Rússia
Bombardeio
O céu chora, quando a criança chama pela mãe, lágrimas escorrem na cachoeira coberta de neblina.
Nossos filhos trocando a noite pelo dia.
Angústia, desespero, medo, mãe o que está acontecendo?
Oh mãe, que barulho foi esse?
Mãe...
Embrulhado como presente
Com o coração acelerado , a guerreira busca passar segurança ao seu filho amado...
Chega a noite, o céu chora, e o brilho do sol não atinge as passagens.
A chuva torna-se ácida,
E os pingos que renova as flores hoje mata...
Abro a janela e só vejo fumaça...
Será um incêndio? Onde estão os bombeiros?
Mãe pq os bombeiros estão armados
Mãe, meu pai ainda está no trabalho...
A mãe abraça seu filho, lhe trazendo calor. Entrei beijos e carinhos, mas com a mente aflita, pois sabe que em segundos pode perder o amor da sua vida.
A saudade aperta, a verdade machuca, mas não deixa de nos ensinar
Que enquanto o coração bater há chance de viver
Há tempo para abraçar
Faça o seu melhor hoje
Antes da guerra começar.
Os mísseis que
caíram em Dnipro
caíram no meu DNA,
Nenhum deles
será esquecido,
nem mesmo quando
a Guerra acabar;
Escrevo poesia
nesta vida
mesmo sabendo
que é inútil,
porque não
consigo mais chorar.
Para que o mundo
não se esqueça
entrego este poema
em nome de tudo
aquilo que foi violado
pela maldita guerra,
Não devo ter medo
de nada como poeta.
A conta é alta e dolorosa,
e vem sendo ofuscada
por gente mentirosa.
A conta pode ser
maior do que seis mil
crianças deportadas,
O correto mesmo é
chamar o mal pelo nome
de sequestro em massa,
e não há como ficar calada.
Os meus versos vem
sendo regado pelo sal
de Soledar para não
perder o sabor de avisar.
A glória de lutar pertence
a Ucrânia, o bastidor
infinito me pertence,
A vergonha de invadir
e assassinar um povo
pertence ao maldito.
São quarenta e três campos
e podem ser outros mais,
Todos cheios de crianças
que foram arrancadas dos pais.
Quem colaborou com toda
cena nem a pretensão de apagar
este poema conhecerá o êxito,
O inferno que se ajuda a plantar nunca mais os deixará sossegar.
Tudo o quê aqui está escrito
e ventania a se espalhar
por todos os caminhos do destino.
Diante dos meus olhos
testemunhei Kherson
depois de meses em liberação,
a fogueira do destino
continua acesa no meu coração.
Depois de tanto falar
sobre as mentiras do tirano,
as festas por Kherson mostraram
que nunca estive em engano.
O mal deve ser na vida evitado
e o quanto antes por prevenção,
uma sanção diferente por dia
já teria promovido a pacificação.
Muitos pensam só aquilo que
é pragmático para resolver
os seus problemas a curto prazo,
e um dia isso vai custar muito caro.
Os invasores mataram
a família do cão de Dnipro,
ele sobre os escombros
da casa foi encontrado,
a guerra e a tirania
ainda não foram vencidas
porque a Humanidade é egoísta.
O cão de Dnipro sobre
os escombros da própria
casa muito mais honra
do que muitos humanos ele tinha,
pois um cão nunca envia
bombas para ninguém e isso diz
muito sobre até o dia-a-dia.
O cão de Dnipro tinha o nome
de terra ilegalmente ocupada,
o nome de Krym levava
e hoje a sua alma se fez infinita
para que a terra não seja esquecida:
ninguém conhece o tamanho
da dimensão mística da alma canina.
Os invasores e os descrentes
não gozam de sabedoria
e não têm ideia do tamanho
do poder da alma de um cão,
e se soubessem aprenderiam
a respeitar com devoção
de todo o coração ainda em vida.
A partida do cão de Dnipro
deixa para toda a Humanidade
a atemporal mensagem realista
sublime, necessária e infinita:
derrotar a guerra e a tirania
sempre será a sua urgência
enquanto tens o poder na tua mão.
Oficiais superiores que não conseguem frear um governante criminoso serial de guerra nasceram desprovidos de boa índole e sem nenhum talento militar.
Oficiais superiores que não instruem a tropa a respeitar o Patrimônio Histórico de um país merecem o pior da vida.
Sempre que um país hostilizasse o outro e os céus do mundo fossem fechados para a Nação hostil. As guerras seriam a cada dia mais diminuídas e poderiam até acabar.
Onde a paz não é cantada
prefiro não escutar nada,
o meu coração pertence
aos nobres guerreiros que
lutam por amor à Pátria.
O Mal que acusa uma
Nação daquilo que ele é,
nem mesmo apelando
à todo o alfabeto para
ocultar não vai dar pé.
Estão nos meus dedos
florescendo girassóis
para romper com medos,
e com toda a fé do povo
a Nação será reerguida.
O azul e o amarelo são
as cores do meu escudo
que iluminam mesmo
neste momento escuro
retribuindo a ofensiva.
Os artifícios do passado
para incitar genocídio
e crimes de guerra estão
vindo via folhetins e almas
vendidas fazendo vítimas.
Da trincheira universal
sou a combatente constante,
porque ninguém me põe
submissa ao autoritarismo
e pela liberdade sempre resisto.
Não tem ligação com
o autor das Histórias
que serão contadas,
Mas deve ser por
nós sempre lembrada,
Como lição a não
ser nunca mais repetida:
A rádio em Ruanda
foi usada como arma,
e da memória não
deve nunca ser apagada.
Não existe tragédia
maior do que a outra,
Cada uma carrega
o seu veneno particular.
De Grozny na Chechênia
a memória não deixa
da minha mente apagar.
A televisão foi usada
para reputações
mentes e corações
diante dos olhos
e sonhos assassinar.
Não existe tragédia
menor do que a outra,
Cada uma entrega
a natureza da liderança.
De Aleppo na Síria
a História se fez
por ação destrutiva.
A comunicação cortada
ampliou a extensão
do terrorismo brutal,
e corremos o risco
do esquecimento geral.
De Agdam no Azerbaijão
a história da devastação
conheço muito bem
e a extendida agressão.
Não existe tragédia
maior do que a outra,
Cada qual separa um
povo irmão e a fixação
de quem a fez continua.
A tragédia de Mariupol
na Ucrânia é mais uma
que não será esquecida.
Não existe tragédia
maior do que a outra
a de hoje foi na imprensa
e na tecnologia gestada.
Da Criméia por ela
ocupada só confirma
que 1944 ainda vive.
Não existe tragédia
maior do que a outra,
ela pichou a sua marca
na porta de uma casa.
A Rússia sabe muito bem
como é conviver com
a tragédia e dela ser refém.
A livre consciência ninguém
detém e as almas protetoras
das cinquenta montanhas,
Eis a ironia do destino feita
para infernizar tiranos
e derrubar todas muralhas.
Vídeos recortados, fotos encaixadas no contexto a bel prazer de quem posta e frases de efeito são velhas táticas do velho marketing para insulflar os internautas a escolher lado e romper com a convicção com aquilo que é de moral.
Azovstal
Não há nada que dimensione
o sentimento sobrenatural
de entrega total a Pátria
vítima de uma invasão brutal.
Na batalha final ser um dos últimos
a resistir enquanto o socorro
não vem em Azovstal que cercada
da covardia da tropa inimiga
continua sem nenhuma guarida.
A Lei da Vida precede a Lei da Guerra,
resgatar uma tropa ferida
é uma máxima que sempre deveria
ser seguida em toda a Face da Terra.
O tempo está passando
e eu não estou brincando,
Muitos ali morreram,
e eu sigo clamando...
O pedido de socorro ainda
não chegou na caixa-postal
correta para salvar as vidas
dos heróis feridos de Azovstal.
O tempo está passando
e ninguém está escutando,
Muitos ali morreram,
e eu sigo gritando...
A Orquestra Kalush
venceu o festival
e pediu ajuda aos seiscentos
heróis feridos de Azovstal.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
O som de Stefania continua
na boca do povo,
e continua a guerra de novo.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
Das trincheiras do mundo
serei sempre o último soldado,
e por nada iria me entregar.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
Da trincheira poética
eu mesma me comando,
e da rebelião eu sou a pedra.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
Bombas de fósforo sob Azovstal
estouraram nos meus olhos,
mas não os meus sonhos.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
Não se esqueçam que ali
abandonados a própria sorte
feridos estão os heróis e eu aqui.
O festival acabou
e não se esqueçam dos Heróis...
O festival acabou,
Azovstal está no limite
e Mariupol sob mira resiste.
Os meus punhos morais
estão etereamente erguidos
para todos que os acusaram
falsamente de Neonazismo
por conveniência ou por fanatismo,
cada um de vocês não será esquecido.
Uns sem conhecer as origens
os símbolos étnicos de cada um,
e outros para fortalecer
um roteiro de poder que não
os pertencem colaboraram
como incitadores de genocídio
e de crimes de guerra
auxiliaram todos aqueles
que derramaram o sangue,
prenderam e ocuparam o território
dos povos da Ucrânia e da Criméia.
Os heróis feridos do Batalhão
de Azov foram transportados
pelo Exército da Rússia,
A palavra de troca de prisioneiros
não foi cumprida e o espírito de 1944
foi pelo tirano ressuscitado.
Os heróis serão julgados ilegalmente
pelos invasores e todos
sabemos qual será o final,
está provado aos olhos do mundo
que esta guerra começou
pela mentira que fez uma
mais de uma vez terra invadida,
e por razões óbvias quem não
cumpre com a palavra
jamais agirá na vida com justiça.
Você pode ter qualquer opção política ou não ter opção nenhuma, só não pode ser antipatriota, não pode ser defensor da guerra e não pode ser defensor de valores que afastam de tudo aquilo que te faz gente de verdade.
CARNAVAL E GUERRA
Muita gente está triste
por não ter o carnaval,
enquanto ocorre guerra
com ameaça de arsenal.
Vendo tanta explosão,
como vou ser folião,
e fingir não estar mal?
A paz é a melhor coisa
que a gente pode ter.
De que vale o dinheiro
se a pessoa vai morrer?
Nem saúde vale nada
quando tiro ou granada
leva tudo a se perder!
A guerra é como ferida
feita em nosso coração,
bombardeia a nossa fé
com o míssil do avião.
Ela mina a esperança
de adultos e crianças,
destruindo uma nação.
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