Rio
"A Chuva que Trouxe Você"
O Rio de Janeiro acordou coberto por um véu de nuvens cinzentas. A chuva fina, persistente, descia sem pressa, transformando as calçadas em espelhos que refletiam os contornos da cidade. Era um dia que parecia pedir café quente, janelas embaçadas e histórias para contar. Foi assim, entre pingos e esquivas, que Clara e Mateus se encontraram — ou reencontraram — na esquina da Rua do Ouvidor, no Centro.
Clara, de guarda-chuva vermelho desbotado e tênis encharcados, corria para escapar do aguaceiro quando tropeçou em uma poça. A bolsa escorregou de seu ombro, derramando livros e um caderno de esboços no asfalto. Antes que pudesse se lamentar, uma mão firme apareceu em seu campo de visão.
— Deixa eu ajudar — disse o dono da mão, um rapaz de cabelos cacheados e óculos respingados de chuva. Ele usava um casaco azul-claro, já manchado pela umidade, e um sorriso que parecia desafiar o tempo ruim.
Ela o reconheceu na hora. Mateus. Aquele colega de faculdade que sempre sentava no fundo da sala, desenhando nos cantos das folhas durante as aulas. Nunca haviam trocado mais que um "bom dia" tímido.
— Você... faz Arquitetura, né? — perguntou Clara, recolhendo um livro sobre Gaudí que ele entregou.
— E você desenha melhor do que qualquer um do curso — respondeu ele, apontando para o caderno aberto no chão, onde um esboço do Bondinho de Santa Teresa dominava a página.
A chuva insistia, mas eles pararam no meio da calçada, rindo da situação. Mateus sugeriu um café ali perto, no Largo das Artes, e ela aceitou antes mesmo que ele oferecesse dividir o guarda-chuva.
O lugar era pequeno, cheio de mesas de madeira riscada e o cheiro do expresso fresco. Enquanto secavam as mangas, a conversa fluiu como a água escorrendo pelas vidraças. Descobriram que ambos tinham o hábito de caminhar pela cidade nos dias chuvosos, colecionando detalhes invisíveis sob o sol: grafites escondidos em becos, o brilho das pedras portuguesas molhadas, o silêncio incomum da Praça XV.
— Acho que te vi uma vez desenhando no VLT — confessou Clara.
— Era eu! — ele riu, surpreso. — Você passou correndo com um casaco amarelo. Até tentei te chamar, mas o bonde fechou a porta.
O tempo lá fora parecia ter parado, assim como o relógio dentro do café. Quando perceberam, já era tarde, e a chuva diminuíra para um mormaço. Mateus acompanhou Clara até o ponto de ônibus, sob o guarda-chuva agora compartilhado sem cerimônia.
— A gente podia... fazer isso de novo — ele sugeriu, as pontas dos dedos roçando os dela ao devolver o caderno.
— Ficar encharcado e perder o ônibus? — ela brincou, mas seus olhos não disfarçavam a esperança.
— Não. Descobrir o Rio devagar, como se fosse a primeira vez.
Quando o ônibus chegou, Clara subiu os degraus sem saber se o calor no rosto vinha do café ou do aperto de mão prolongado que deixaram para trás. Na janela, viu Mateus acenando, até que a neblina e o trânsito o levaram para fora de sua vista.
Naquela noite, enquanto a cidade secava sob um céu estrelado, Clara abriu o caderno. Na última página, um desenho novo: ela, de guarda-chuva vermelho, sorrindo sob a chuva do Rio. E no canto, um número de telefone e uma frase: "Amanhã promete sol. Mas podemos torcer por outra tempestade."
Solitude
Abracei-me ao passarinho
Com coração ao caos
Meus olhos pareciam rio
Nem sonhos me fizeram ficar
A liberdade do vento
nos meus cabelos
Me deu uma doce paz
O silêncio me compreende
Como ninguém jamais
É por isso que às vezes recolho-me
Pois é nessa solitude,
que eu consigo me encontrar
Percebi que no meio do deserto,
posso me reinventar
Mudas em silêncio florescem
E assim voltam a colorir o universo
Eu só tinha fé e isso foi o suficiente
Eu tenho a manha de acender o sol
Quando meu mundo escurece
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 18/12/2020 às 00:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Filha linda
Ó minha filha, o caminho sempre tem curvas e espinhos. Mas também tem banho de rio, café quentinho e colo de mãe.
Aproveite, sorria mais, pule, grite alto, dance, mas chore baixinho, não deixe a felicidade perceber sua lágrima.
Desenhe branco e preto, mas enxergue colorido.
Estude, trabalhe, namore, mas viaje quando puder.
Seja a mulher madura, mas não esqueça da menina que anda descalça.
Compre o carro dos sonhos, ande com os amigos, mas nunca esqueça que enquanto eu puder, estarei a te esperar.
O amor de pai e mãe, é o único que nunca vai te abandonar!
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Especial para minha filha
Todos os direitos autorais reservados 19/102021 às 12:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Eu sou o rio que flui contra a maré,
eu sou a semente que brota no asfalto,
eu sou o verso que o vento não cala,
eu sou o eco que ressoa no silêncio.
A rachadura na terra faz o rio passar maior. A rachadura na parede faz a luz entrar melhor. A rachadura no meu peito fez mais ar se infiltrar. A rachadura não merece a minha gratidão, mas merece o meu a p r o v e i t a r.
Energia radiante
O pôr do Sol no horizonte de um rio ou no mar é um espetáculo que mexe com as emoções no fundo da alma
O espelho na água a refletir um esplendoroso encontro entre a luz e a água revigorando os sentimentos a cada entardecer
Ao anoitecer um outro espetáculo da vida nos contempla com o brilho das Estrelas e da Lua
No dia seguinte o Sol chega de mansinho no final da madrugada
Trazendo a esperança de um dia radiante de alegria
Para mostrar que nada é impossível
Quando esta energia radiante brilha dentro de nós.
O tempo é como as águas de um Rio, que passa silenciosamente até chegar ao encontro com o oceano, onde revelara o segredo da vida...
Da nascente ao encontro com o oceano o Rio nos oferece todos os dias lições de humildade, perseverança, paciência e a habilidade em contornar os obstáculos.
Nas águas deste Rio esplendoroso e encantador através dos meus pensamentos, faço minhas confidências que serão levadas ao Mar...
Rio Negro!
Admiração, respeito e contemplação
Estes são os sentimentos no encontro com o Rio Negro.
Em pensamento converso com esta maravilha da natureza.
Minhas perguntas são respondidas através do banzeiro, que leva as águas a espraiar nesta areia branca e macia.
O Ciclo das águas
Nascendo como simples riacho na neve
Este Rio desce silenciosamente
Em suas águas há um encanto
De uma beleza natural harmônica e única
Estar diante dele é sublime
Os pensamentos entram em conexão com a natureza
Através de um magnetismo que inspira esperança e fé
Em sua trajetória percorre vasta planície
Até chegar ao encontro das águas
Onde duas forças naturais lado a lado
Se transformam no maior Rio do planeta
Seguindo em frente de forma esplendorosa
Até derramar-se no Mar
Quando o Sol aquece os oceanos
Suas águas se evaporam
As correntes de ventos espalham este vapor que se transforma em nuvens
Que se condensa em gotas de água que cai em forma de chuva, gelo ou neve.
A água de um riacho ou de um rio não cria obstáculos, simplesmente os contorna, até chegar ao encontro das águas se tornando um poderoso Rio, indo ao grande encontro com o oceano.
Às vezes basta simplesmente sentir uma brisa no rosto e ver o esplendor de um rio mostrando o caminho para o encontro com o mar, para entendermos o quanto é sublime viver.
Água do rio é vida, força, sabedoria, liberdade, que não enfrenta obstáculo, que caça jeito correndo entre pedras, formando cachoeiras, seguindo em silêncio, até chegar ao seu objetivo no encontro com o mar...
Um encontro perfeito!
Rio que encanta e seduz, passeias por onde andei: São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e lugares fantásticos, com um arquipélago no seu leito e uma floresta maravilhosa, próximo de montanhas e cachoeiras, até chegar ao encontro perfeito com outra grande força da natureza, tendo Manaus como sua cúmplice.
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