nossos erros se cruzam. Não te falo que entre todas as minhas oitavas de indiferença, um pouco de mim se esconde no limite do melhor que posso fazer por nós.
Você sempre foi mais forte do que eu. Sou fraca. Vidente dos caminhos tortos, a fagulha de um incêndio incontrolável. Ao seu lado eu não sei ser imortal, não sei ter asas. Sou uma alma cansada em busca das nossas pequenas urgências. Sou escrava de um sentimento sem nome, amante das causas perdidas.
Sinto-me pequena quando o seu sorriso sobrepõe o meu. Quando a sua felicidade passa por cima da minha. Nossas alegrias são poesias que não rimam. Elas não merecem andar lado a lado.
Você me faz acreditar que posso viver como quem sabe que vai morrer um dia. Eu mordo os lábios, finco as unhas nas palmas das mãos, faço as poucas orações que conheço, e continuo fraca. Você conta as piadas sem graça, diz que gosta de Azul Royal e Game of Thrones, e isso te exalta.
Entre nós há um abismo de sombra e caos. Todas as nossas urgências, consequências e pontos fracos não se saciam, se esbarram.
Então, eu fecho os olhos, suspirando, sabendo que o seu lado fraco pertence a outra pessoa. Que o seu acerto de contas está em outras mãos. Que os teus limites não são melhores e nem piores que os meus.
Nós não somos imortais, nós não temos asas, o seu sentimento também não tem nome. Eu não gosto de azul. Você não finca as unhas na pele.
Querer ser pequeno é um erro que nos maltrata. Precisar ser pequeno é uma alegria falsa. O nosso melhor não é mais nosso.
Se você sabe de quem é, boa sorte. Continuarei tentando.
A pressa que tenho eu carrego na alma. No pensamento que me pesa, no tempo que me alivia. Tenho pressa no nome, no beijo. Tenho pressa na frase que brinca na ponta da língua, aquela que os olhos falam antes da boca. Eu tenho pressa dos problemas que ainda não tenho. Do ônibus que não passou. Do abraço que não recebi. Tenho pressa quando esqueço. Quando um minuto vira uma hora. A pressa eu trago no gosto, arrasto com o cheiro. Pressa que me contamina, me dissolve, me reanima. Tenho pressa no vento que sopra, no sopro do peito, no coração inflamado. Do tombo que não caí. Da decepção que irei de ter. A pressa do futuro que sorri parado na esquina. Do passado que virou um borrão de tinta. Do presente tão presente. Tão relógio. Tão gosto. Tão radioativo. Tenho pressa naquilo que ainda não aprendi. No sentimento que não sei o nome. No amor honesto. Tenho pressa em ser feliz com meus olhos atentos, pés firmes e braços abertos.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Ela esperou um convite que nunca viria.
Suspirou. Engoliu o choro. Mexeu no cabelo.
Ela sussurrou saudade.
Ela espiou mais uma vez. Nada.
Ela queria uma confirmação, não um certificado de importância.
Ela encarou um horizonte triste.
Ela pensou na possibilidade de ser a escolha em meio a outras opções e sorriu.
Sorriu triste. Sorriu pesarosa.
Sorriu como se esperasse um dia de Sol em meio as nuvens nubladas.
Ela sorriu com os olhos miúdos protagonizando algo entre esperança e agonia.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Mordeu o canto da boca, como sempre faz quando está nervosa.
Inspirou. Trocou as pernas cruzadas de posição.
Ela esperou um recado tosco. Ela queria até uma piada sem graça.
E nada.
Sorriu como sempre faz. Como se fosse rotineiro não obter uma resposta.
Sorriu omitindo a culpa que era lembrar sem ser lembrada.
Ela sorriu.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
Queria um hóspede em seu corpo.
Queria as pontas dos dedos passeando entre o seu cabelo.
Ela lembrou. Ela sorriu.
Ela olhou para o celular mais uma vez.
E bloqueou a página que trazia um rosto. Que trazia um nome.
Nome tão curto, de consequências tão devastadoras.
E bloqueou o choro.
Bloqueou o coração.
Ela sorriu.
E pensou "Vai passar. Sempre passa."
Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com os lábios cheios de orgulho e veneno apaixonado letal. E, gradualmente, da mesma forma em que o entardecer transita da noite para o dia, vou guardar todos os teus segredos em alguma nuvem de mim. Aí, meus olhos vão enxergar a neblina dos teus e atravessá-las feito um cometa. A chuva do meu céu tem o mesmo cheiro que flui do teu abraço quando me cerca. E eu fico ali, boquiaberta, orbitando fora do meu sistema, flertando com as tuas intenções, tropeçando em palavras. Porque, por você, eu estou disposta a viver sem saber o que vai acontecer. Aceito improvisar. Aceito ser o agora ou nunca. Eu quero os teus olhos escrevendo o meu nome. Eu quero que você leia os meus lábios e sobreviva com as minhas dúvidas. Eu quero a certeza do momento, mas não um contrato com o pra sempre. Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com êxito em cada sílaba, para disfarçar a pressa que tenho em ser amada de volta. Aí você se transformará na promessa que fiz ao vento. Na memória ininterrupta. Na vida que ainda não vivi. E, subitamente, da mesma forma que o céu toca o mar em dias de tempestade, vou guardar você no meu impossível. Aí, teus olhos vão se tornar o meu anticorpo contra o pessimismo. Por você eu aceito ser fraca. Aceito mergulhar em águas rasas. Aceito ser menos tóxica. Pois eu quero o explosivo que vem enrolado nos teus sentimentos. Eu quero inventar as respostas das perguntas que as pontas dos teus dedos fazem ao meu corpo. Eu quero te esconder em cada hora do meu dia. Eu quero ser o destino que você chama de acaso. Porque, por você, eu aceito ser coincidência. Eu vou dizer que te amo da boca pra fora. Que te amo pelos pulmões. Que te amo em cada artéria. E, naturalmente, vou descobrir que quem me envenena é você. Aí, você aceitará ser a minha contradição. O meu calor. A declaração de amor que nunca fiz. Então, seremos o óbvio. Seremos o prazer do arrepio. Os que se amam em três palavras, mas que podem se destruir em duas. Mas aí, seremos fracos demais para roteirizar uma nova solidão. Estaremos perdidos em nossa própria intimidade. Nós não saberemos mais voltar ao início das nossas histórias se isso arrancar um da alma do outro. A incompetência é o nosso vício. Eu arrebento no lado mais fraco. Eu termino onde você começa. Eu te amo da boca pra fora, mas isso você já sabe.
