Reflexões
Destino e Amor
O destino traça linhas no ar,
como o vento a brincar no mar.
Cada curva, um mistério a se abrir,
cada encruzilhada, um novo sentir.
E o amor, teimoso e sereno,
segue os traços, dança ao tempo.
Às vezes brisa, às vezes furacão,
mas sempre ecoa no coração.
Se o destino nos guia sem ver,
o amor nos ensina a escolher.
Entre as rotas que a vida desenha,
só o amor faz a jornada ser plena.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉@izaiasmsilva
O Sopro da Vida
A vida é esse mistério que chega sem manual, sem pré-aviso, num sopro de luz e choro. Começamos pequenos, frágeis, envoltos em braços que nos protegem de um mundo ainda incompreensível. E, antes que percebamos, o tempo já está nos puxando pela mão.
Na juventude, acreditamos que somos eternos. Corremos como se o mundo fosse um campo aberto, como se o amanhã estivesse garantido e a velhice fosse apenas uma lenda contada pelos mais velhos. Os dias são longos, os sonhos altos, e a esperança mora no peito como uma chama que nunca se apaga.
Mas a vida... ah, a vida gosta de ensinar. E ensina com ternura e dureza, com encontros e perdas, com silêncios e risos. A vida adulta chega sem cerimônia, com boletos, compromissos, decisões e uma saudade estranha de algo que nem sempre sabemos nomear. Talvez da liberdade de não saber. Talvez do tempo em que tudo parecia possível.
E o tempo, esse velho artista, vai pintando rugas no rosto e memórias na alma. A velhice não chega de repente ela se insinua nos detalhes: no cansaço depois de uma caminhada, na dificuldade em lembrar onde guardamos as chaves, na paz de ver os netos correndo e, ao mesmo tempo, na dor de tantas despedidas.
O que é a vida, senão um fio invisível que liga cada momento ao outro? Um bordado de risos, lágrimas, descobertas, erros e perdões. A esperança? Está em cada recomeço, em cada manhã que nos convida a tentar mais uma vez, mesmo sem garantias.
A verdade da vida talvez seja essa: ela passa. Rápida, intensa, às vezes cruel, mas sempre cheia de beleza para quem sabe olhar. As lembranças estas são o que ficam quando o presente já virou passado. São os tesouros que carregamos quando o futuro se torna breve.
No fim, a vida é isso: um sopro. Mas um sopro que, mesmo breve, pode acender fogueiras inteiras no coração dos outros.
A vida é um jogo de infinitas posições, onde a solitude é uma ilusão e a paralisia, um fora de jogo existencial. Mover-se é ser, é co-criar a realidade, é evitar a invisibilidade do estático.
A vida
é um livro sem capa
cheio de surpresas dobradas nas margens
os capítulos viram fases
os dias mudam de cenário
e os personagens entram em cena
uns ficam,
outros partem sem aviso
a gente aprende a ler esse livro
não com os olhos
mas com a alma
ele ensina silêncio
recomeço
a arte de seguir mesmo sem entender o fim do parágrafo
e quando o coração se sente seguro
acolhido, amado —
a vida, de repente,
desdobra a página
e entrega
o que tanto se esperava
como se sempre estivesse ali
esperando a hora certa de ser lido
A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o medo surreal de tudo perder. Para Schopenhauer, viver é estar preso a um ciclo infinito de insatisfação. Nunca estamos felizes e satisfeitos, a maior satisfação do sentido da vida e da feliz existência resume se na incessante busca do novo, inacessível, absoluto e efêmero, mesmo que seja ficcional ou simplesmente absurdo. Parece me que o fluido vital espalha se muito mais no querer do que ter e enfim conseguir.
Minha mente luta diariamente contra meu coração, numa guerra constante que atenua minha lucidez, onde os extremos são: te ter ou te esquecer.
Hora de parar.
Quantas vezes você já parou para (re)pensar nos seus hábitos?
Quantas vezes, no seu dia a dia, pratica atividades movidas por hábitos que, de tanto serem repetidos, acabam se tornando automáticos?
No auge de uma vida em que pagamos inteligências artificiais para pensar por nós, acabamos desperdiçando a chance de pensar em nós mesmos.
Não percebemos a lógica controversa — e ilógica — que nos faz esquecer de ser quem somos, à medida que atribuímos personalidade, ainda que inanimada, a seres que, por mais irreais que possam ser ou parecer, nos retratam o vazio existencial de pessoas que falam, ouvem e sentem, mas que, talvez por capricho ou vaidade mental, se esvaem em uma realidade inanimada, movidas por seres que, de tamanha fantasia, não extrapolam a barreira mental de seus idealizadores.
Qual seria a razão, ainda que irracional, que nos faz acreditar na métrica de atribuir personalidade a quem de fato não a detém, usurpando direitos de quem, como a gente, fala, ouve e, principalmente, sente?
Seria esse um reflexo de uma realidade que, a cada dia, caminha para o desabastecimento de valores morais? Ou o medo, quase que instintivo, de encarar o outro em sua humanidade crua, imperfeita, imprevisível?
Por muito tempo, eu ficava irritado ao ver voltar para o meu lado uma bola que batia querendo que fosse indefensável.
A beleza do tênis, porém — assim como da vida — está muito mais na troca, no ponto bem disputado.
Encare a bola que retorna como uma nova oportunidade de fazer o seu melhor.
Nem toda curva da vida tem placa de aviso,
Nem tudo que se perde de fato é um prejuízo.
Há dor que desperta, há fim que liberta,
E sonho que nasce quando a alma está aberta.
Caminho incerto, mas cheio de lição,
Tropeço que forma o rumo da missão.
A ausência ensina o valor do abrigo,
E o tempo revela quem anda contigo.
Não temas o escuro, nem temas a queda,
Às vezes é no breu que a luz mais se enreda.
A vida é estrada sem mapa preciso —
mas todo desvio pode ser um aviso.
Hoje percebo que o que sei é tão pouco, que me faz ter a necessidade de buscar o aprendizado diariamente e continuamente;
Percebo que o presente é tão precioso e isso me faz aproveitar e viver no agora, sem desconsiderar um planejamento promissor para conquistas futuras e atingimentos de objetivos;
Percebo que apenas em olhar para o céu e vivenciar um novo dia, sabendo que eu e minha família estamos bem, é motivo para ser grato a Deus.
Percebo que não sou melhor que ninguém, mas apenas diferente por ser um indivíduo que tenho minhas particularidades e que minhas escolhas e decisões evidenciam quem eu sou.
Percebo que no mundo há muita malignidade e se fizermos o bem já somos diferentes da maioria.
Eu te convido a se sentar. Sim, sente-se. Pegue uma caneta.
Revise sua letra, sua caligrafia.
Revise também a hora em que você acorda todos os dias — e, principalmente, por que acorda.
Releia as provas que já enfrentou, não só aquelas da escola, mas também as provações da vida.
Analise cada detalhe da sua curta e preciosa existência, porque um dia ela simplesmente deixará de existir.
Se você não revisar agora, quando partir será tarde demais.
A revisão ficará incompleta, e no papel restará apenas uma mancha de tinta, algo escrito assim:
"Por que eu não me escutei quando devia?"
"Por que não me fiz o bem?"
"Por que não fui amor a quem tanto necessitava?"
Restará apenas o lamento.
Então, hoje — não importa onde você esteja, o que esteja passando ou do que esteja precisando —
não se esqueça de revisar.
Não se esqueça de refletir.
Porque, no fim de tudo, a conta chega —
e ela pesa.
E pesa muito… nas nossas lembranças.
"A vida sem questionamentos é como um livro fechado; suas páginas em branco aguardam a tinta da reflexão."
Chuva e Querer
Lá fora, o cinza da tarde se derrama,
Em gotas que batem na vidraça e chamam.
Caxias se esconde num véu de saudade,
E eu aqui, com a alma em tempestade.
Cada pingo que escorre pela telha,
É um eco distante de uma velha centelha.
Um coração que pulsa, meio calado,
Apenas querendo ser amado.
O cheiro da terra molhada no ar,
Me faz a cada sopro mais te buscar.
Em cada lágrima que o céu despeja,
A minha esperança mais lateja.
Que essa chuva lave o que me inquieta,
E traga em seu murmúrio a resposta mais direta:
Que em meio a essa dança de água e chão,
Floresça um amor para o meu coração.
A vida é muito louca
A vida é um turbilhão de mudanças, um caleidoscópio de emoções. Um dia, o sol brilha forte; no outro, as nuvens escuras se acumulam. A vida é um rio que flui sem parar, com águas cristalinas e turbulentas. Num momento, o amor nos envolve; no outro, a dor nos consome.
Mas, ao refletir sobre essas ondas da vida, percebo que não é a vida que é louca, é apenas o tempo que dança ao ritmo do universo. Há um tempo para cada coisa, e cada momento é um fio precioso na tapeçaria da existência. É como se a vida fosse uma sinfonia, com notas altas e baixas, criando uma melodia única e complexa.
Essa perspectiva me faz pensar que, em vez de lutar contra as correntezas da vida, posso aprender a navegar com elas. Posso encontrar beleza e significado em cada momento, mesmo nos mais turbulentos. E, ao fazer isso, posso descobrir que a vida não é louca, mas sim uma jornada mágica, cheia de surpresas e oportunidades para crescer e aprender.
O amanhã é um mistério, e o ontem, uma lembrança que já ficou para trás. Tudo o que temos é este breve sopro chamado agora — e ele pode cessar a qualquer instante. Não permita que orgulho ou mágoas silenciem o amor que você sente, nem o amor que alguém sente por você. Ame com verdade, perdoe com leveza e viva com presença. Porque o hoje pode ser o último capítulo... e quem pode garantir que não seja?
🪁 O Peixinho e o Quadrado
Nas quebradas do céu da favela,
Sobe o peixinho na linha singela.
Feito de jornal, varetas tortinhas,
Mas voa ligeiro, cortando as linhas.
Lá do asfalto, vem todo montado,
O tal do quadrado, pipa de “abastado”.
Colorido, pomposo, de corte preciso,
Mas falta-lhe arte, coragem e riso.
O peixinho dança, ele gira no vento,
Desvia, mergulha, ataca no tempo.
Não tem carretel de alumínio brilhando,
Mas tem o menino que vai controlando.
Com olho afiado e alma de guerreiro,
Solta na manha, recolhe ligeiro.
O quadrado se exibe, achando-se rei,
Até que o peixinho dá o golpe da vez.
Num rasante ousado, feito passarinho,
CRÁ! — vai-se embora o quadrado no ninho.
A criançada grita, a favela aplaude:
“Foi o peixinho que fez mais um baude!”
Porque não é o preço que faz campeão,
É a coragem, a ginga e o coração.
E o céu lá de cima já sabe a verdade:
Quem corta com arte… não compra vaidade.
"A vida é feita de encontros. Somos fruto daquilo que regamos por meio de nosso cotidiano. Cabe a nós cuidar das nossas experiências que enchem nossa vida de, simplesmente, vida."
No raiar do dia
O que é a vida?
Questão subjetiva
Quero entender?
Cada um tem seu modo de viver.
Silêncio ou pronuncia?
Invade o meu ser
Na busca infinita
Em ser compreendida
O que escolher?
Se cada um tem o seu saber.
Já passou a hora
De olhar lá fora
Ventos em direções opostas
O que quer dizer?
Busca infalível de explicar algo..
Que ninguém possa compreender.
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