Saudade
Ao passar por onde vivi...
Deu saudade dos tempos de guri...
Não vi mais a tapera...
Mas lembro como ela era...
Mas pude ver a casinha da forneira...
No último pau da porteira.
Porque o amor não tem ferros
E, a Saudade desce a calçada
Descalça pra comprar o pão
Amassado pelo Diabo
Que a empurrou para o chão.
Fica
.
Uma parte de mim é saudade,
Outra parte, solidão...
Mas do teu amor,
Não abro mão.
.
Fica um pouco mais,
Fica no meu coração...
E se a saudade atrevida
Trouxer de novo a solidão
Saberá que é só teu meu coração.
.
Deixa que me fique o teu perfume
E a fragrância desse amor,
E se distante no teu corpo
Não me esfrie o teu calor.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
o peso dessa Cruz de solidão que eu carrego, não existe tempo suficiente para recuperar. Saudade vem à tona tristeza me torna fraco, e o mundo só me olha perguntando "porque vai chorar?"
A saudade fica um tempo escondida procurando o momento ideal de se manifestar.
Seja na dor ou no amor!
A saudade de um amor nada mais é que a falta que sentimos de parte de nós que se foi com quem amamos.
Por isso a angústia, por isso o vazio.
E decidi parar de pedir para voltar,
Parar de dizer que dói,
Parar de falar de saudade,
Parar de demonstrar.
Só não posso parar de sentir, mas isso vai explodir aqui dentro enquanto sofrerei em silêncio.
Saudade.
Ela não liga para o ódio
Nem para o ressentimento
Não está nem ai para promessas
Muito menos rotinas, rotinas?
Ela apenas existe, e te perturba
É impossível ignora-la
Tentar significa sacrificar a própria sanidade
Saudade não é vício, mas são parentes proximos
Algum dia você acordou sentindo saudade?
Ahh, aquela lembrança, me enche de saudades…
Tô com saudade de você
Saudade do teu cheiro
Louca de vontade de te ver
Conto cada segundo
Com muita ansiedade
Pois só ao seu lado
Sinto mais felicidade.
SOLIDÃO ATROZ
Quando fores dormir, ó saudade tenebrosa
na noite negra insone de uma agonia, e não
tiveres por alcova o ardor e o abraço, senão
o silêncio, uma ausência dum dedo de prosa
Adormeça-te, enxugue tua lágrima medrosa
na vil dor, e me deixe nesta aflitiva lassidão
com o meu pranto e o arfar do meu coração
então, não venhas me consolar aventurosa
O suspiro que tem um confidente em mim
pois, o esbaforir há de adormecer o poeta
da insônia sombria dessas noites sem fim...
Dir-te-ei: de que serve a calma completa?
se os teus estardalhaços, nos faz mais sós!
E ao sentimento, falto, uma solidão atroz...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de maio de 2021 – Araguari, MG
INTERVALO
Te digo que da saudade que tenho
Toda a agonia para assim trovar-te
Entendas, então, foi só por ama-te
Que neste soneto chorar-te venho
Agora é só o suspiro que detenho
O afeto não é mais doce encarte
No coração, apenas parte a parte
Dum vazio que no olhar contenho
Noutro tempo era muita fantasia
Desfez em engano solto ao vento
Escorrendo pela sofrente poesia
Dor, também, doeu no sentimento
Provando do amor puro de magia...
Aí, notei que não era teu momento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/01/2021, 13’33” - Triângulo Mineiro
TRÁS-OS-MONTES
Entre o calor infernal
E a geada invernal
De abandono e saudade
Nos copos de vinho bebidos
Com a alheira na brasa
Doí a indiferença em desagrado
Neste caminhos feito pelas pedras
Que vou pisando neste reino maravilhoso
" Nós que passeamos pelos campos floridos do amor
sabemos da saudade, da dor, da fé
também conhecemos as belezas dos abraços
dos olhares cativos
das sombras do corpo dançando suave
ao final de uma tarde qualquer
nós que repudiamos a ausência
temos na presença o sabor especial da vida
curtimos os desejos, as praias, os passeios
nós que ainda não nos encontramos
sabemos que isso é apenas um detalhe
que o destino logo logo
se encarregará de juntar...
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