Rio
Um Rio, É Bem Mais Lento Que Minha Passagem Pela Terra, Mais Continuarei A Me Desviar Das Pedras E Seguirei Meu Rumo...
o-olhar-de-helena
Ao longe, ao luar,
No rio uma vela
Serena a passar,
Que é que me revela?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.
Que angústia me enlaça?
Que amor não se explica?
É a vela que passa
Na noite que fica.
__Fernando Pessoa, in Cancioneiro, 5-08-1921
MAGIA
CAMINHANDO NA FLORESTA,LOGO AVISTE AO LONGINCUO A CLARREIRA DO OUTRO LADO, O MAIS BELO RIO, COM SUAS AGUAS TRANSPARENTE, A MARGEM AS ARVORES FORTES E VERDES ME DESLUMBREI COM TAMANHA BELEZA,NO CREPUSCULO JÁ VINHA A CAIR, O EXUBERANTE LUAR A CAIR NAS AGUAS QUE BRILHAVAM , A MAGIA DO VENTO BALANÇANDO OS GALHOS DAS ARVORES, HÁ OS PASSAROS A CANTAR. LA NO HORIZONTE O CEU NO SEU AZUL BRILHANTE , AH MAGIA NO AR , O ENCANTO DA VIDA FLUIR NOS MEU OLHOS, CONTINUA A MAIS DOCE BRILHANTE MAGIA ,DA NATUREZA COMO E EXPLENDOROSO A PAISSAGEM QUE ENCANTA!
Licia madeira
Eu quero, assim como um rio encontra o mar, me desaguar em você. Mas não me prometa o mar se não puder me dá-lo, nem me deixe mergulhar se o seu coração estiver raso demais...
O Amazonas é o meu rio e por ser o meu caminho ele é o meu rei.Rei manso, rei raivoso entre os remansos e os redemoinhos, galhos e espinhos, braços empossados e tarumãzinhos, segredos e mistérios do filho rio que toda Grande Mãe da Água, tem.
AMBROZIO, REI DOS QUILOMBOS DO RIO GRANDE
Pés descalços que levantam a poeira na estrada de chão batido
Vaga sem rumo no poente da terra seca pelo serrado da solidão
Fugiu das chibatas do cativeiro em busca de nova estadia
Quilombola tentará na fugidia rota do capital do mato que o perseguia
Derrama pelo caminho o sangue de sua raça agrilhoada na senzala
Seus pés descalços, suas costas riscadas, suas mãos rachadas
Seu coração chora pelos que deixou abandonados na clausura
Preferiu o risco da morte ao jugo da servidão a que fora obrigado
Seu ímpeto de liberdade era maior que a tirania de seu dono
Vagou por léguas sentindo fome, frio, medo, mas tomou cuidado
Nas noites estreladas se entregava aos sonhos em leve sono
Nas manhas seus olhos radiavam a esperança de encontrar socorro
Mas este não vindo, criou ele mesmo o abrigo que a outros oferecia
Nas margens do Rio Grande ergueu seu reino africano de solidariedade
Fugiu, deixou saudade irremediáveis, mas abrigou milhares em seu congado
A liberdade, ainda que tardia, não alcançou o seu terreiro protetor
A maldade dos brancos o alcançou, e em poucos dias seu reinado dizimou
Jaz na memória esquecida dos que vieram depois dele, virou lenda
Sofreu uma vida de crueldades, e hoje, retribui com amor o mau que o matou.
Nossas lembranças podem nos remeter, as pedras da beira de um rio calmo, as areias quentes do deserto ou para debaixo de uma arvore com a copa grande que nos oferece a sombra ... enfim ... nossa lembrança vai ser precisa não só daquilo que deixou nosso coração em euforia mas também daquilo que o deixou desgostoso, cabe a nós escolher aquilo que sua mente quer evocar.
O Moço e o Velho Chico
- O moço admirou, o moço pulou, o moço mergulhou.
- O rio se encantou pela beleza, pelo sorriso, pelo talento e pela simplicidade do moço.
- O rio quis ficar com o moço, queria que ele virasse seu protetor, um Santo protetor da sua imensidão.
- O moço parecia não entender nada e ficou sem reação. O moço nadou, o moço paralisou, o moço nunca mais voltou.
- O moço deixou saudade e com ela lágrimas que juntas formam uma correnteza de falta e tristeza.
- O velho Chico levou o moço e com ele um pedaço de cada um de nós.
(Laíza Xavier 19/09/16)
Descansa em Paz Domingos Montagner!
"Eu te amo
Já perdir as contas
De quanto gritei
Hoje só rio
Pois muito vacilei
Hoje vejo nada valeu
E eu só me enganei
Amor nunca foi
Dificilmente será um dia
Pois tudo é dor
Nada mais "
Baile Lunar
Estrelas brilhando no céu, a lua estava linda, refletia no rio, e dançava com as águas, a menina que estava ali perto ficou impressionada.
A noite se cobriu com a garoa, deixando-a iluminada com a luz do luar e a menina falou a esmo:'Como eu queria dançar com vocês'.
A menina se atirou no lago,
A lua com pena da menina lhe convidou para dançar.
E assim a menina ficara feliz por ter sido convidada, e desde então dançara eternamente.
Oxossi mandou chamar
A nega do rio tá lá
Me traga aqui o bebê
Que eu tenho o que dar de comer
Oxossi mandou dizer
Nem todos há de benzer
Quem não dança com fé o luar
Quem se fantasia de seu Orixá
A palavra dos setes facas
Tá prometida na encrusilhada
Despeje no rio ou no mar
Toda doença que você for pensar
Uma vela vermelha pra amarrar
Um esquilo no lombo do burro faz calmar
Senhor Lázaro te espera
Bota pra fora o que desespera
Iansã se apresentou
Como aquela que penera
Tudo quanto é incerteza nas areias da tua natureza
Iansã me disse outra vez
Não é a mãe de quem tú esperas
Ela é mais uma Maria
Da qual o nome te faz compania
Cuidado com tuas palavras
Estão cheias de homens mortos
Que com certeza vão te encontrar assim que você repousar
Quando o Rio Grande amanhece nasce também a poesia, nos pampas do meu Rio Grande tem quem recite um gigante.
Existe um rio
Aqui, existe um rio de águas tranqüilas.
Este rio é um mistério no cemitério, ninguém teve idéia de onde ele surgiu.
Eu, o olho de uma forma que não consigo enxergar meu reflexo sobre ele.
Sinto muito frio, muito frio mesmo.
Tanto frio que penso em estar no inferno congelando.
Posso apostar que nenhuma alma chegou a este lugar antes.
Este é um lindo lugar de águas escuras.
É tão sombrio que vejo rostos me olhando no fundo deste rio.
Na verdade, quero deitar-me nos braços (as margens) dessas águas e não mais acordar, porque é lindo estar aqui.
Sei que não posso beber desta água, pode ser muito salgada.
Pretendo admirá-la.
De repente, as águas começaram a secar e aquele rio frio morrendo, morrendo e morrendo.
Então, percebi que não era o rio que estava morrendo mas, sim minhas lágrimas. Minhas pálpebras que começaram a doer e minhas lagrimas não demonstraram tristeza.
Meus sentimentos estão fracos por estar aqui.
Este lugar não demonstra nada para mim.
Em um mundo tão grande, o tédio é maior ainda.
Vá..
siga em frente,
atravesse a ponte,
a felicidade pode estar
na outra margem do rio.
Se você não atravessar,
não irá alcançar!
Drasticamente, correntezas destruíram o leito da minha alma. Agora, restam apenas convergências, rios menores que desaguam num belo jardim.
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