Reflexão sobre a Morte
Eu morri.
Não sei exatamente quando nem onde
Mas eu morri
Olho no espelho, não reconheço este rosto fora do padrão, olhos assustados, cheios de lágrimas...
Penso comigo "essa sou eu?"
Engraçado, não me lembrava de ser assim.
Mas torno isso natural até a próxima dor.
Vivo em um corpo morto, cabelos ralos, unhas quebradas, dentes amarelos, um psicológico fraquíssimo, me pergunto: Eu morri?
Sim, eu morri ha muito tempo, mas meu espírito se nega a desistir de sua missão, porem, eu morri.
Você pode ter medo de uma serie de coisas, medo de escuro, medo de cobras, medo de aranhas enfim o medo do que é perigoso. Mas não pode ter medo de encarar seus medos quando este interfere nos seus objetivos. Medo de mudar o rumo, medo de ouvir um não o de dizer sim, o de dar a cara a tapa arrisca-se e vivenciar uma verdade.
Na verdade muitos procuram por felicidades mas temem em arriscar-se
por medo de abrir-se, revelar sentimentos um ao outro com receios de ser machucados, enganados passados para trás distanciando-se cada vez mais da plenitude do envolvimento, da vivência dos sentimentos e das sensações que fazem parte da vida, ou seja, é impossível saber o gosto das coisas ou da intensidades das sensações sem experimentá-las.
Arrisca-se é dar-se a chance de ser feliz, sê não o for conforme o esperado, ao menos tentou, pois mais vale a lagrima de ter tentado do que a lágrima de ter deixado passar a chance de tentar. Na vida, todos teremos os dias de inverno próprio, pois o tempo é implacável, ele não espera por nada que esteja debaixo dos céus. Não tenha medo de viver a vida por conta de medos de certos riscos, pois viver é um grande perigo, pois todo ser vivo, vive em constante perigo de morte.
O que mata o homem não é a bala perdida. É não realizar o sonho que lhe motive a vida. Não é a doença que lhe provoca fraqueza. É a falta do riso, do humor. Morre-se de tristeza.
Se levar meus projetos e sonhos para o túmulo e ali sepulta-los, como fez Jesus, e ressuscitar na presença daquele que tudo criou, que motivos terei para fugir da morte, se esta é a passagem para a vida?
Em minhas fantasias eu entro em seu quarto na calada na noite, tão imperceptível quanto uma sombra, e então eu esfaqueio seu rosto até que você morra com falta de ar no próprio sangue.
E gravaria muito bem sua expressão de dor e desespero na minha memória, para nunca esquecer a minha vitória.
A lucidez nunca matou a arte. Como boa negatividade, é discreta, não obstrui ditatorialmente o espaço das imagens e dos afetos.
luto é transformador
desilude, emudece, empretece
Nos faz pensar, mas no quê?
Uma mistura sem tom
um querer sem dizer
Luto é um desencontro
um trítono intermitente
Um gol por fora da rede
a foto de uma lembrança
um grito de esperança
Luto é o desabrigo da dor
sem certeza e sem saída
surpresa conhecida
do sopro que é a vida
Se tivesse um dia só,
que é que você faria?
Planejar e só pensar
já não adiantaria.
Beijaria o seu filho?
Vagaria de andarilho?
Que vida cê levaria?
Se tivesse um dia só,
que é que você diria?
Mediria as palavras?
Pecado, confessaria?
Faria longo discurso?
Falaria do seu curso?
Que palavra cê diria?
E o dia vai veloz,
não dá pra ficar parado,
nem pra só se preocupar
com algo que está errado.
Só falta mais uma hora,
pensa, pensa, e agora?
Relógio acelerado.
EU, LUTO
Constante e incessante
Luto pra sobreviver,
Luto pra não sentir.
Morri ano passado,
Mas este ano,
Luto. Nem pensar.
R.
Na noite passada eu sonhei com você
Pensei ser você quando o telefone tocou
Te lembrei com aquela música,
Quando o verso final rimou
E soube que nunca mais vou te ter.
Na noite passada eu estive acordada
Sem saber se também pensavas em mim
Desejei ser assim
Mas no fundo sabia, minha esperança era infundada.
Talvez você tenha se perdido
Nesse mar de decepções no qual mergulhou
Talvez nunca tenha entendido
Que não foi a única vítima quando nosso barco naufragou
Talvez você seja a estrela cadente
Que cruzou meu céu,
Realizou meus desejos
E encontrou seu destino final.
Talvez toda essa tragédia cinematográfica
Tenha me deixado deveras sentimental.
Ou talvez seja só a falta dos teus beijos
Do teu cheiro, ou do gosto daquele mel
Talvez amar tanto assim foi o que te fez infiel.
Eu queria não me arrepender
Queria olhar nos teus olhos e entender o motivo
Saber que estás bem, que estás vivo
Mas sei que nunca vou te esquecer
Queria que nossas iniciais
Na areia daquela praia
Nos tornassem eternos
Queria que todos aqueles pontos finais
Valessem à pena, nos tornassem certos
Queria ser intensa como os poemas que um dia redigi pra ti.
Nem imaginas o quanto dói.
O quando peno por esse amor que parece ácido
Que me corrói
Me deixa estática, paralisada e que destrói
Tudo, enquanto me olhas como um sádico.
Você gosta da sensação
Porque sua dor nunca passou de orgulho ferido
Porque nunca me amou, nunca foi meu amigo
E porque pra isso, não existe perdão.
As histórias que criei na minha cabeça
Não te traziam como vilão
Não como Bentinho e Capitú.
Nosso pecado era diferente,
Intenso e bem mais cheio de solidão
E acabou com a certeza
De que amor nenhum resiste a não ser prioridade, ser opção.
Ele se apaixonou por mim através de seus olhos
E eu soube no instante em que me tocou
A diferença fundamental dessa história
É que os meus, de cigana, continuam enxergando você.
Mas agora aceito e compreendo que não mais vou te ter.
A dedicatória tem teu nome,
Assim como meus poemas anteriores.
Hoje eu abri o cadeado,
Te igualei a meus amores passados
E decidi, nossa história termina aqui,
Hoje eu me permito viver
E te liberto de mim.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Vai pra balada, pancadão, festas clandestinas e leva pra dentro de casa, como estepe, o coronavírus, a morte.
Se você morresse hoje, morreria em estado de paz e satisfeito consigo mesmo pela que fez de sua vida até então?
Ausência
Hoje é um domingo de chuva
E meu coração continua frio
O mundo lá fora parece ruir
E aqui dentro tudo segue inerte e vazio
Colmei-me da esperança de que um dia você pudesse voltar
E chorei com a certeza de que nada nesse mundo
Jamais tomaria o teu lugar
Fui à janela lateral
Fumei meu cigarro enquanto olhava a chuva cair
O mundo lá fora parecia apático
Mas chovia torrencialmente aqui
Eu tossia em meio às lágrimas
O vento assanhava meus cabelos
A chuva me roubava as palavras e transbordava todos os meus medos
Me lembrava daquela noite fria
Em que juntos cruzamos a cidade
Nos amamos sem pudor
E eu sei que te fiz esquecer a vaidade
Pois ao menos naquele instante você me amava
Eu sentia.
O ar ameno adentrava as janelas do carro
E fazia minha pele arrepiar
Eu gritava porque estava viva e sabia
Você pisava no acelerador e sorria
Tão lindo, tão leve
Que poderia facilmente flutuar
Acontece que perdi-me na penumbra dessa escuridão
Perdi-me tentando freneticamente encontrar você
Me martirizei ao pensar em tudo que podia ser
Mas pra nós não há outro final nesta dimensão
Você que sempre disse odiar meus vícios
Se tornou o maior e pior deles
Diariamente dilacera meu coração
Com tua ausência e prepotência
Sequer parece ter dito que me ama tantas vezes
Eu senti um enorme pesar quando o nosso amor morreu
E jurei não mais te amar
Mas se não falhasse, não seria eu
Nunca fui fã de inícios
Menos ainda de finais
Mas se chuva apaga a chama
Você fala que me ama
E eu te digo nunca mais.
Abraço a racionalidade
Ponderando os prós e os contras em que nossa história se deteve
Assumo a responsabilidade
Aceitando que é impossível perder aquilo que nunca se teve.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Deus, estou aflita mas nunca derrota, o meu Deus não falha e eu creio em milagres!
Estou ferida, mas meu socorro vira do Senhor!
Eu vivo pela fé, e eu creio em milagres meu socorro vira do alto!
Nem a morte nem a vida, nada podem me separar de ti.
Sentimentos, emoções, preocupações, estes mesmos não poderíamos viver sem, pois se assim fosse, não poderíamos nos considerar vivos, seríamos vazios com uma única função de vagar e buscar significados para uma triste existência, porém, este não iríamos achar e a busca continuaria até a morte, ou melhor dizer, até se dar conta que já estava morto.
Chego a conclusão que não faz sentido buscar significados e motivos para viver, pois se assim estivesse, de fato, não o iria achar em lugar algum. Nascemos com muitos, mas a maioria nos retirado durante a vida, e os poucos que sobram nem sempre nos levam ao sentido, e aqueles que se iludem com os falsos e no final veem sua ilusão, já não os sobrarão nada e se tornam homens fadados a busca de novas Ilusões.
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