Rua
Nunca mais ouvi o sino daquela igreja bater. Era 07:00, chovia. A rua estava em silêncio. No céu cinzento não havia pássaros, apenas um imenso cobertor sem cor que cobria as árvores.
Aquele momento fez tudo parar, me permitindo lembrar que o que encanta é o toque, depois o silêncio. Dois extremos: um desperta, o outro faz sonhar.
Um mar de epiléticos
Você bem que podia morar do outro lado
Da calçada, da rua ou do bairro,
Para que sempre que eu quisesse te ver
Pudesse piscar os olhos e olho no olho estaria eu diante do teu ser.
Poderia até dançar esse jazz, quem sabe da noite fazer cartaz para avisar a saudade que ela não mais vai vencer... Mesmo diante disso eu confesso que a vontade é mar de epiléticos nadando com força nesse viver, sentir tua saudade, até que é boa, por isso te faço essa garoa de palavras que samba entre eu e você.
Os cães de rua estão ali não por vontade própria, mas porque foram abandonados, excluídos, enxotados, negligenciados e esquecidos, por tutores irresponsáveis.
Estão ali famintos, com muito medo, com FOME.
Estão ali inseguros, sem esperança e sem amor, quando tudo o que mais sabem fazer é justamente amar.
Não maltrate um animal de rua.
Eles precisam de ajuda.
As vezes achamos que os problemas estão lá fora, na rua, no olho gordo, na macumba, etc...Mas a grande maioria dos problemas está em não aceitar a si mesmo.
Sorriso
Um dia casativo de trabalho
Sentei em um banco,
Olhando a rua,vi um cem teto.
Me peguei no sono.
E viagei pelo o universo
La eu via a lua de perto
Que imenciadao
No começo fiquei inquieto
Mais fui me soltando
E podia voar.
De planetas em planetas
Vendo a terra,
E varias estrelas.
Conheci saturno
Mais nao gostei
Era muinto escuro
Nao tinha sol para iluminar
Ou cheguei la a noite mesmo.
Rodei todo universo
Tava lindo
Acredite vi tudo isso
No sorisso de um mendigo
Vazio
Rostos conhecidos vão se tornando cada dia mais menos conhecidos. A ponto de na rua nem se conprimentarem. Rostos desconhecidos vão se tornando cada dia mais conhecidos . E o que pra mim era tudo se tronou meu nada deixando um vazio. E o que pra mim não era nada se tornou meu tudo e me preencheu.💬
Ontem eu te vi na rua,
mas na real não era você,
eram lembranças,
memórias que me fazem desabar.
Te vi passar com teu cabelo lisinho de pontas loiras,
lembrando de quando tentamos dançar,
de quando era eu e você
conversando aleatóriamente sobre a vida a viver
Eu queria te viver de novo,
sentir a minha alma em paz.
Eu queria poder voltar,
Linda, tu não sabe, não faz ideia do quão bem você me faz
Tivemos que partir, aconteceu.
Me sinto incompleto, eu não te vejo
e nem um último abraço eu te dei...
O tempo não volta mais
O tempo não volta atrás
Sinto minha alma em paz
Quando o meu corpo pra perto do teu você trás
Sou o primeiro escritor que, na história do mundo, se tornou slogan em protestos de rua. Depois disso, querer uma vaguinha em ministério seria humilhação.
Também fui louvado pelos gigantes e achincalhado pelos pigmeus -- Ives Gandra e Paulo Bundadelli, por exemplo -- o bastante para entender que minhas obras não são para qualquer zé-mané.
A elite que reclama do "incômodo" de ter população de rua nas suas calçadas é a mesma que cria condições para aumentar a pobreza e gerar milhões de pessoas morando na rua.
Passei na sua rua e vi o seu nome no muro
Não sei se eu escrevo o meu do lado ou se eu rasuro
Prometo que se o chão cair de novo eu te seguro
A flor que caiu
Porque o vento forçou
O sol encoberto
Porque a chuva chegou
A rua perdida
Porque o GPS desconectou...
Sou, sou tipo assim
Sou apenas os sonhos de mim
Que não deram certo,
Por desistência talvez...
Sou os versos que escrevo,
E só eu
Posso mudar a realidade
Pra te ver,
Ou te esquecer de vez.
Na rua,
um barbudo me deu ódio
Ele nem
me via.
- Qualé a sua?
Dei-lhe um tapa no bigode.
Pogonofobia
Fuzilamento sumário
Daqui observo uma rua
estrada, avenida, caminho;
sequência infinita de máquinas,
motores, motoristas, matadores,
funil escoante de dores e dúvidas.
No intervalo para o comercial
as futilidades, as inutilidades e o fuzil,
furioso fuzil ,
vingativo fuzil:
“morre nego safado, vagabundo!”
E oitenta vezes vomitou o fuzil
do Brasil,
fuzil verde amarelo
que cospe chumbo,
saudoso daqueles negros anos.
“Taí, pátria amada idolatrada;
sou teu filho,
patriota varonil
e um filho teu não foge à luta...”
Não, não, não; teu filho assassina!
Mata em teu nome,
pátria pútrida,
paródia mal feita;
torrão torto e torturante,
mata sob aplausos teus!
(da prosa poética de Luiz A. Vila Flor)
Mesa entulhada de trabalho, sons de vida na rua, o sol que insiste em brilhar e clarear os fios ruivos dos meus cabelos, e eu aqui... Sonhando em ser feliz.
Menina valente que mora na rua bem perto do mar
em troca de comida vende a sua força de trabalho
para um maldito empresário da banda de lá
quando sente calor vai até o mar se banhar
na hora do frio usa o tal crack pra se enrolar
pergunto o seu nome e logo descubro que é minha xará
Menina valente que mora na rua bem perto do mar
como você faz para sonhar?
E esse olhar de criança quem a ensinou preservar?
E o medo da solidão quem lhe abraçou para passar?
E nas suas quedas alguém um dia estendeu a mão?
Menina valente que mora na rua bem perto do mar
como o mundo insiste em lhe julgar apenas com um olhar?
longe, raso, apressado...
Que tudo vê mas não é capaz de lhe enxergar
Divide a sua história comigo menina valente
que mora na rua bem perto do mar
prometo que não vou lhe julgar
Não menina, eu não posso me calar
E nem a sua história naturalizar
A poesia às vezes nos faz sorrir
outras vezes nos faz chorar
Um dia menina valente que mora na rua bem perto do mar
espero lhe reencontrar e um final feliz para sua história poder contar
É por você, por mim, por nós e tantas outras que eu insisto em lutar
Anda tão perdida
De rolê na rua com suas amigas
Quando a noite começa seu juízo termina
Já se vingou de vários e foge de rotina
Mas não esquece um beijo meu
O amor que era seu
Não fala do passado
Mas seu quarto ainda lembra
Que era eu, o amor que era seu
Se beijar outra boca, eu saio de cena
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