Rumo Certo
Meu mundo esquecido
Sinto-me vazia
vagueio num beco do tempo
à toa e sem rumo
só o passado na mente
vivo por viver
sem esperança
sem luz com
a escuridão
e solidão por companheira
Nada resta dentro de mim
quem dera encontrar
uma saída
um lugar noutra vida
onde permanecesse
no presente
onde pensasse num futuro sem fim
Ah!
triste padecer
quanto sofrimento
quanta dor
sinto a esmargar
e apertar o meu peito
neste inferno de vida
neste...
Meu mundo esquecido
AJUSTAR AS COISAS
Vou juntar a minhas coisas
e me jogar sem rumo
na vida, nas ondas
e no mundo.
Essa é a velha história
que eu preciso escrever
para ficar registrada
nos anais da existência.
Quero um pouco mais de mim
do que eu mesmo aqui
não sei se corto os meus cabelos
e o vento batendo no meu rosto.
Saio um pouco para permanecer
acerto de contas são novos caminhos
já até separei as minhas roupas
e o meu corpo querendo liberdade.
E, brigaram,
se
separaram..
Ela foi para algum lugar a direita,
Tomou outro rumo "acima", para o oiapoque
Ele tomou o rumo "abaixo", para a esquerda...
para o Chuí'
Se esqueceram....de um pequeno
deetalhe..
que o mundo era redondo!
..
Pôr em prática sempre, tudo que estiver ao alcance. Para seguramente seguir uma jornada, rumo ao progresso pessoal. Através de conceitos que sejam práticos e eficazes, em termos de bom senso. E o resultado destes, nitidamente é justificado, por mérito próprio.
Seguir um rumo; faz parte, de todo e qualquer, projeto de vida. Tal condição é demais necessária; quando há um objetivo, em mente. Quando assim surge consequentemente e espontaneamente, um resultado, como êxito pessoal. Por se acreditar fielmente, na existência de um potencial que reside; na própria alma. Como um ser humano que saiba usar de sabedoria, nos momentos de maior precisão.
Nada tem vida longa na contramão. O que está fora do lugar logo ganhará um novo rumo. Ai que mora a grande oportunidade de melhorar muitas coisas, inclusive a vida. Tenha fé que vai dar certo (Nelson Locatelli, pensador)
A CARAVANA
Eu sinto o vento a recobrir os passos
da caravana, rumo ao ocidente;
rompe, em seu curso, milenares laços...
Mata o passado... E o amor nele existente.
Desertos, vales... Todos os espaços
são inundados por cantar plangente...
Canto que embala a rosa em sonhos baços...
Outros jardins... Não mais chão imanente.
E há tanta dor nos braços da partida...
Tanta ventura feita vã, perdida...
Como olvidar sentir tamanho, assim?
Onde o refúgio do porto altaneiro,
das ternas mãos do amado jardineiro...
Senhor, responde: o que será de mim?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A ROSA SE DESNUDA
Não há no tempo a poção de magia,
que traga à rosa o seu primeiro encanto.
Foi-se-lhe a vida... Jaz em agonia,
por não mais ter a voz do próprio canto.
A primavera... Deus, que nostalgia...
Que padecer, que dor... É tanto o pranto...
Onde as sementes? Rosa tão vazia...
Rosa desnuda de cor e acalanto!
Misericórdia, céus, ouve-me a prece,
todo o esplendor da rosa, em mim, fenece...
E o desespero é qual o mar... Crescente.
É lua plena de paixão e sangue...
É rosa morta, de tristeza, exangue...
Buscando as sendas do Grande Oriente.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O EXÍLIO
Insensato destino, ao roubar-me a ventura
de ser rosa nos campos do meu florescer.
De furtar-me os mistérios da extrema doçura,
que um profano cultivo não sabe antever.
Exilada a um terreno deserto, de agrura...
O esplendor do meu ser faz, em mim, fenecer!
No mosaico de um chão, sem calor, sem ternura,
me retorno aprendiz... Não mais quero viver!
Jogo ao vento os retalhos banhados de orvalho,
guardo o verde florir e em negror me agasalho...
Dantes, se rosa fui... Hoje sou flor qualquer.
Pois quem foi meu poeta, ficou tão distante...
Pereceu na perfídia do agora inconstante...
E da rosa não resta o perfume, sequer!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O DESABAFO
São todos órfãos, meus poemas, meus sonhares,
morreu de angústia o eterno vate que cantava.
E entre as colunas do meu templo de pesares,
uma saudade, imensa, ardente, faz-me escrava
de mil promessas, votos, juras seculares...
Tudo olvidado. E então, o amor que me alumbrava
tornou-se folha desvalida entregue aos ares
da tempestade hostil, feroz, que a dor agrava.
E as rimas puras, expressão de sentimento,
jazem perdidas num murmúrio de lamento...
Meros retalhos de palavras no papel.
Já não mais sei onde buscar minha poesia,
em meu jardim apenas pó, melancolia...
Onde reencontro, em mim, a rosa menestrel?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A REALIDADE
Já não há como rejeitar esta existência
de reflorir em meio às urzes dos canteiros.
De pouco serve suplicar benevolência,
a quem não ouve a paz cantante nos outeiros,
e desconhece, do luar, os tons primeiros,
que são, do sol, a mais sutil e pura essência.
E traz no olhar intentos vãos e sorrateiros...
E faz da vida desamor e inconsequência.
Onde o bailado do chamejo das fogueiras,
a voz do vento, a sussurrar nas tamareiras...
Neste jardim trabalha a mão da iniquidade.
Sementes negras, de amargura e de saudade,
florescem guerras, desencontros, desencanto...
Padece o sonho, ora regado por meu pranto!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O DELÍRIO
Não sei quem sou... Sequer sei quem serei,
no vendaval, eu me perdi de mim.
Lembranças vagas, nada certo sei...
Inda sou rosa? Ou quiçá, alecrim?
Talvez areia, da senda onde andei...
Ou penas d’asa de anjo-querubim?
Cegou-me o olhar fogoso do astro rei,
pra que eu não veja mais o meu jardim?
Mas, se ao redor já não há mais canteiros,
só a tristeza vinda dos salgueiros...
Morreu o sonho, a vida se acabou?
Ou eu findei e vago no infinito...
Quem concedeu-me o fado contradito
de, por amor, já não saber quem sou?
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
MAKTUB
Quem destinou-me o denso manto do degredo,
na amara ceia, onde o destino foi selado?
Jerusalém... Sepulcro do real segredo...
Aldebaran... Berço distante... Meu passado...
Onde os arcanos que entretecem tal enredo
além memória... No ancestral, plano traçado?
Rosa exilada nas entrâncias do rochedo,
compassa o tempo, até o retorno consumado.
Se estava escrito, cumpra-se o marco imutável,
seja a aprendiz, por fim, a mestra venerável,
a transmutar estéril chão, em firmamento.
Se estava escrito... Olho ao redor... Um recomeço?
Aceito o fado. Se assim é... É o que mereço...
Há um amanhã... Que agora exista o esquecimento.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
REFLEXÃO
Sumum é o vento andante do deserto,
surge do nada e em nada vai-se embora.
As dunas bailam, sem tempo, sem hora,
a senda faz-se um caminhar incerto.
Sumum... Mistério... Futuro encoberto,
a ventania tece o aqui ... E o agora.
Estrelas guiam... No chão de Pandora
não há vontade... Não há longe ou perto.
Destino, fado... Vendaval... Surpresa,
miragens, sonhos... Esperança acesa...
Só no infinito, rota alvissareira.
Pétalas secas, sem viço ou perfume...
Eu sou a rosa que perdeu seu lume,
no exílio imposto... Longe da roseira!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
A COMPREENSÃO
De medietate lunae, ao Ocidente...
Tanta distância, silêncio... Ironia...
Ser rosa é o canto de um amor silente,
a perfumar a noite densa e fria!
Ser rosa é a cruz da vida transcendente,
cedro vergado ante a sabedoria...
Está na rosa, o espinho da serpente,
e a suavidade da voz da harmonia.
É ousar supor no sol, seu cavaleiro,
mesmo trajado qual fora um pedreiro...
E florescer bondade e perfeição.
Na rosa, a gota de um olhar fraterno
em permanente súplica ao Eterno,
para que o amor transponha a solidão!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
O RETORNO
Embora secas, nas mãos de um grande arquiteto,
pétalas tristes são tecidas qual estrada,
em senda ascensa, a desvendar o que é secreto,
para que a rosa atinja o cume da florada.
Fecha-se o ciclo, por direito, por decreto,
a flor maior ressurge, pura, restaurada;
ao sol dormente, término do seu trajeto,
a entrega é feita. E tudo o mais é resto, é nada!
Além dos véus da inconsciência, o anjo do arcano,
abre o portal do grande mestre soberano...
Em cujo altar a rosa faz-se eternidade.
E em novo rito, ante o olhar dos imortais,
sagra-se a rosa guardiã das catedrais,
dos templos sacros, de justiça e liberdade.
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
AD INFINITUM
Ad infinitum, pela eternidade,
Eu Sou a rosa da divina essência.
Eu Sou teu canto de feroz saudade,
na vida além do véu desta existência.
Eu Sou a rosa da tua santidade,
se peregrinas rumo à transcendência;
mas sou espinho, se em ti há veleidade...
E apago o sol da profana imanência.
Eu Sou a rosa de Sarom, de Altai,
Eu Sou o Eu Sou, em ti, e Eu Sou no Pai...
Eu Sou a rosa do Oriente Eterno.
Eu Sou a rosa da mão de Adonai,
Eu Sou a terra... Maria ou Sarai...
Eu Sou o Verbo, por amor, liberto!
Patricia Neme
(in ALDEBARAN)
Mas que da vontade da...
De de repente sair correndo sem rumo, sem direção para um lugar que em meus pensamentos é perfeito... é branco mas tem cor, lindo e cheio de AMOR... Desejo que lá só se fale no amor. Espero que lá eu não sinta falta das coisas, das pessoas enfim. Eu quero um lugar só pra mim... Posso até ser egoísta mas é o que sinto e mais do que isso é o que quero... Ha como eu quero!
O Sentido
Eu queria ser um pássaro,
Voar e voar, além do mar.
Sem rumo e sem destino,
Sem ninguém me incomodar.
Todos nós estamos indo, que é melhor do que estarmos parados.
Estamos indo rumo a novas eleições, indo rumo à primavera, indo rumo a pessoas que ainda não conhecemos, indo rumo a dias melhores, a dias piores e, encaremos: indo rumo ao fim dos dias, se me permite ser uma desmancha-prazeres. É duro, mas a outra opção é estacionar, não ir a lugar algum. Prefiro ir, seja para onde for.
E de repente a gente se descobre só, tão sem rumo e sem ninguém que se existisse alguma forma de se esconder do mundo e deixar de sentir a gente faria pq essa dor da insignificância sufoca, maltrata de uma forma inexplicável e cruel demais. Um grito de socorro silencioso para o mundo mas ensurdecedor dentro da gente.
E assim a vida segue porque não há outra saída, põe no rosto o melhor sorriso para disfarçar a fragilidade de um coração choroso, nos olhos o brilho apagado de inúmeras decepções mas com uma faisca de esperança por um sopro para reacender. Se isso é vida não sei mas há de voltar a ser, pq no coração do guerreiro resta sempre uma fagulha de esperança por dias melhores.
Onde foi que deixei minha vida,
Nas esquinas dobradas sem rumo,
Muito longe no tempo esquecida
Só as lembranças na alma avolumo.
"Segure as minhas mãos,deixa eu te conduzir rumo ao meu coração;
Segure as minhas mãos,deixa eu te amar,mesmo que o mundo diga não;
Segure as minhas mãos e dance comigo essa canção que inunda meu ser com essa doce paixão..."
Tatiane-23-09-2012
Somos nós que fazemos nosso destino, então se algo não está bom, talvez você deva mudar o rumo de sua história.
Ela foi como uma âncora a qual eu me agarrava toda vez que precisava zarpar oceano afora. Rumo ao desconhecido e ao perigoso.
A vida é caminho.
Não temos escolha: ou seguimos rumo ao desconhecido com nossos próprios passos ou permanecemos estagnados enquanto a vida trata de nos levar.
Eu prefiro caminhar.
Passos firmes apesar das incertezas da estrada.
Determinação para atravessar os obstáculos que surgem pelo caminho.
Coragem para enfrentar o inesperado.
Leveza para não obstruir as passagens.
Atenção com as placas de sinalização que o tempo nos mostra ao longo do trajeto.
Passos cuidadosos para não cair nas armadilhas durante o percurso.
Pausas para avaliação da extensão já percorrida e definição de novos rumos.
Evitar descidas muito íngremes. Reergue-se após os tropeços.
Caminhar sempre, descansar se preciso, e parar somente quando a vida se encarregar de finalizar nossa trajetória.
Já pensei em escrever coisas que pudessem dar um rumo a minha vida. Já pensei em escrever algo para mudar a minha vida. Hoje eu vivo em função de dar o rumo e viver ao mesmo tempo.
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