Reflexão de Vela
Ser livre é voar sem asas.
É velejar sem vento.
Mergulhar sem precisar de oxigênio.
Não usar gargalheira.
É estar no frio e sentir o seu calor.
É viajar sem um destino.
Entrar na água e não se molhar.
Tenho um barco que vai velejar em mar aberto até chegar a uma terra afastada onde poderei gritar mais por enquanto ainda sofro com a maresia
Noutro tempo procurei
alguém pra velejar ao meu lado.
Cansei, esperei...
nada encontrei, que enfado.
Comecei então a navegar só,
eu e meus pensamentos.
Me construí do pó,
e me transformei em ideais intensos.
Descobri as alegrias,
pequenas e em cada detalhe.
Assim todos os dias,
Como em uma escultura, eram um entalhe.
Enfrentei ondas e transpus marés,
resisti intensos ventos.
Senti a bonança do revés,
que me trouxe diversos crescimentos.
Não esperei mais,
vivi e me vi mudar..
Mas todo marinheiro precisa de um cais.
Então te vi em minha vida chegar.
E completou minha estrutura,
tornou-se âncora pras marés ruins.
O porto que deixou-me segura,
farol que me lembra lar, afeto, sorriso e afins.
Meu coração é um barco a velejar no seu mar.
Deslizo em suas ondas, flutuo em suas costas e naufrago em você.
No velejar da história, há tempestades no verão.
"Navegando pelo tempo,
Tormentas há de se encontrar.
Assim como quando retiram o sustento,
A ponte há de quebrar,
Há de cair.
Tiram nossa liberdade de se expressar,
De existir.
Na luta pela vida,
Haveremos de encontrar
Tiranos, mau feitores,
Que nos matam sem cessar.
Velejando pela história,
Tempestades teremos de enfrentar.
Compraremos essa briga,
Para podermos nos libertar.
O trabalhador, oprimido,
No mundo és invisível,
Para um tirano, opressor,
Que só pensa consigo.
Reivindiquemos esta luta,
Para poder viver, para poder existir.
Pois sem a liberdade,
Não vivemos, oprimidos seremos,
E iremos apenas subsistir."
Vou fazer um barco pra mim
Pra buscar liberdade no mar
Velejar pelo mundo sem fim
Quantos tesouros posso encontrar?
Título - Velejar
Alguém me tire desse lago congelado, estou cansado e quebrado em cacos. Desejo estar em um barco velejando pelo mar em outro lugar. Tudo se resume a nadar longe daqui, desse lugar que tá um verdadeiro saco. Esse vazio que cobra aquilo que me assola matando tudo a minha volta desejando o seu retorno.
"Antes de tudo; perdão pela carta.
Essas palavras, são minha carta, para eu velejar seguro, por suas águas.
Águas de ilusões, de palavras doces, e lágrimas amargas.
Eu sei o que me espera na sua enseada.
Eu sei que a cada mergulho, a cada braçada, eu hei de afogar-me, em suas palavras.
Mar de ilusão, suas águas, quando em lágrimas, ao meu eu, enxurrada.
Antes de tudo; perdão pela carta.
Eu sou o que sou, amo ela, amo-a muito mais que o fim de tarde, ou o primeiro raio da alvorada.
Eu sou uma única gota, meu amor por ela, uma cascata.
O que escrevo para você mulher, é apenas uma nota, o que sinto por ti, é serenata.
Declaro apenas o brilho da Lua, meu amor tem a luz de galáxias.
Escrevo palavras bobas em um pedaço de papel, que em papel não descrevem nada.
Perdão pela simplicidade e pela alma parva.
Antes de tudo, perdão pelos erros, perdão pelo amor e perdão pela carta..."
Segredos
Queria poder-te revelar minhas mágoas
Jogar as velas ao mar e poder velejar ao teu lado
Aquietar a alma e deixar-me levar pelas ondas
Em meio as minhas palavras declamar
Que o meu segredo maior é te amar.
A única condição que não se pode velejar, é na ausência de vento.
Marinheiros experientes avançam mesmo com vento contra.
Em condições adversas, alterando a posição das velas, da rota, não enfrentando o vento diretamente e com disposição, se vai adiante.
Ah, minha querida! Quem me dera,
num dia ensolarado,
poder velejar contigo
num lindo mar de águas transparentes, seria um sonho realizado,
um momento agradável pra guardarmos na mente,
uma brisa suave iria nos acompanhar
e um sentimento de liberdade
iríamos partilhar,
mas enquanto isso não acontece,
o que me resta é sonhar.
Vou colocar minha jangada no mar e vou velejar até meu amor, apenas para olhar seus olhos, para sorrir seus sorrisos, para beijar seus beijos e para dizer o tamanho da minha saudade.
Éramos como um barquinho de papel, moldados do início ao fim para velejar apenas em uma rasa poça d'água.
