Saudade de Alguém que Partiu Faleceu
Pensei que morreria no dia em que você partiu.
Meu coração, em agonia, debatia-se feito ave ferida,
e o ar, rarefeito pela dor, mal encontrava espaço em meus pulmões.
Acreditei ser aquele o meu fim —
e o desespero, como mar em fúria, quase me tragou,
enquanto lágrimas silenciosas transbordavam
e afogavam cada recanto do meu leito.
Mas o sol nasceu... e eu não morri.
O sol segue nascendo, teimoso e brilhante,
e eu sigo com ele — mais firme, mais inteiro,
descobrindo que não era sua ausência que me definiria,
nem sua indiferença que me enterraria.
A vida canta, e eu… escolhi dançar com ela.
Essa carta é para você, que partiu.
Talvez nem perceba, mas deixou muito mais do que silêncio: deixou ferida.
E por um tempo, eu tentei segurar tudo o que éramos, o que fomos, e até o que nunca chegamos a ser.
Mas hoje eu entendi:
a vida não espera.
Os ciclos mudam.
E eu não posso me adiar por quem não ficou.
Você foi embora…
e eu fiquei aqui, tentando me costurar, ponto por ponto,
tentando entender onde foi que deixei de me escolher.
Revirando memórias, relendo conversas, buscando sinais.
Como quem procura em vão por um motivo que alivie a dor de não ter sido o suficiente.
Hoje, entendo que cada escolha é um reflexo do que acreditamos merecer.
E eu mereço mais do que migalhas.
Mais do que presenças ausentes.
Mais do que metades.
A dor me moldou, mas não me destruiu.
Caminhei com o coração remendado, mas com a cabeça erguida.
E agora sei:
não se deve adiar a cura por ninguém.
Nem se diminuir para caber no vazio de outra pessoa.
Você foi…
e eu renasci.
Firme, inteiro e com coragem.
Com marcas que agora contam minha força.
Com uma nova versão de mim, mais consciente, mais seletiva, mais forte.
Porque eu sou o recomeço mais bonito que já fiz.
Ainda é Dia das Mães
Minha mãe partiu muito nova…
mas nunca deixou de estar perto.
Ela mora nas entrelinhas do vento,
no cheiro do bolo que não acertei,
no jeito que ajeito os cabelos,
nas palavras que uso sem notar.
Ela está no colo que me ensinou a dar,
na coragem que aparece quando tudo parece cair,
no silêncio que acolhe,
no riso que brota mesmo com saudade.
Mãe não vai embora, ela muda de lugar.
Sai do mundo visível e passa a morar
no abraço que deixamos de dar
mas nunca de sentir.
Neste dia das mães, eu celebro
a mulher que me deu a vida
e continua a viver…
em cada gesto meu
que ainda tem um pouco dela.
As cores da paisagem
há cores na estação.
O trem partiu no horário
levou você,
ficou partido o coração.
Toda parte é só metade,
toda partida, solidão.
Sinto tua falta,
mas preciso — com razão —
abrir de novo o coração,
achar outra parte,
partir
pra nova estação.
Acordes na Maré
Você partiu feito onda que some,
deixou na areia seu rastro e seu nome.
E eu fico aqui, rindo entre soluços,
lembrando teus acordes, teus passos astutos.
Tocava violão com alma de sol,
cada nota tua era um farol.
Na beira da praia, de pés na espuma,
cantava pra vida, cantava pra lua.
O luto chegou, sim, sem pedir licença,
mas não apagou tua doce presença.
Ela mora no vento que embaraça o cabelo,
nas canções que tocam no fim de janeiro.
Saudade? Tenho. É parte de mim.
Mas também é sorriso, memória e jardim.
Teu riso ainda dança no som das marés,
e tua batida vibra nos meus pés.
Hoje, sento sozinho na areia molhada,
o mar me consola, a noite é pintada.
Tuas músicas vivem nas ondas que vêm —
cada acorde me diz: “Tô contigo, tá bem?”
O Mendigo de Si
Tenho um teto — eis a concha,
mas o caracol já partiu.
Quatro paredes me cercam,
mas nenhuma me contém.
Tenho uma cama — é porto,
mas o barco não chega a si.
Meus lençóis envolvem o corpo,
mas a alma foge em segredo.
Tenho amigos — bons, presentes —,
e, ainda assim,
minha solidão fala mais alto
que todas as vozes ao redor.
Tenho família — carinhosa, constante —,
mas algo em mim duvida
do amor que recebo.
Talvez por nunca me sentir digno.
Tenho fé — rezo, creio, suplico —,
mas a esperança é fruto
que apodrece na mesa posta.
Acredito em Deus,
mas duvido de mim.
Não me falta coisa alguma.
Falta-me o ser que as coisas têm.
Até o pão que como
tem o gosto de outro pão —
um que ninguém me dá.
Pergunto-me, sem resposta:
se tudo em mim é empréstimo,
quem sou eu quando não peço?
Sou um mendigo de mim,
perdido no que me sobra.
E, se um dia me acharem,
que me devolvam a alma.
Ah, não é ingratidão,
nem demência, nem soberba.
É possuir tudo —
e, no fundo do peito, descobrir
que nada se tem.
Não me falta o pão,
nem o teto, nem o abraço.
Falta-me o gosto de existir.
Tudo me sobra —
e, mesmo assim, falta-me o nome
do que perdi antes de possuir.
Talvez não exista esse “eu”
que espero reencontrar
como quem acha as chaves
no bolso de um casaco antigo.
“Nem todo adeus é o fim… Às vezes, é só uma pausa — pro destino reescrever o que partiu cedo demais.”
Te dei meu coração, rasgado e sincero,
você partiu sem olhar.
Hoje sou sombra do que eu era,
mas ainda olho a lua
e peço a Deus pra um dia
alguém ficar… e não trocar.
🌺 Em memória de Juliana Marins
Juliana Marins partiu cedo demais, aos 26 anos, enquanto realizava aquilo que muitos apenas sonham: viver intensamente, explorando o mundo com coragem, beleza e liberdade.
Formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ, dançarina e apaixonada por trilhas, ela percorreu a Ásia em busca de experiências e encontros com a natureza — até que sua caminhada foi interrompida de forma trágica no Monte Rinjani, na Indonésia.
A dor de sua perda é imensa. Mas, no meio do sofrimento, surgiu um gesto de humanidade que jamais será esquecido: o do alpinista Agam Rinjani, que mesmo sem conhecê-la, mobilizou amigos, arriscou a própria vida e subiu até onde poucos teriam coragem de ir. Ele a encontrou já sem vida, mas se recusou a deixá-la para trás. Passou a noite com ela, à beira de um penhasco, ancorado pela fé, pela dignidade e por um senso profundo de respeito à vida.
“Só saio quando Juliana sair também”, disse Agam. Palavras que tocam como oração.
A ele, o Brasil se curva com gratidão. Sua bravura, compaixão e integridade nos mostram que o bem ainda habita neste mundo.
Mas a dor também se transforma em indignação. A lentidão e a frieza do governo indonésio diante de uma situação tão urgente revelam uma **falta de sensibilidade inaceitável**. Quando vidas estão em risco, a burocracia e o despreparo não podem prevalecer. Cada segundo conta. E, neste caso, o tempo custou caro demais.
Juliana merecia mais. Merecia respeito, cuidado, prontidão.
Ela não era apenas uma turista — era uma jovem cheia de sonhos, com uma vida inteira pela frente.
Que a história de Juliana não seja apenas uma tragédia lembrada com tristeza, mas um chamado à humanidade: para que resgates sejam mais ágeis, fronteiras menos frias, e pessoas mais solidárias, como Agam foi.
Que Deus a receba em luz. Que sua família seja consolada. E que o mundo aprenda, finalmente, a valorizar cada vida com o zelo que ela merece.
📖 “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”
2 Timóteo 4:7
Com respeito, carinho e oração,
Geórgia Palermo
Meu pai partiu nos meus braços e ali eu sentir a dor maior desse mundo uma dor sem fim...
Pai daria tudo pra te ter aqui ouvir a sua voz as suas histórias você era tudo pra mim eu nao sei se consigo seguir sem você.
Nella città VI - Self fragmentado
E, quando o de dentro se partiu, espelhou-se na cidade: fachadas, vitrines e poeira.
Tremem, trôpegos, nauseantes;
não sei se vivos ou passantes,
se carne ou bruma a desfilar...
certos rostos à deriva,
cada qual no não-lugar.
“Depois da Queda, Asas”
Já chorei por quem não viu,
Já dei tudo a quem partiu.
Confiei de alma aberta,
E encontrei porta deserta.
Doeu…
Como só dói o que é real.
Mas até na dor mais cruel
há algo essencial:
A decepção não é o fim,
É um início camuflado.
É o corte que ensina o sim,
É o chão que firma o passo.
Aprendi que nem todo abraço
vem com amor de verdade.
Que nem todo sorriso sincero
é sinônimo de lealdade.
Mas também aprendi a mim mesma.
A me ouvir, me acolher, me bastar.
Descobri que a dor é professora,
Mas que eu posso levantar.
Hoje, sigo com menos peso,
com mais fé e coração em paz.
Não esqueço o que me feriu,
mas não deixo que isso me desfaz.
Resiliência é isso:
ter sido partido e ainda ser inteiro.
É olhar pra trás com coragem
e dizer: “Eu cresci primeiro.”
E se vier outra decepção,
que venha… já aprendi:
Não me perco por quem vai,
me reencontro em mim — e prossegui.
“Flores no Asfalto”
Amor um dia partiu,
mas eu fiquei, de pé.
Com o coração partido,
e a alma em muita fé.
Não nego que houve pranto,
nem que doeu demais.
Mas descobri, no entanto,
que a dor também traz paz.
A vida me ensinou
a erguer-me após a queda,
a plantar no chão ferido
sementes de nova entrega.
Refiz meus próprios passos,
juntei meus cacos no chão.
Não sou quem fui no começo,
sou mais forte: sou razão.
A cada noite escura,
acendi meu próprio sol.
Fiz da perda uma pintura
e da dor, um farol.
Não busquei outro amor
para me reconstruir.
Foi em mim que encontrei
razão pra prosseguir.
Superar não é esquecer,
é lembrar e ser maior.
É caminhar, mesmo só,
sem temer o que é pior.
Hoje carrego cicatrizes,
mas não carrego rancor.
Porque quem vence a si mesmo
descobre o real valor.
O amor que existiu, que depois acabou e partiu, que no tempo submergiu, mas a lembrança ficou e insistiu, não pela curiosidade, mas pelo carinho de um telefonema que o caso permitiu, por tudo que ficou, mesmo quando o coração desistiu.
A luz baixou no palco da emoção.
Preta partiu — mas levou consigo
O coração de toda uma geração.
Filha da arte, da coragem, da vida,
Preta era riso, choro e resistência.
Cantava amores, dores escondidas,
Com a alma cheia de presença.
Foi abraço pra quem ninguém abraçava,
Voz pra quem não se ouvia mais.
Defendeu a vida como quem dançava,
Com passos firmes, doces e reais.
O câncer tentou calar sua melodia,
Mas ela seguiu — forte, sem recuar.
Foi exemplo de fé, de poesia,
Fez do viver seu jeito de lutar.
Hoje ela se vai, mas não se ausenta,
O céu a recebe em festa de estrelas.
E nós, aqui, choramos sua ausência
Com o privilégio eterno de tê-la.
Descanse em paz,
Preta querida,
Sua luz jamais se apagará.
Você foi todas as cores da vida,
E em nossa memória, sempre vai brilhar.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
O Trem da Minha Vida.
O trem da minha vida partiu sem aviso,
Levando esperanças, saudades, sorrisos.
Parou em estações de amor e de dor,
Carregando histórias de riso e clamor.
Nos trilhos do tempo, a infância passou,
Por campos de sonho que o vento levou.
Os vagões da juventude dançavam no ar,
Com promessas no peito e sede de amar.
Em algumas paradas, perdi o compasso;
Chorei despedidas, recomecei passos.
Mas o apito insistia: “Avante, é viver!”,
E eu seguia em frente, sem me esconder.
Conheci passageiros de olhar profundo;
Alguns ficaram, outros sumiram do mundo.
Deixaram lembranças, lições, cicatrizes,
Mas também me ensinaram o que é ser feliz.
Hoje o trem corre — já vejo o entardecer;
Com janelas abertas, deixo o vento bater.
Não sei até que ponto ele vai me levar,
Mas aprendi, com o tempo, a não mais parar.
Se um dia ele frear no destino,
Quero estar em paz, num silêncio total.
Pois vivi meu caminho, sem medo ou medida...
Na locomotiva do trem da minha vida.
O sol se pôs quando você partiu
A noite chegou
Meu peito caiu
Adormeci com o vento a sussurrar
Você foi
Sem promessas
Sem um olhar
Eu fiquei
No silêncio
Sem respirar…
E foi em um lindo dia e ensolarado de outono que você partiu.
Na verdade te admiro, pois você resistiu e insistiu.
Mas infelizmente te perdemos, na verdade nunca te merecemos.
O teu olhar com brilho intenso e sua doce voz, me fazem lembrar de quando eu sorria sem motivo aparente.
A saudade machuca, sua doçura e bondade animava até os mais tristes de alma.
Esse junho foi marcado por sorrisos e lagrimas, felicidade e tristeza mas saber que você não esta mais nesse mundo já parte meu coração.
Espero que não tenha sofrido e foi em paz como uma leve brisa verão.
Resisto em aceitar sua ida precoce, mas aceito a bela marca que deixou em todos nós!
Em memória de V.S
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