Sabemos

Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.

O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.

Sabemos o que somos, mas ignoramos o que podemos nos tornar.

A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos.

Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã podemos sê-lo por coisa contrária.

O que sabemos, saber que o sabemos. Aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: eis o verdadeiro saber.

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe.

A quem mais amamos, menos sabemos falar.

Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida.

Sabemos tão pouco do que estamos a fazer neste mundo, que eu me pergunto a mim próprio se a própria dúvida não está em dúvida.

O primeiro sinal de ignorância é presumirmos que sabemos.

Se sabemos exatamente o que vamos fazer, para quê fazê-lo?

Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água.

Há conhecimento de dois tipos: sabemos sobre um assunto, ou sabemos onde podemos buscar informação sobre ele.

A experiência é como dirigir um carro no escuro com os faróis para trás. Sabemos tudo que se passou e nada do que virá.

No fundo, só se sabe que sabemos pouco; com o saber cresce a dúvida.

Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe.

A lição sabemos de cor. Só nos resta aprender.

O amor arranca as máscaras sem as quais temíamos não poder viver e atrás das quais sabemos que somos incapazes de o fazer.