Roda
A roda não para, em um compasso justo; um dia se vai, logo o outro vem. Assim, o tempo segue, e nós precisamos também, assim como o tempo, acontecer. Ou apenas ficamos olhando ele passar. VIVER É PRECISO! URGENTE.
Sinto-me, assim, como o hamster no jogo cósmico, perpetuamente girando em círculos na roda do tempo.
És o alquimista temporal, capaz de congelar instantes em meu peito, onde o acontecer persiste na quietude do ser.
Despertas, em mim, três encarnações desconhecidas: duas libertadoras, e uma, uma ruína de pensamentos, como um prédio desabado no universo da mente.
A vida é uma roda da fortuna.
Uma hora estamos no topo, noutra, nos rastejamos no chão.
Mas se tudo fosse linha reta, como reconheceríamos o sabor da vitória?
Como entenderíamos o que é força, se não fôssemos quebrados antes?
A verdade é que as quedas nos ensinam mais do que qualquer sucesso passageiro.
Elas nos moldam. Nos lapidam.
Nos obrigam a encarar quem realmente somos, sem filtros, sem maquiagem.
Ser humilde não tem nada a ver com dinheiro.
Tem a ver com postura diante da vida.
É saber reconhecer o próprio erro sem justificar,
é ter coragem de dizer “não sei” sem medo de parecer menor.
Porque ninguém é pequeno por ser honesto com o que ainda não aprendeu.
Pequeno é quem finge saber tudo por medo de ser humano.
Humildade é tratar o TODO como um só.
Sem dividir por crença, cor, classe ou ideologia.
É saber que sempre existirá alguém mais talentoso, mais sábio, mais preparado –
e ainda assim não se diminuir por isso.
Porque ser extraordinário começa quando você para de se comparar e começa a se assumir.
A vida tem fases. Tem pausas. Tem desertos.
E não dá pra pular nenhuma parte sem pagar o preço.
Então respire.
Sinta.
Caia.
Levante.
Experiencie.
A vitória não é o fim da dor.
É a consciência de que você passou por ela inteiro.
E isso sim… é grandioso.
Autoria: Diane Leite
Evite, a todo custo, ser uma pessoa altiva e arrogante. Estamos todos na mesma roda — ora por cima, ora por baixo. A vida gira para todos.
“Capoeiristas são almas gêmeas no jogo.
Na roda, pra sair o jogo perfeito, tem que ter intimidade, tem que ter amizade.
É troca de energia, é confiança no olhar,
É saber o tempo do outro e respeitar o gingado.
Porque capoeira não se joga sozinho — se constrói a dois, no ritmo do coração.”
Continuar na caminhada
Enquanto o tempo não para.
Os dias vão e vem
Como uma roda gigante
E em seus altos e baixos
Nos ensinam,
Nos deixam mais fortes
Em cada batalha vencida,
Em certas ocasiões
Lutamos contra nós mesmos.
Composição instrutor coco .
15/04/2025
Palmas Tocantins
Corrido)
Coco na roda de capoeira
É pra jogar, camarada, se não treina não entra não
Coco na roda de capoeira
É pra jogar, camarada, se não treina não entra não
(Refrão)
Pelo meu gingado cê pode ficar esperto
Pega a sua mochila e vai embora, vai dar certo
Volte pra sua cidade, vá se esconder de mim
Na roda de verdade, não tem lugar pra fim
(Coco na roda)
Coco balança, mas não cai no chão
Ginga ligeira, jogo de visão
Quem não treina, treme, perde a direção
Capoeira é arte, é luta, é oração
(Refrão)
Pelo meu gingado cê pode ficar esperto
Pega a sua mochila e vai embora, vai dar certo
Volte pra sua cidade, vá se esconder de mim
Na roda de verdade, não tem lugar pra fim
"O que parece fim… às vezes é só o destino reorganizando tudo.
A roda gira — e com ela, giram os ciclos, as pessoas, as verdades e os disfarces.
Nem tudo o que parte é perda. Tem coisas que saem do caminho pra dar espaço ao que faz sentido.
Senti medo.
Senti dor.
Senti um vazio que só quem já chorou em silêncio consegue entender.
Mas também senti força. Uma força que eu nem sabia que morava em mim.
Eu não esqueci o que foi bom.
Mas aprendi a lembrar sem me ferir.
Tem gente que foi parte da minha história — mas não merece o final dela.
A minha paz vale mais do que a insistência em algo que não me escolhe.
Hoje eu ando mais calado, mais seletivo, mais firme.
E mesmo nos dias escuros…
Eu confio: a roda vai girar de novo.
E dessa vez, é pra me colocar exatamente onde minha alma merece estar."
A roda girou. E levou com ela tudo aquilo que eu achava que controlava.
E por mais que tenha doído, eu deixei ir.
Entre noites mal dormidas e silêncios que gritavam,
eu percebi que o que me machucava…
não era só a ausência de quem foi.
Era a ausência de mim mesmo, tentando segurar o que não queria mais ficar.
Hoje, sou força contida.
Sou o homem que sangrou calado, mas escolheu levantar firme.
Deixei de buscar abrigo onde só havia tempestade.
E construí meu próprio teto, mesmo que só com os cacos que sobraram.
Agora, eu sigo.
Menos romântico, talvez.
Mas mais inteiro.
Mais real.
Mais imperador de mim
Maré Ancestral
O quilombo é mar aberto,
profundo e vivo
roda acesa de memórias, de tempos:
os ecos dos ancestrais ressoam,
guiando o povo
na maré da história
e da luta contínua que navega mesmo em tempestade.
Nas encruzilhadas das águas,
entre travessias, cantos e tambores,
seguem,
celebrando a vida,
a força do coletivo.
Você
Você, que dita o caminho
Do seu grande destino.
Você roda, roda, perdido, igual a um moinho.
Você fala, fala como se fosse mais um amigo,
Mas, no fundo, você só quer
Mais um abrigo qualquer.
Todos temos nossos demônios,
E, com isso, não temos nada a fazer.
Temos, sim — mas não sei...
Quando o dia nascer, cor ancestral,
Você vai ver que nada é real.
Essa semana não posso andar demais,
Não posso amar, porque sempre ando.
Sempre que puder, vou tentar escrever
Algo assim, só pra você ter.
Somos todos irmãos, não importa a religião,
Mas há algumas que não têm respeito:
Quase sempre buscam defeito onde não há,
Vivem achando que estão sãs.
Mas é noite, e Deus ama a todos.
Está a assistir seu episódio novo,
Assinando sua vida
Em seu sofá,
Nada para falar,
Com sua pipoca ao lado,
Talvez já estamos condenados.
Roda de Tereré.
Sob o sol abrasador da fronteira, onde o Brasil e o Paraguai se encontram como irmãos, o tereré é mais que um simples mate frio. Ele é o fio que tece a identidade de um povo miscigenado, de terras que trocam palavras em português e guarani sem que se perceba a mudança. Em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades separadas apenas por uma rua, o tereré percorre mãos calejadas, histórias antigas e lendas que se misturam à realidade.
A erva-mate, nativa dessas terras, carrega consigo memórias de tempos que já foram. Conta-se que os antigos povos guaranis a consideravam um presente dos deuses, capaz de restaurar forças e aproximar amigos. E assim permaneceu, atravessando séculos e chegando às rodas de conversa onde os brasiguaios se reúnem para contar causos. Entre goles da bebida refrescante, misturada aos yuyos colhidos no mercado vizinho, passam-se os relatos de tempos difíceis, de conquistas, de saudades e de esperanças.
Aqui, a fronteira é apenas um detalhe geográfico. São países diferentes, mas os mesmos costumes, os mesmos rostos, as mesmas risadas ecoando entre as ruas. A vida pulsa com um ritmo próprio, onde cada encontro é celebrado com um tereré compartilhado. Porque na alma dessas terras, não há divisões que resistam a uma roda de conversa regada a erva-mate e memórias que constroem um povo.
A roda-gigante e a montanha-russa não estão num parque de diversão por acaso, mas pra nos ensinar que, mesmo no sobe e desce do dia a dia e nos altos e baixos da vida, é preciso se divertir.
Inovação consiste em não reinventar a roda, mas em enfocar-se para modernizar a estrutura e os processos que visam proporcionar melhores experiências buscando resolver os problemas já conhecidos.
