Saudade de Alguém que Partiu Faleceu
“A saudade que inventei para não esquecer você” — Análise de um poema de Leandro Flores
“Senti saudade do que nunca existiu.
Beijei bocas que sabiam seu sabor.
Num entardecer calado, fui canção sem ouvinte.
Era amor, mas era ausência — e eu provei.
O vento trouxe teu nome, mas não tua voz.
E a tarde morreu com um verso engasgado.”
Fonte: Leandro Flores – site Pensador e canal Café com Flores
Sobre mim
Oi, eu sou a Valkíria, professora e pesquisadora, e hoje trago um poema de Leandro Flores com um título belíssimo, original e poético:
“A saudade que inventei para não esquecer você | Te amando antes da primeira página...”
Agora minha análise
O poema de Leandro Flores é uma confissão breve, mas intensa, construída sobre a ausência. Logo no início, o paradoxo “Senti saudade do que nunca existiu” traduz a falta como presença imaginada, diálogo direto com Cecília Meireles: “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...” (Crônicas de Educação, 1954).
Cada verso revela a impossibilidade do amor: beijos que não preenchem, a canção sem ouvinte, a dor provada como sabor. O desfecho, com o nome sem voz e o verso engasgado, sela a incompletude — o amor que não pôde nascer.
É um poema curto, mas que carrega a densidade de um romance inteiro. Ele mostra que a poesia pode surgir do que não se viveu, transformando o vazio em palavra. Afinal, quem nunca sentiu saudade do que não viveu?
Puro encantamento
Pensar em você dói,
a saudade chega a causar desequilíbrio,
na consciência a conexão é presente e os sentidos se comportam de maneira extraordinária,
nas orações os motivos são meros detalhes, já os pedidos são muito sensíveis,
num instante uma pausa para o vazio, no momento seguinte uma ininterrupta viagem sobre nós,
entre sonhos e medos e entre planos e desejos, uma voz no ego é ouvida, logo um abraço protetor é sentido,
então, arrebatado pelos sentimentos anciões sou levado aos sorrisos e perfumes daquela encantadora borboleta rabo de dragão e ali me perco nos labirintos do seu doce encantamento.
"Sim, meu amor, eu estou bem, à exceção daquela saudade, minha eterna crise.
Estou bem, até onde a sua ausência me permite.
Sem ti, o bem estar e o estar bem, não existem.
Sem o brilho dos teus olhos, todo fim de tarde é triste.
Os raios do Sol me esfriam, minh'alma congela, meu eu não resiste.
Em teu âmago, o que reside?
A bruma da manhã, sobre mim incide.
Me trazem lembranças doces de gosto amargo, fazendo que da minha sanidade eu duvide.
Quando éramos dois, parecíamos dois corpos celestiais viajando a inenarrável velocidade e que de súbito, no espaço cósmico do amor e do prazer, colidem.
Sim, meu amor, estou bem, vá em paz, não vai ter revide.
Já marquei o enterro da nossa paixão, espero que tenha recebido o convite.
Obrigado por não se preocupar, meu amor, obrigado por ser tão medíocre.
Eu estou bem, até onde a sua ausência me permite..."
"Quando o Sol se avergonha no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo.
Ela se via como Ouro de Ofir, mas era só uma bijuteria, ouro do tolo.
Quando a vislumbrei, conclui meu hara-kiri, ela não teve dó; teve dor, ela não teve zelo; ela agiu com dolo.
A infância, a juventude, são tão boas, a inocência é tão doce, sinto falta da minha ignorância, sinto falta das vezes em que fui tolo.
Quando se ama, quando se envelhece, percebe-se que até mesmo a ausência de algo pode ser doloroso.
Um cheiro, um beijo, um olhar, uma carícia, aquele 'eu te amo', um corpo.
Quando o amor nasce, floresce em um só peito, em um só coração, é um sentimento natimorto. Recordo-me de nós, das vezes em que tentei, das vezes em que, mesmo sem errar, errei, e só me vem o desgosto.
Paguei, ah sim, mas paguei por todas as iniquidades, pecados desta e de outra existência: já não devo mais nada ao Deus, deixe minh'alma longe de outra vida com ela, Pai, não quero esse martírio, de novo.
Se fui feito para ela, então, me desfaça, Pai, destrua minha existência, me faça rastejar pelos sete infernos, mas não me faça olhar uma outra vez na constelação daquele olhar, o de minh'alma, o poço. Sei que errei, fui parvo, pecador, boêmio, nunca um bom moço.
Mas, mesmo que o Senhor, por sobre os céus, castigasse Lúcifer com o amor incondicional àquela mulher, eu rogaria para que, com o de muitas faces, fosse mais piedoso.
Nem mesmo ele merece o castigo que eu, um mero mortal, experimento dia após dia, um inverno após o outro.
Meu coração sangra ao lembrá-la, sinto meu peito roto.
Eu a escuto em toda voz, toda brisa tem seu cheiro, todo beijo tem o macio dos lábios, eu a vejo em todo rosto.
Disseram-me, certa vez, que eu estava somente apaixonado; era melhor o atestado de insanidade, terem me trancado como um louco.
Ela não ama, Pai, ela é incapaz, e, por amá-la em demasia, torno-me um ser extremamente odioso. Indiferente à dor alheia, se não posso ter o que mais almejo, por que poderia qualquer outro?
É errado, meu Deus, eu sei, mas ela me tornou um ser invejoso.
Percebo que era falácia, dela, cada choro.
E uma vez mais, eu a amaldiçoo.
Eu, que tentei ser o melhor homem que ela poderia ter ao lado, hoje parece que lancei meu espírito ao dos sentimentos, o esgoto.
O Sol parece já estar nascendo, devaneei, uma vez mais, com o copo cheio, até que tu, sobre o céu, me mates, eu hei de sofrer mais um pouco.
Pois, quando o Sol nos sorri no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Oração do Desesperado
Saudade de pai é um vazio que não se explica, só se sente.
É olhar para o tempo e perceber que nenhuma lembrança é suficiente para preencher a ausência.
É lembrar da voz, do abraço, do jeito de cuidar... e sentir o coração apertar.
Saudade de pai é amor que não morre, apenas se transforma em lágrimas, em lembranças e em silêncio.
Casem-se talvez por amor, mas divorciam-se certamente por ódio. E se voltarem, não é por saudade: é pelo vazio.
"Em teus olhos vi minha verdade,
clara luz que guia minha saudade.
Teus cachos dançam com o luar,
teus olhos brilham, estrelas lindas a cintilar"
A saudade chega, um vento gelado,
Trazendo lembranças do teu lado.
O abraço ausente, o beijo que falta,
Um vazio que dói, uma dor que exalta.
Mas em meio à ânsia, teu nome eu sussurro,
Fiel ao meu peito, meu amor puro.
A tua lealdade, um farol na tormenta,
Afasta a incerteza, a dor que atormenta.
Pois sei que em ti, meu coração repousa,
E a fidelidade, em nós, se compousa.
Essa saudade que tanto me invade,
É prova do amor, da nossa unidade.
Que o tempo passe, que a distância se vá,
Mas a chama acesa, em nós, sempre estará.
Fiel a ti, meu amor, em cada pensar,
A saudade me ensina, a te amar e esperar.
Hoje voltou a saudade
Do sonho que vive em mim
É uma presença sentida do desconhecido,
Dum sentido amor tão cúmplice
Que não sei explicar, apenas sentir!
Por vezes adormece e eu fico confusa
E penso... o sonho morreu!
Se é saudade dum amor sonhado
porque, o sinto tão intenso e belo?!
Eu sei, a minha alma pressente-te
Sinto-me sorrir, de sonhar o teu sorriso terno.
Não sei se te idealizo, mas gosto...
Não há incoerência.
Sinto-me prisioneira do meu sonho
O meu corpo desconhece-te, eu sei
Embora te sinta!
Mas na intimidade da minha alma
Serás eternamente reconhecido
Eu sinto e gosto...
Tu és a estrela, a única que brilha ao luar.
Encontro-te nas ondas do mar
Imagino-te no topo da montanha
Sinto o teu perfume numa singela flor
Dá-me um sinal da tua presença!
Deixa o meu amor percorrer-te de mansinho
Quero ouvir a tua voz sussurrando "amo-te"
Entrelaçados para sempre meu amor.
Ao amanhecer vou esperar por ti
Quem sabe desembarcas no porto
Onde aguardo serena a tua chegada.
O mar conhece os meus desabafos
Divido com ele o meu sonho
As ondas beijam meus pés
Enquanto caminho sobre a areia
E o sal alimenta a minha esperança
Dizendo, não desistas, volta amanhã.
Marília Masgalos
Escrevo para não morrer...
De amor, de saudade.
Para não morrer de tédio.
Escrever é meu remédio
Para uma não-fatalidade.
Mente Distorcida
Cada vez mais distante
Uma sensação de afastamento
E uma saudade que não tem preço
Esse é meu amor por ti Laura N
Cada vez que nos falamos
Eu fico mais triste
por saber que não terei você
Eu apenas queria que não houvesse problemas
E nossa única preocupação
Iria ser o horário da gente se encontrar
Eu amo você
E quero você
Porém você não posso ter
Minha mente distorcida
Alimenta essa sensação de abandono
Sensação essa que é deprimente
Você é alguém especial
Algo especial que estou perdendo
E fico me perguntando o porquê
Porque você é algo que estou perdendo
E me cobro dizendo
Se vou ter você
Se vou poder dizer que você está do meu lado
M.R
Somos a curva do “s” da saudade, somos a luz na escuridão, somos a brisa suave que no rosto toca e névoa amanhecida sobre a rosa; somos o fogo que transporta o amor toda vez nos vemos entrelaçados um ou outro, somos a ruptura que desvenda o perigo no precipício das incertezas, somos clareza no embaralhado das estrelas; somos como a lua e o sol onde vez outra um se opõe ao outro causando um eclipse de desalinho.
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