Reflexão sobre a Morte

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Não há nada capaz de preparar um coração que ama para a perda eterna. Assim como não há palavras ou gestos capazes de aliviar tão grande dor. Mas deixo meus pêsames pela sua perda, e ofereço meu apoio e ajuda para o que precisar. Infelizmente este é o destino de todos que vivem, e apenas nos resta aceitar. Acredite que com o tempo esta dor se transformará em saudade serena. Força!

De repente você se prepara para tantas coisas na sua vida... Mas se esquece de se preparar para o maior evento dela: a morte.

A Bíblia aponta Cristo ( 1João 5:12) como razão da vida, caso não tenha-o ainda; desculpe, mas a qualquer momento poderá perceber que a vida não tem ou não teve razão.

E não ter razão da vida estando vivo, é o mesmo que estar morto.

Se até Jesus morreu, não devo considerar injusto a partida do meu semelhante, de modo a não permitir que ele faça sua transição em paz.

Somos soldados de nós mesmos.
A vida dá as batalhas mais difíceis aos soldados mais fortes.
Somos o exército de um homem só.
A vida é feita de lutas é por isso que somos todos soldados até o fim de nossos dias.
Vivemos, Sonhamos e Morremos.

Uma pessoa que não consegue perdoar esqueceu-se da grande dívida da qual foi perdoada. Quando você perceber que Jesus o libertou da morte eterna, você liberará os outros incondicionalmente.

A vida segue seu fluxo rumo a eternidade. Tenha neste momento paz para aceitar, fé para continuar e alegria pelo reencontro em um amanhã.

Um dia a gente morre, vai pro céu; e Deus dá então pra gente um par de asas pra conhecer o mundo inteiro!

Lygia Fagundes Telles

Nota: Trecho de carta ao também escritor Erico Verissimo, escrita em 9 de setembro de 1941.

⁠Ainda bem
que não morri de todas as vezes que
quis morrer – que não saltei da ponte,
nem enchi os pulsos de sangue, nem
me deitei à linha, lá longe.

Ainda bem
que não atei a corda à viga do tecto, nem
comprei na farmácia, com receita fingida,
uma dose de sono eterno.

Ainda bem
que tive medo: das facas, das alturas, mas
sobretudo de não morrer completamente
e ficar para aí – ainda mais perdida do que
antes – a olhar sem ver.

Ainda bem
que o tecto foi sempre demasiado alto e
eu ridiculamente pequena para a morte.
Se tivesse morrido de uma dessas vezes,
não ouviria agora a tua voz a chamar-me,
enquanto escrevo este poema, que pode
não parecer – mas é – um poema de amor.

⁠"Eu parecia ter as mãos vazias. Mas estava certo de mim mesmo, certo de tudo (...) certo da minha vida e desta morte que se aproximava. Sim, não sabia mais nada que isto. Mas, ao menos, segurava esta verdade, tanto como esta verdade me segurava a mim"

O que eu deveria fazer? Não suporto ser tão fraca
Enquanto me forço a cobrir os olhos
Preciso dar um fim a esse amor
Vamos matar esse amor!

Sempre que alguém que eu amo morre, uma parte de mim vai junto. E ainda que o tempo passe e novos amores surjam, esse pedaço nunca volta, nunca regenera. Ele se vai pra sempre. E é assim que eu vou vivendo. Com meus buracos, com meus remendos, com minhas falhas.

Parabéns pra você

O parabéns no aniversário mostra claramente a dificuldade que um ser humano tem para viver um ano.

A cada decolagem e descida, quando o avião se inclina muito para um dos lados, eu rezo por um acidente. (Clube da Luta)

⁠O fracassado não é aquele que desistiu de lutar, mas sim aquele que poderia ter ajudado e preferiu fechar os olhos.

Onde reina o mais absoluto silêncio não cabem mais flores, perdão, homenagens ou agradecimentos. Onde tem vida, tem barulho, tem críticas e contradições e é lá que cabe toda a nossa gratidão.

Eu sei que não morrer, nem sempre é viver.

Conceição Evaristo
Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.

Até que ponto, então, nós deve-se esperar a aproximação do perigo? Respondo: se algum dia chegar, terá nascido entre nós. Não virá do exterior. Se nossa sina é a destruição, seremos nós os autores e consumadores dela. Como nação de homens livres, viveremos para sempre ou morreremos por suicídio.

E a fera olhou a face da bela,
e ela ficou em suas mãos,
e a parti desse dia, a fera estava condenada à morte.

Quando meu filho morreu (...), as visitas vinham me dar pêsames e, achando que isso iria me consolar, diziam: “A vida continua.” Que bobagem, eu pensava, porque é claro que ela não continua. É a morte que continua (...). Não existe fim para isso mas, talvez, haja um fim para o sofrimento que isso causa.