Richard Dawkins
Há algo de infantil na ideia de que outra pessoa tem a responsabilidade de dar objetivo e sentido a sua vida
Na verdade, organizar ateus já foi comparado a arrebanhar gatos, porque eles tendem a pensar de forma independente e não se adaptar à autoridade [...] Embora não formem um rebanho, gatos em número suficiente podem fazer bastante barulho e não ser ignorados".
Todos vamos morrer, e é isso que nos torna pessoas de sorte. Existe uma imensa maioria que nunca vai morrer, pois nunca vai nascer. As pessoas que em potencial poderiam estar no meu lugar, mas que nunca verão a luz do dia, superam em número os grãos de areia do Saara. Entre esses fantasmas com certeza há poetas superiores a Keats. E cientistas superiores a Newton. Disso sabemos porque o conjunto de pessoas possíveis que nosso DNA permite supera maciçamente o número de pessoas que existem. A despeito dessa probabilidade chocante, somos você e eu, em toda nossa banalidade, que aqui estamos
Escapar a morte é coisa trabalhosa. Abandonado a si mesmo _ como acontece quando morre _, o corpo tende a regressar a um estado de equilíbrio com seu ambiente.
Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. Afinal a maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem cientistas maiores que Newton, Einstein e Hawking. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto das pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos você e eu, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos.
A loteria começa antes de sermos concebidos. Os seus pais tiveram de se encontrar, e a concepção de cada um deles foi tão improvável quanto a sua. E assim por diante, o mesmo tendo acontecido com seus quatro avós e oito bisavós, até gerações que o pensamento já não consegue alcançar.
Nós, uns poucos privilegiados que ganharam na loteria do nascimento, contrariando todas as probabilidades, como nos atrevemos a choramingar por causa do retorno inevitável àquele estado anterior, do qual a enorme maioria jamais nem saiu?
Nós vamos morrer, e isto nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que Keats, cientistas maiores que Newton. Sabemos disso porque o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o conjunto das pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos você e eu, com toda a nossa banalidade, que estamos aqui.
Não existe refutação da evolução darwiniana. Se uma refutação fosse confirmada, ela viria de um cientista, e não de um idiota.
"Que consideração de Deus em arranjar as coisas de modo que, onde quer que você nasça, a religião local sempre seja a verdadeira."
O universo que observamos tem precisamente as propriedades que deveríamos esperar se, no fundo, não houvesse nenhum projeto, nenhum propósito, nenhum mal, nenhum bem, nada além de indiferença implacável.