Relógio Parado
Eu esqueço o passado
Abraçando o presente.
Vou em frente
Não fico parado.
O dia é um mistério
Cheio de adversidades
Com mentiras e verdades
Escritas nas nossas histórias,
Sempre buscando protagonizar o bem
E derramar amor
Por onde passar...
Em qualquer situação, sempre há alguém produzindo, alguém parado e alguém criticando. Qual desses é você?
Quando éramos jovens, no quarto abraçados, ficávamos,
No tempo parado, os sonhos criávamos.
No sol mais forte, você adormecia,
E ao seu lado, meu coração sorria.
Seu quarto era meu abrigo, meu porto seguro,
Um mundo pequeno, mas cheio de tudo.
Com amor, a gente despertava,
Cada dia, uma história que encantava.
A vida era leve, sem dor nem temores,
Apenas risadas, carinhos e amores.
Mas o tempo passou, levou nossa paz,
A vida adulta corre e não volta atrás.
Aindame lembro, com doce saudade,
Daqueles momentos de pura verdade.
Título: Escrevi à mão.
A menina mais linda, o olhar encantado,
Mas meu coração? Andava parado.
Até que um dia, sem me segurar,
Falei pro amigo: "A olho sem parar..."
Ele riu na hora, nem quis escutar:
"Isso é paixão, não dá pra negar!"
"Que nada, rapaz! Deixa de inventar!"
Mas ele insistiu, rindo sem dó,
"Se gosta, confessa! Não seja um bocó!"
Coragem? Passei bem longe então...
Só me restou escrever à mão.
"Serás minha? Sim ou não?"
Dobrei o papel, tentei disfarçar,
Deixei na mesa, saí sem olhar.
Mas quando vi, lá estava o "sim",
O mundo girou, quase teve um fim!
Fiquei tão bobo, nem sei explicar,
Só quis gritar e sair pra dançar!
E hoje eu rio, lembrando então,
Da minha primeira grande lição:
Que às vezes o medo atrasa a paixão,
Mas tudo se resolve num bilhete à mão!
Dinheiro parado é dinheiro sem propósito. Quando você faz ele circular ajudando, comprando, investindo e apoiando aqueles que precisam, ele retorna para você em dobro. A chave da riqueza não está em segurar, mas em multiplicar através do compartilhamento e da colaboração.
O tempo é algo tão relativo. Seguindo o raciocínio de Einstein: "Para um corpo parado, o tempo corre com velocidade máxima. Mas quando o corpo começa a se movimentar e ganha velocidade na dimensão do espaço, a velocidade do tempo diminui para ele, passando mais devagar. Ou seja, quanto mais rápido o corpo se move, mais devagar o tempo passa". E me pergunto se tal afirmação também se aplica ao coração humano, pois você se foi há três meses, são 90 dias, 12 semanas, 2.160 horas; 129.600 minutos; 7.776.000 segundos. Olhando assim, parece muito tempo haha, mas eu ainda me lembro perfeitamente do aroma do seu perfume, da sua risada, da sua voz, das suas músicas favoritas, das suas comidas prediletas, e ainda me recordo de quanto amava estar contigo. Percebo, então, que o tempo é de fato relativo em todos os sentidos, pois enquanto estamos em movimento nulo, tudo permanece igual e estável, mas basta um olhar, uma mensagem, um pensamento, para mudar a trajetória e o tempo em si! O dilema é que eu não quero parar, eu continuo acelerando mais e mais, em uma tentativa desesperada de deter o tempo! Mas tudo é em vão, pois você colocou o pé no freio e parou. Agora eu corro sozinho.
O Velho guarda-roupa
Após muitos anos parado, não apenas parado, diria até que estagnado no mesmo lugar, o velho guarda-roupa começava a ter um novo propósito, ele iria pra outro lugar, seria mais útil no novo do que onde está.
Desmonta-lo até deu um certo trabalho, mas era necessário para recomeçar.
Peça, por peça, tirando tudo do lugar, com tanta poeira ele está! mas até que o velho guarda-roupa útil ainda será.
Chegando no novo, dias, o velho guarda-roupa ficou parado antes de alguém o mesmo montar, novamente poeira estava à acumular.
Belo dia, ao acordar, pensando, o que mais esperar? esse velho guarda-roupa eu mesmo irei montar.
Mesmo achando que conhecia o velho guarda-roupa, imaginava que conseguiria de primeira e rápido colocar todas as peças no lugar, mas essa não seria a realidade para o velho guarda-roupa montar, só sabia de uma coisa, de baixo para cima deveria começar.
Colocando primeiro a peça a base, depois as laterais para firme começar ficar, na terceira peça, ops, isso está errado, deixa eu refazer, deixa eu recomeçar… refiz, agora está dando certo!
Peça por peça, o velho guarda-roupa o seu formato começou ganhar.
Coisas foram caindo, no decorrer do mesmo que estou a montar,
Sem manual ou instruções, como irei saber se certo está?
Vou insistir, esse velho guarda-roupa irei colocar no lugar.
Sorte eu estar com um parafusadora para me ajudar.
Mas caraca, esse velho guarda-roupa quanto trabalho está à me dar.
A chave de fendas a cair, aí… doeu, acertou meu pé, mas tão pouco parei para me lamentar, esse velho guarda-roupa precisava terminar de montar.
Quando me dei conta, sangrou, poderia até parar, novamente estagnar, mas continuei insistindo no velho guarda-roupa que eu estava a montar.
Foi me dando fome, tédio e cansaço, já estava horas sem parar… já estava confuso com peças colocadas e tiradas do lugar, pois um velho guarda-roupa, sem instruções não é tão simples montar.
Parei, me alimentei, respirei…
opa!
Vamos continuar…
O velho guarda-roupa, eu irei conseguir montar, foi-se ficando mais fácil, no decorrer do insistir, no decorrer do tentar, até porque sozinho, um guarda-roupa, nunca estive a montar.
Hora de colocar o fundo, para as roupas que ali irão entrar para trás não cair e ficar, ficou meio torto, deu errado, desfazer, refazer, vamos lá!
Estou quase finalizando o velho guarda-roupa que eu irei utilizar.
Para finalizar, a parte de cima que faltava, para finalmente terminar, pensei precisar de ajudar para acabar, mas tentei… Sozinho mais uma vez, sem desanimar, percebi que de tudo sou capaz , basta tentar!
Por hora pensei que tudo fosse desabar, pois não sabia um velho guarda-roupa montar.
Por fim, o Velho guarda-roupa está no seu devido lugar, montado, meio bambo, torto talvez, mas agora basta ele limpar.
Sobraram algumas peças, faltaram algumas outras também, ficou meio bambo, mas só por isso eu deixaria de o velho guarda-roupa utilizar?
O Velho guarda-roupa é útil, meio bambo, meio torto, até mesmo após dor me causar, o velho guardar-roupa dele saberei muito bem aproveitar.
Esse texto não é apenas sobre um velho guarda-roupa.
IG @rafalopespereira
Rafael P. Lopes 09/04/2024
O ar não parece mais parado;
As flores continuam eternizadas;
O amor já é outro,
Meu calor já não posso sentir,
Meu olhar já não é confuso mais sim leve,
Olhar antigas coisas me lembra a baunilha,
Me olhar me traz confiança no futuro,
Te olhar me traz frieza, e tristeza acumuladas,
Lembrar de voce não me faz sentir mais nada,
Mais eu sei que confuso está,
Mais tarde você vai lembrar do passado
E vai sentir falta do que podia ter no futuro..
De: profundezas do mar da sua medíocre mente.
Saudade
.
Saudade, incompletude do ser,
A peça que falta,
Tempo suspenso, ponteiro parado,
Vazio com resignação,
.
Saudade, amor amordaçado,
Da feição na memória,
Peito despedaçado, sorriso lembrado,
Pranto não chorado,
.
De que serei digno?
Merecedor eterno,
Do sofrer calado, olhar desolado,
Sorrir inventado,
.
Voltar. Sonho acordado,
Florescer da alma,
Renascer apaixonado,
Reviver o amor mais amado,
.
Sentir, o beijo molhado,
Hálito trocado,
Do entranhar transpirado,
Pulsar indomado,
.
Curar, no ápice alcançado,
Êxtase dos corpos,
De coração aquietado,
Olhar cobiçado.
o corpo inerte
o sono
parado no tempo
sinto a força
que me leva adiante
o grito da alma
o despertar
seguir
sou retirado do poço
com Deus transformando a tristeza em alegria
e a dor em alívio.
Você está parado no presente (na rotina), pois carrega todo peso do passado e não tem forças para dar um simples passo para frente. O amanhã é cheio de possibilidades. Quebre essas correntes que só te permitem enxergar o já passou, abra os olhos para o futuro, para esperança, para mudança, enfim, para a vida, para sua vida!
Em um dia nublado na cidade de São Paulo, eu estava em um prédio alto, parado, olhando pela janela.
Depois de um bom tempo observando, comecei a ter lembranças do meu passado e de uma garota que conheci. Uma garota por quem eu tinha muito carinho. Ela era minha amiga, não era muito bonita, mas tinha algo que me agradava e cativava desde o momento em que nos conhecemos.
Eu sempre a procurava, tentava agradá-la, e fazíamos de tudo juntos. Com o tempo, percebi que tudo o que eu fazia parecia não ter importância, era como se fosse algo não natural ou até insignificante para ela. Isso até o momento em que ela começou a me desprezar e a me evitar.
Doeu perceber que nossa amizade não era mais a mesma. E doeu ainda mais vê-la se entregando, fazendo de tudo para agradar outro alguém, um desconhecido.
Enquanto olhava a cidade e lembrava dessa garota, comecei a perceber uma semelhança entre ela e a cidade de São Paulo.
Eu a vi se entregando a alguém que tirava o seu melhor, sua essência, sua inteligência e não deixava nada em troca.
Ela se tornou feliz e pobre, bela e vazia, maquiada e feia, enérgica e autoritária, tanto por dentro quanto por fora. Ela se entregou a alguém que não a valorizava e nada lhe devolvia.
Quanto à garota, nunca mais a vi. E fui mais feliz assim.
Quanto a essa cidade... um dia ela foi a minha cidade.
Sonho de Walecy - 12/12/2024 - 08:50
Eu estava parado, observando o horizonte, quando algo extraordinário aconteceu. Vi oito redemoinhos de fogo, enormes e ameaçadores, surgindo ao longe. Eles vinham em direção à casa, girando em uma dança caótica e devastadora. O céu parecia em chamas, e o som de suas labaredas cortava o ar como um aviso. Apesar do temor, senti alívio ao vê-los desviar, passando a cerca de 400 metros de distância.
Próximo à casa, havia muita água. Rios ou lagos refletiam as chamas dos redemoinhos, criando um contraste entre o fogo ameaçador e a calmaria da água. Mas, antes que pudesse relaxar, um deles, menor, surgiu repentinamente sobre o lugar onde eu estava.
Era um redemoinho de fogo isolado, dançando com uma força destrutiva que desafiava a lógica. O calor começou a crescer, e, alertado por um instinto de sobrevivência, corri e me escondi dentro de um guarda-roupa. Ali, no espaço apertado e escuro, senti o calor como uma presença viva, queimando o ar ao meu redor, pressionando minha pele, como se quisesse me consumir.
Porém, o momento passou. Quando o silêncio tomou conta, abri a porta. Ainda estava vivo. O mundo lá fora parecia intacto, mas havia uma sensação de algo mudado.
Saí e encontrei uma família que vivia ali. Eram seis crianças, cheias de vida, suas risadas e energia iluminando o ambiente simples, mas acolhedor. Sua harmonia era um refúgio em meio ao caos.
Então, chegaram visitantes estranhos. Não falavam a língua da família, e seus gestos e intenções eram difíceis de entender. As crianças olharam para mim com olhos esperançosos, e eu, tomado por uma coragem inexplicável, disse: “Eu serei o intérprete.”
Os visitantes queriam algo precioso: a terra daquela família. Suas palavras eram tentadoras, carregadas de promessas. “Com este dinheiro, vocês podem comprar o que quiserem, viver em um lugar luxuoso, longe das dificuldades.”
Eu traduzi as palavras, mas também senti a responsabilidade de protegê-los. Respondi com firmeza: “Eles precisam de tempo para pensar.”
Foi então que tudo mudou. Num instante, a família havia partido. Olhei ao redor, desesperado, e os vi ao longe, indo embora. Corri atrás deles com toda a força que tinha.
Um dos visitantes, aquele com quem eu traduzia as conversas, também corria. Ele nadava em direção a uma embarcação que estava prestes a partir. Não hesitei. Entrei na água, sentindo a força da corrente, e nadei lado a lado com ele, determinado a alcançar aquele barco.
Quando finalmente cheguei à embarcação, o tempo parecia suspenso, como se o destino estivesse aguardando meu próximo movimento. E então, no auge do momento… acordei.
Ao abrir os olhos, percebi que algo estava diferente. No meu fone de ouvido, tocava a música Soldado Ferido, do cantor Júnior. A letra parecia fazer eco ao sonho que acabara de viver. As palavras transmitiam força, cura e uma promessa de proteção. A melodia trouxe calma ao meu coração, enquanto tentava decifrar o significado de tudo aquilo.
Não sei o que sinto, nem como explicar,
É como um rio parado, sem direção pra nadar.
Há um vazio profundo, que se esconde no peito,
Mas também um turbilhão, de um medo sem jeito.
Às vezes é calma, outras, é tempestade,
Me perco nos dias, buscando a verdade.
Olho para o céu, mas não sei o que vejo,
Um misto de cores que me fazem ensejo.
Sinto sem nome, um eco sem som,
Um grito contido, que não tem um tom.
É estranho e incerto, é um passo no escuro,
Vago e profundo, sem nenhum rumo seguro.
E ainda assim, sigo em silêncio, a vagar,
Tentando entender o que é só divagar.
Não sei o que sinto, talvez seja a ausência,
Ou quem sabe, a pura e simples presença.
É estranho mas nestes recentes anos nosso trem tem parado em várias estações…
(sobre muitas partidas de amigos)
#bysissym
o tempo corre demais
eu parado na esquina
o sinal é verde
esperança, a última que chega
apaga a luz
sem direção para seguir
em busca do sonho de ser feliz.
