Reflexoes de Olga Benario

⁠⁠"Adeus "

Eu vou me lembrar
Vou me lembrar da dor
Das noites inteiras de choro
Da sensação de agonia

Da espera incessante
Que nunca acabava
Do meu coração sangrar
Sem saber o porque

Da minha pele fria
Da perda da falta de apetite
Da dor , da minha própria companhia
Do pânico , da falta constante

Do assoprar do vento
congelando as lágrimas do meu rosto
Em todo caso
Eu sempre vou me lembrar.

⁠Se bater tristeza, se bater saudade ou se estiver feliz , não importa o momento olhe pro céu e ache a estrela mais brilhante, e pode ter certeza que ela está mostrando o meu sorriso pra vc .

⁠"SEJAMOS OBSERVADOR e não omisso. Você pode atentar pra onde os seus filhos e netos estão se dirigindo; estão em evolução ou pararam para descansar? Não se omita, dê sua opinião, sugestão, seu elogio se for o caso. O mundo está mudando na velocidade da luz, já estamos na tecnologia: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, com ela serão perdidos 180 milhões de emprego no mundo. Lembre-se não tenha vergonha, mexa com a cabeça dos seus filhos e netos, um dia vão te agradecer"

⁠Hiper amor próprio é uma nova maneira de sentir o corpo. Afinal quem foi mesmo que programou sentir frio ou calor ? Eu prefiro sentir o excesso de amor que nos conecta com o criador.

⁠Trabalhar a cura, para que não sejamos dilacerados com a dor involuntária e repentina.

⁠O ato de errar no contexto do ser humano, é um vulcão em estado adormecido. Um dia a sua erupção vai acontecer, você vai errar! O tamanho desse erro pode ter a potência de um Vesúvio, calcinando e soterrando tudo aquilo que você fez corretamente ao longo da sua vida.

⁠Você pode ser protagonista sem criar um personagem. Acredite!

Você não precisa criar um personagem para ser bom no que faz.
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⁠"É muito triste ver o deficiente não conseguir resolver os problemas da vida. Mais triste aínda e vê-lo ser enganado"

Tanta gente morre diariamente no mundo todo, apesar disso, outras ultrapassam gerações, por tornarem a sua personalidade eterna.
As maiores "estrelas" que atravessam gerações foram dotadas de muita personalidade, eram únicas, não eram " mais um na multidão", ou aquele que repete comportamentos, sentimentos, modinhas...
Podemos ser eternos, se a nossa personalidade for excêntrica, propositiva e coerente. Sendo assim, ocuparão "nossos lugares " mas não seremos substituídos, não seremos esquecidos, seremos eternos.
À procura da excentricidade com sabedoria...

⁠Ela está procurando o amor
Ela está procurando sua metade
Ela está querendo ter alguém,ser de alguém, mas o que ela não viu é que é linda incrível e precisa de alguém tão incrível quanto ela e por isso a dificuldade de encontrar.
Mas ela não deve se preocupar e nem se apressar porque esse cara incrível já vai chegar.

⁠MISTÉRIO MUSICAL

Tenho alguns vizinhos com demência.
Sempre encontro com um deles no térreo do edifício, aqui em Brasília, chamado de pilotis do bloco.
Ele caminha acompanhado por sua cuidadora, cantando músicas de seu tempo. Cantoria recomendada pelo seu médico provavelmente.
Na última vez que passei por eles, estavam quietos.
Parei na frente da dupla, abri os braços em cobrança e, como não reagiram, soltei a voz potente, para curtos trechos musicais apenas.
Boa noite, amor!
Meu grande amor,
Contigo sonharei.
Eles riram de jogar a cabeça para trás!
Também sorri e segui meu rumo, escutando a complementação do velho:
E a minha dor, esquecerei,
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu.
Pouco adiante, pensei se ele teria alguma lembrança, quando chegasse ao último verso:
Na carícia de um beijo,
Que ficou no desejo,
Boa noite, meu grande amor.
A dança e a música, para mim, são mistérios!
Não consigo descobrir direito em quais instintos animais estão suas raízes.
Elas alegram, seduzem, aproximam. E curam!
Vivo deslumbrado com elas nesses meus tempos de “voternidade”. Sim, sempre achei que, se existe a palavra maternidade, derivada de materno, existe também a palavra “voternidade”, derivada de vô terno.
Dominamos a música e, também, somos dominados por ela.
No banho, quando fui lavar os membros inferiores, vendo meu pé, cheio de dedos, involuntariamente cantei:
O sapo não lava o pé,
Não lava, porque não quer.
Ele mora lá na lagoa
E não lava o pé, porque não quer.
Mas que chulé!
Nunca compreenderei a essência extraordinária da música, acredito!
Mas tenho uma quase certeza: ela é sobrenatural!
Cante para as crianças e você as transformará em cantigas de amor!

Sérgio Antunes de Freitas
Março de 2023

⁠A doença da prepotência faz o homem gastar mais tinta assinando baboseiras.

IN-FIDELIDADES

⁠Hoje, está sol.
Mas era para estar chuva,
Miudinha,
Chatinha,
De enregelar os ossos.
Mas, também a parra
Nem sempre traz uva,
Por vezes a coragem,
Apesar da aragem,
Não é garra.
Quase sempre, paixão
Traz desilusão,
Riso, dá choro convulsivo
Até em ambiente festivo,
E não há bela sem senão.
Fiel, mesmo é este gato,
O meu Giló,
Gilberto Gil,
Vindo nas águas de um abril,
Que quando sente que estou só,
Sem aparato,
Enrosca-se em mim,
Como que a dizer sim.
Nobre animal,
Adorado pelos egípcios,
Hoje, só considerado em respícios,
Amaldiçoado e tão só.
Adoro, cães.
Como animais que gostam das mães,
Mas sem ele, o meu Giló,
Eu meteria mais dó.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 07-03-2023)

Só recebemos novos presentes quando nossas mãos já estão vazias do passado. ⁠

A vingança faz do seu hospedeiro cativo.
A pessoa vingativa está sempre se vingando das pessoas em oculto e quando são desmascaradas, costumam se vitimar e demonstram remorso, são capazes de fazer coisas terríveis mesmo estando erradas, somente para conseguir o que querem.
Passada a fase do remorso, perdem a paz de espírito, pois pensa que a qualquer tempo o outro vai reagir em retaliação. Nesse momento convoca todos seus aliados e até o diabo ( pois Deus não está nisso!) para investigar e fuçar todos os passos do outro, pensando que todo mundo é vingativo também.

⁠Oito de março é verão; isso comprova que mulher tem o poder de florir sem ser primavera.

Humildade significa, no fundo, apenas senso do real.

Se existir um deus, o ateísmo é para ele um insulto menor que uma religião.

⁠UM JAZ
⁠
Quem ama deixa partir
Arrancar as raízes sempre rompe e dói
Da terra remexida nasce um cheiro fúnebre.

O sal sai das olheiras covas
Salga a veia cava adubando coroas
Os crisântemos nutrem-se do velório.

Vá, enquanto é primavera
Tropece nas flores esquecidas em lapides
Talvez eu ainda espere até o outono.