Sagrado
Vem pelas artes a verdadeira cultura resistente indígena brasileira. Vitoriosa e impar, tão rica de uma mitologia nativa, simples e sagrada, lembranças vivas e educativas de quem são. Guerreiros fortes e sobreviventes em comunidade, que hoje ressurgem mais vivos do que nunca das narrativas originais das ancestralidades.
Haverá um tempo que a Igreja Apostólica no Brasil encontrará uma grande mãe indígena de bondade, para ser beata. Não em algum processo de canonização pois a cultura indígena tem espiritualidade mas distante de qualquer santidade humana. Sendo assim será reconhecida pelo amor e a vida de bondade a todos os filhos da vida, indiscriminadamente, pois a separação e a diferença sempre partiu da religiosa cultura européia na cultura indígena brasileira, todos são iguais.
A maior parte dos antigos itens sagrados de todas as culturas são confeccionados em ouro e ferro, estes elementos são originários do espaço, e chegaram ao nosso planeta por meteoritos.
Infelizmente o legado espiritual, não religioso da Maçonaria se extinguiu, hoje, passando a ser apenas mais um grupo social e ritualístico repetitivo de encontros eventuais. Em tempos passados no velório de cada membro, havia a cerimonia do chamamento, o que hoje muitos desconhecem. Assim como era obrigatório as Pompas Fúnebres, a cada falecimento de cada irmão, o que não existe mais também. O que mais me assusta, é a conotação meramente material e temporal, pois por mais que um irmão se dedique muito em vida a ordem, quando morre vai para uma cova comum, pois não existe jazigo especial para nenhum maçom, mesmo que em vida tenha exercido cargos de soberania. O fundamento filosófico espiritualista se perdeu, cada vez mais passa a ser uma sociedade entre vivos nesta concisa material dimensão.
O homem santo vive a harmonia em meditação, oração e devoção num lugar isolado e afastado rodeado de uma rica natureza intocável. O homem sagrado, o verdadeiro guru do século XXI vive e semeia e espalha a paz e o amor por onde passa diuturnamente, nos guetos das grandes cidades violentas, no meio de uma população mundial de loucos, egoístas e amotinados, transitando em luz num local adverso de vida rodeado por escombros da pobreza humana na pior condição social do povo. Quem é mais divindade....
O mundo cristão deve aprender de uma forma ou de outra que não se pode usar um budhinha como um peso de papel ou chaveirinho da sorte.
O sagrado do outro sempre se respeita.
