Retrato de Velho

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Computador velho, não aceita programa novo, mentes atrofiadas, não nunca verá a realidade.

LAURA
Era manha de domingo
Acordei cedo fui lê aquele velho livro ao som das águas do mar
Sempre lhe via passar, caminhando no calçadão de forma espojada, mas parecia estar com o raciocínio trabalhando constantemente... Passava ali naquele mesmo horário todos os dias eu já não ia, mas para lê e sim vê-la.
Nesse dia foi diferente
Hoje o livro por algum motivo que eu não me lembro qual, estava mais interessante por isso passei a prestar menos atenção, já que meus olhares diários não eram correspondidos
Até que ouvi um suntuoso: bom dia!
Escutei aquela voz que ousava me interromper na minha leitura diária e respondi: _ Bom dia!
Quando olho aquela menina, mulher de perto, estávamos tão próximas que meus sentidos ficaram atordoas diante daquela presença a qual desejava há tanto tempo ao meu lado
Seu olhar finalmente correspondeu ao meu e foi de uma intensidade inexplicável que me dizia mais do que ela mesma podia imaginar, me sorria de forma faceira e intrigante sabia o que causava em mim.
Os meus pensamentos todos os dias lhe deu um nome diferente, era ora de desvendar esse mistério
Então, quebrei o silêncio: qual o seu nome?
Sem desviar o olhar ela respondeu: LAURA
Oh! Laura foi assim que te conheci
Admirei-te tanto e por um tempo que será indeterminado
Laura me perdoe pela despedida que é tão dolorosa, mas é necessária
Não sei ser de uma só pessoa por muito tempo
Não me julgue! Te peço não me julgue
Não sabes a dor que é ser do jeito que sou
Laura, que nome lindo e como tu és bela
Me encanto toda vez que você sorrir pra mim dessa forma
LAURA: “_Você partiu meu coração!”
Não diga isso, quando te conheci não sabias o que era o amor
Hoje tens amor de sobra dentro de te
Hoje é por mim
Amanha será por outra pessoa
Minha queria não é o fim
Depois verás que não é o fim
Há muito mais lá fora do que podes imaginar
Te dei só um aperitivo
Agora vai e descobre onde estar tua sobremesa.

Chinelo Velho

Quem nunca se perguntou se existe o felizes para sempre, ou se almas gêmeas se encontram, ou até mesmo onde está sua alma gêmea para viverem felizes para sempre.
É sabido que não existe uma pessoa feita para outa, mas sim aquela que te faça feliz independente das diferenças, dos defeitos. Pessoa perfeita não existe, existe aquela que sonhamos e idealizamos que julgamos que seria a nossa metade.
Todos buscam a felicidade, e muitas vezes projetamos a idealização dela naquela pessoa que chegaria e mudaria nossa vida de ponta a cabeça. É normal termos esses tipos de devaneios, mas, o medo e a racionalidade mantêm nossos pés no chão.
Já que a sombra de relacionamentos anteriores, o medo de compromisso entre outros freiam nossos sentimentos.
A vida é cheia de surpresas não devemos criar expectativas, e sim, aproveitar as oportunidades ao lado não daquele príncipe encantado, mas sim, ao lado daquele chinelo velho que as vezes pode estar ao nosso lado e não percebemos!

OUTRA VEZ

O velho sentado aporta pergunta por que a ingratidão de um coração promove a dor daqueles que sabem o que é o perdão, ele vê o sentido da toda sua vida perdido, quando nos seus pensamentos vê que os dias que ele passa sentado ali naquela calçada não diz respeito à maioria das proezas que por ele foram feitas.
Ele se pergunta pelo respeito, que só existe hoje, na sua maioria, na imposição da ignorância, e ele lembra-se de velhos tempos onde se amava para sempre, quando o amor era tratado com responsabilidade, e ele viu isso passar e se transformar na baderna dos casais do dia-a-dia.
Mais ele acredita que ainda existe gente que pensa como ele, que não deixa a malícia dos olhares nem a insegurança tomarem conta de se, ele lembra-se de cada momento difícil e deixa essas lembranças bem vivas para sempre se lembrar de onde veio e o que se tornou.
Quando sentares na calçada da sua vida lembre-se de que enquanto aplaudimos os palhaços da nossa vida a vida do palhaço também para ouvindo a ovação, nos libertar dessa passagem e seguir viagem é a realidade dura, que às vezes maltrata, existem fases na vida que podiam durar pra sempre.
Com a idade a dúvida aumenta e aquele velho cheio de respostas já sabe que ainda não aprendeu tudo, e que assim como a maioria das coisas tornou-se passado, ele sabe que tudo pode mudar, e apesar das idas e vindas ele ainda acredita que o amor é pra sempre.
Quando se deita e abraça um corpo que quente, o coração se aquece de ternura, os dias vão passando e a compaixão aumenta mais e mais, e o amor se completa, como a alma do poeta que cria e recria história a mão do tempo com o senhor dos destinos vai desenhando em nossas vidas as charges, as fotos, os quadros das passagens das cenas da vida real.
E na consciência de quem ama fica gravada as sensações de prazer relembradas através de palavras chaves que abrem as portas dos nossos sentimentos, a providência sublime acontece quando do lado de quem se ama se pode ter o prazer de sentar a frente de uma velha lareira em noites de inverno e olhar o passado das boas lembranças e rechear a vida de sonhos novos.
Às vezes se faz questão por tão pouca coisa, e destrói-se uma vida inteira por nada, o pior e fazer essa descoberta após tudo estar perdido, o que foi perdido não se recupera mais, o que foi dito não se apaga, um segundo depois de agora já é passado e não muda mais.
Mais importante que reconhecer a derrota e ser humilde o suficiente para perdoar o inimigo, e aprender com ele onde você falhou, a vida não acaba aqui, é mais fácil derrubar a casa e reconstruir que deixar que o teto desabe sobre sua cabeça.
Eu agradeço a você por me fazer diferente a cada dia e fazer a diferença pra mim, obrigado pela sinceridade e pelas verdades que me diz, pelo olhar compreensivo e pela força que me faz viver, obrigado por ser tão acolhedor, por segurar as minhas mãos quando meus joelhos e dobram, obrigado por você passar em frente a minha rua e por deixar a minha vida mais feliz, e obrigado por isso e por um milhão de motivos que me faz querer estar ao seu lado.

O VELHO E O MENINO.


Autor : Soélis Sanches


Era manhã, começava o raiar de um novo dia, resolvi ir até à janela do apartamento, e, então, eu vi um menino correndo pela calçada todo sorridente, seus pezinhos e suas mãozinhas encardidos pelas sujeiras eram sinais de que há muito tempo não viam um sabonete e uma água.

No aglomerado de pessoas entre aqueles arranha-céus, uns passavam pelos outros e nem notavam que aquele pequeno personagem infantil era um de nossos semelhantes.
Suas roupinhas maltrapilhas deixavam à mostra parte de suas necessidades, e as pessoas que o viam correr pela calçada feliz da vida pouco se importavam.

Mais adiante vi também um senhor barbudo, suas vestes estavam tanto quanto sujas ao da pequenina criança que corria pela calçada. Estava eu, na janela de meu apartamento observando aqueles dois personagens, e não enxergava mais nada além daquelas figuras, não conseguia ver a multidão que transitava pela rua, meus olhos apenas vislumbravam o velho e a criança.

Fiquei imaginando como dois seres que nada tinham podiam ser tão felizes. Também vi quando o garotinho estendeu suas mãozinhas imundas, e pediu a um transeunte que lhe desse uma moeda. O homem abanou as mãos em atitude de reprovação, e ameaçou ainda, a jovem criança.

Da mesma forma, ao passar diante do velho barbudo e maltrapilho fez novamente ameaças ao ouvir o pedinte suplicar-lhe por uma moeda.
Meus olhos, por uns instantes se dirigiram à mesa que estava logo atrás de mim, e vi como o meu café da manhã era farto.

Resolvi colocar em uma sacola algumas fatias de pão com manteiga.
Na geladeira, servi-me de algumas frutas também, e decididamente, saí à rua para levar aquele pouco para o velho senhor e a pequenina criança.

Entreguei as frutas e as fatias de pão, ao velho e à criança, que avidamente se apoderaram e os devoraram com um apetite voraz.
Suas alegrias eram tantas que não sabiam como me agradecer.
Nunca em toda a minha vida me senti tão feliz e realizado como naquele momento.

Todo o meu interior era felicidade pura !

Voltei ao apartamento, troquei de roupas e dirigi-me ao trabalho com a minha moto. Começava a chover, e em uma determinada curva do caminho perdi o controle e fui me chocar contra um poste, foi a única coisa que me lembro na vida. O resgate chegou imediatamente, e levaram-me para o hospital onde fiquei em coma por vários dias.

Então, duas figuras apareceram-me em visão, o velho maltrapilho e a pequenina criança, que sorrindo me falaram :
“Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20).
Embora inconsciente, percebi que estava diante de DEUS, imediatamente recuperei-me dos traumas do acidente e chamei pelos médicos.

Ficaram perplexos ao notarem como eu havia me recuperado, já que meu estado de saúde era crítico. Passei por uma bateria de exames e nada constataram, e, sem o que terem para explicar, me deram alta hospitalar.

Então compreendi, que DEUS atua em nossa vida de uma forma que nós não conseguimos enxergar, as vendas que colocamos nos olhos, quais sejam : da ambição, do orgulho, do preconceito e do desprezo, não nos permite ver além da materialidade e das aparências.

Não espere que DEUS venha rotulado de terno e gravata para te abençoar, Ele, certamente, retornará da forma mais humilde que possa imaginar.

A humildade diante de DEUS se estende aos nossos atos perante às pessoas com as quais convivemos.

É hoje, o dia da minha faxina mental!
O velho e grande baú, estava mesmo precisando de cuidados.

palavras mal ditas acaba destruindo um velho coração apaixonado

Jamais me esqueço que sonhei um dia
Que numa tarde quente de um janeiro
Um velho homem de expressões grosseiro
Uma carruagem pobre conduzia

Nessa carruagem muita carga havia
E o bicho que puxava não ligeiro
Trazia marcas em seu corpo inteiro
Pois que o seu dono tanto lhe batia.

Furiosa ao ver tal ato vergonhoso
Um fogo me subiu e, em tom honroso
Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça


“O mundo gira e, então, não perca o siso
“O mesmo fado provedor do riso
“Torná-lo pode um dia o que padeça”.

Ultimamente tenho vivido uma máxima: mais velho por óbvio, todavia quando me sinto mais fraco algo mais mais forte acontece.

NUNCA SOLTEI....
Sempre passeei com os meus três filhos quando eram pequenos, o mais velho, a do meio e a caçula...
Não sei se eles se lembram, mas pegava em suas mãos e caminhávamos aqui ou ali, tomar sorvete, comer pipoca... coisas assim que participamos com as crianças...
Mas eles crescem, ganham autonomia, governando suas vidas com os seus próprios meios.
O primeiro chega um dia já com os seus 18 é diz: "Pai to indo"
Aí eu aperto, bem apertado, sua mão a minha, ele solta, mas o meu aperto foi tão forte que minha mão ficou grudada a dele, nunca soltei... ainda que ele tenha ido....
Dali uns tempos chega a do meio, toda faceira e cantarola, dizendo, pai "vou casar", mais uma vez minha mão aperta com força a mãozinha dela... Mas nunca soltei, e sua mão ficou colada a minha....
Tempos depois, e tudo isso de maneira precoce, a caçula... Sai também do lado, e se vai longe para outro estado, mais uma vez, minha mão aperta forte a sua... expressando o meu coração choroso que insiste em afirmar aos três... NUNCA SOLTEI

Meu velho sempre me disse que as coisas boas vêm para aqueles que esperam.

Uma taça de vinho ouvindo Sapato Velho, é tudo de bom...
Hoje, não colho mais as flores de maio
nem sou mais veloz Como os heróis.
É talvez eu seja simplesmente como um pneu no arame, mas vai que ainda te possa socorrer...

Se quiser
Se quiser ser alguma coisa, se é para ser igual a alguma coisa então seja como o velho carvalho que repousa serenamente no topo da colina, despretensioso? Não, nem um pouco, tranquilo? Não, com certeza. Porém feliz com sua estrutura gigante e sua aparência bruta, seu tronco de casca grossa, vergado sobre o monte e mesmo sabendo do abismo que o cerca tem como suporte suas raízes retorcidas sob o solo e mesmo sabendo do vento que o empurra tem como base seus galhos que o envolve e sacrificam suas folhas cansadas e secas que outrora brilharam ao sol, se for para ser alguma coisa então seja gigante como o velho carvalho assim seus sonhos não realizados e os seus temores mais profundos não vão sumir, eles não somem, mas com certeza deixarão de fazer diferença

Eu sou muito velho para isso, sou muito velho para aquilo, acredite, você não é velho para nada. É engraçado, pois dizemos que somos velhos, mas no fim não sabemos quanto tempo ainda temos para viver e para sonhar. Uma pessoa de 60 anos pode ter 10 anos de vida, enquanto uma pessoa de 20 anos pode ter 1 dia, por isso é importante nunca deixar de dizer o que sente, não deixe nada guardado para si mesmo, cada palavra não dita é uma palavra perdida, então se entregue, fale, grite, expresse todo esse sentimento que está dentro de você querendo gritar, afinal tudo é passageiro, mas já que é passageiro, tente sentar na janela pelo menos.

Não de credibilidade à quem te chamar de velho(a), feio(a), gordo(a), magro(a) enfim...
pois na realidade é pura inveja, de quem gostaria de ser como você.

A realeza de uma boa vida
Esta na maneira que você toma as decisões
O Novo causa medo
O Velho traz angustias e estagnação
Vença o medo
Atropele as angustias e estagnação
Movimente-se em frente assumindo os riscos
Do que vale uma vida sem emoção...

Dicas para uma vida feliz...
Ser o filho mais velho não quer dizer que você é o mais "antigo" e sim alguém que partilhou todas as experiências do mundo, são estas experiências que define duas coisas importantes dentro de nós:
o caráter e a lealdade!
Você precisa dos dois para prosseguir a longa jornada da vida.
Exemplo: você tem uma namorada, para fazê-la feliz você precisa primeiramente ter o caráter de conquista-lá e a lealdade de trocar palavras de uma noite do que um soneto de uma vida inteira.
Amar é como ter uma fonte inesgotável dentro de você, e cada gota dessa fonte são pontos de esperança para prosseguirmos nossas vidas para sempre juntos!
Obs: hoje e sempre devemos pensar em cada passo que damos na vida, devemos sempre seguir em frente, por que não existe o fim, tudo será um eterno recomeço no dia seguinte, nunca desista, troque a noite mais turbulenta de sua vida pelo mais lindo amanhecer de sua existência [...]
e no fim de tudo, quais coisas que eu lhe falei darão certo!

O cajueiro

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.

Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.

O homem sentado não disse muito, porém, o que disse calou ao coração de todos.
''Sou um velho bebendo. O único momento em que não estou bebendo é quando estou bêbado. Quer outro resumo de como levar a vida?'' E saiu...

Já temi correr o risco
De morrer de velho
Sem ter vivido o bastante,
Mas entendi que a vida
Não é depois nem foi antes.

A vida não dura pra sempre, é durante.

Allan Dias Castro
COEN, Monja; CASTRO, Allan Dias. A Monja e o Poeta. Rio de Janeiro: Sextante, 2021.

Nota: Trecho do poema Só por Hoje.

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