Ruínas
Meu mundo em ruínas
A tristeza invade minhas entranhas
Fecho os olhos e vejo tudo desabar
Meus sonhos escorrem por entre meus dedos
Meu amor... Explode e se desfaz
Andei por estradas perigosas
Correndo riscos desnecessários
Abrindo portas que me lançaram num precipício
Num redemoinho feroz e sem volta...
Respiro com dificuldade...
As lágrimas brotam e me asfixiam
A escuridão suga-me para o inevitável
O frio congela e corta-me em pedaços
Encontro-me sozinha na multidão
Ninguém me vê ou escuta
Grito alto para o mundo
E ouço o eco da minha própria voz
Sigo sem destino, sem direção
A solidão persegue e me alcança
A dor é lancinante e aguda
Destrói o que sobrou de mim...
" O velho lobo, em ruínas não uiva para o luar
suas garras velhas e cansadas,
não lhes sustentam mais
é hora de partir
quem sabe a lua ainda ria
fazendo graça
iluminando uma estrada que levará ao abismo
ou ao céu...
Em tempos de guerra, não se esconda,
as ruínas que sobrará após as batalhas te fará entrar em uma nova guerra, onde tu estará sozinho e as noites serão longas.
A solidão devora-me dia após dia
Sinto meu mundo em ruínas
Ruínas cada vez mais destruídas pelos meus pensamentos vazios
Vazios iguais os corações alheios nos bares das esquinas
Onde cada gole reflete uma alma destruída pelo implacável tempo
Tempo esse que, de acordo com as outras pessoas, sempre cura tudo
Só não cura a dor de viver cada dia sem a esperança de que, algum dia, o tempo, cure tudo.
"Escuto os alicerces que o passado
tingiu de incêndio: a voz dessas ruínas
de muros de ouro em fogo evaporado"
Estou aqui há muito tempo
O cenário é meu templo, denso planeta
Ruínas que já vi!
Viajei no firmamento,
Tenho calos nos meus dedos,
Esse fruto eu já comi,
Essa boca, eu conheço!
Se a Vida é um sonho efêmero, deixai-me então nunca acordar para não caminhar nessas ruínas decadentes que denominam de "Mundo e Realidade", pois há uma imensidão de jazidas preciosas e abismais de vidas dentro de meu ser que somente eu posso descobrir e desenterrar com o meu coração, aqui, imerso em meus sonhos e devaneios.
Talvez hoje você faça parte da platéia que aplauda as ruínas de alguém, mas amanhã você corre um sério risco de deixar de ser platéia e virar o palco do sucesso de quem você viu aparentemente não ter futuro.
Só em saber que nossas metrópoles do hoje serão as ruínas do amanhã, faz-me sentir como alguém que apenas viveu e nada sentiu sobre a própria vida. Sendo mero apetrecho do passado que talvez será totalmente ignorado, acreditando-se que era apenas lenda...
Estamos colhendo os frutos de uma guerra que nunca vivemos,
vejo as ruínas se desmanchando sobre minha cabeça. Até quando vamos viver isolados de uma realidade que lutamos para ter?
O privilegio de brilhar em meio das ruínas só tem aquele que lutou para que um dia estivesse no topo.
Não vou mais olhar as ruínas do passado...
Vou construir pontes e vislumbrar o presente!
Minha esperança está no futuro
e em viver bem o presente.
Quero fazer diferente,
deixar o amor no coração
e não quero apagar minha paixão pela vida.
Ela me ensinou a ser forte
e atravessar muralhas .
E hoje deixo meus medos lá no passado
e vou vivendo o presente
em forma de gratidão à vida
e ergo as minhas mãos em agradecimento,
por todos os momentos,
que me ensinaram a ser valente
Percebo teu desejo em chamas
Teu amor em ruínas
Seus olhos tão claros, confusos
O teu corpo me chamas
Mas não me fascinas
São falhos disparos difusos
Não tenho amores vazios
São amares imensos
Sou ave buscando o verão
Somente uma música
Uma só melodia
Não forma a minha canção
São ideias opostas
Desejos distintos
O foco e a dispersão
Você me quer
Eu quero o mundo
Temos a mesma ambição