Missa da Meia-Noite (série)

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Eu só existo agora. É isso. Não tenho nenhum propósito.

⁠É isso que significa ter fé, que na escuridão, no pior dela, na ausência de luz e esperança, nós cantamos.

Inserida por pensador

Nada muda pra nós. Talvez, se a gente se esforçar, a gente possa mudar. Ou pelo menos sentir que mudamos.

Inserida por pensador

⁠Os humanos fazem planos em seus corações, mas o Senhor corrige seus passos.

O sofrimento pode ser uma dádiva. Isso só depende de nós. O que fazemos com ele, como reagimos.

⁠Não parece errado? Interrogar um milagre? Duvidar de uma dádiva de Deus?

Inserida por pensador

⁠Ciência é isso. Se trata do que podemos observar, testar, repetir.

Suponho que a virtude sempre tem um custo.

⁠Quando me decompuser, e as minúsculas partes de mim forem recicladas, estarei em bilhões de outros lugares. Meus átomos estarão em plantas, insetos e animais, serei como as estrelas no céu. Um momento estão lá e, no seguinte, espalhadas pelo cosmos.

⁠Quando eu morrer, meu corpo vai parar de funcionar. Ele vai se desligar, de uma vez ou gradativamente. A respiração vai cessar, o coração vai parar de bater. Morte clínica. E um pouco depois, tipo, uns cinco minutos depois, meus neurônios vão morrer. Mas, nesse meio-tempo, talvez meu cérebro libere uma maré de DMT. É uma droga psicodélica liberada quando sonhamos, então eu vou sonhar. Vou sonhar mais do que jamais sonhei, porque isso é tudo. É a última descarga de DMT toda de uma vez. Meus neurônios vão disparar e verei um espetáculo de lembranças e imaginação. Vai ser uma baita viagem. Vai ser alucinante porque minha mente vai estar viajando pelas memórias de longo e curto prazo, sonhos se misturando com lembranças, e finalmente a cortina se fecha. O sonho que fecha todos os sonhos. O último grande sonho enquanto minha mente esvazia o depósito e então… acaba. A atividade cerebral cessa e não resta nada mais de mim. Nenhuma dor. Nenhuma lembrança. Nenhuma consciência de quem já fui. De que já machuquei alguém. De que já matei alguém. Tudo permanece como era antes de mim. A eletricidade se dispersa do meu cérebro até sobrar só tecido morto. Carne. Esquecimento. E todas aquelas coisinhas que fazem parte do meu corpo, os micróbios, bactérias e bilhões de outras coisinhas que vivem nos meus cílios, no meu cabelo, na minha boca, na minha pele, no meu estômago e tudo mais, seguirão vivendo. E comendo. E estarei servindo o meu propósito: alimentar a vida. Quando me decompuser e as minúsculas partes de mim forem recicladas, estarei em bilhões de outros lugares. Meus átomos estarão nas plantas, insetos, animais. Eu serei como as estrelas no céu. Aqui em um momento, depois, espalhadas pelo cosmos.