Reflexão de Vela
Se um dia vier me visitar, e eu estiver em profundo silêncio, não pergunte, apenas acenda uma vela para mim...
As gotas de cera derramadas por uma vela em chamas são, na verdade, suas lágrimas a premeditar que o seu fim está próximo.
Penso no amor como se fosse uma vela, quando nos o acendemos o vento apaga ou tempo. Pois se existe amor eu não sei, mais só sei o tempo não pode esperar!
Eu queria...
... Vê-la novamente para que meus olhos pudessem fotografar seu rosto, seu corpo e seu olhar penetrante.
... Beija-la novamente, para sentir a sensação de euforia, o frio na barriga e o coração disparado.
... Abraça-la novamente, para sentir seu cheiro, seu corpo junto ao meu, seus braços me envolvendo e poder suspirar.
... Ouvi-la novamente, para ouvir sua veoz me dizendo: "EU TE AMO", e ficar para sempre em minha memória, e principalmente em meu coração, pois é nele que estão meu maiores sentimentos.
A verdade é uma mera desculpa para a falta de imaginação.
Admito que vê-la queimar (sua alfaiataria) não foi exatamente catastrófico.
Queira me desculpar por trazer essa conversa a uma dimensão pessoal, mas porque minha morte era necessária? Em que seria útil?
A dificuldade em compreender a Felicidade nos leva a vê-la apenas no que passou ou na fantasia do que virá, esquecendo que entre um e outro existe toda a densidade do Agora.
A vida segue em frente,
e a gente segue ela,
nem se for pra ve-la morrer
entre o tempo e a sequela
que é aquela que bagunçou o presente
esperou o futuro
e ficou com o passado,
como sempre...
O amor é como uma vela ao sabor do vento. Quanto mais fortes são as brisas, mais desesperada é a vontade da chama agarrar-se ao pavio.
Sua beleza encanta minha visão ao vê-la,
seu lindo e sereno olhar reflete milhares de estrelas,
me levando a um universo no qual amo admirar,
seus belos cabelos negros balançam sobre o vento revelando sua encantadora beleza,
magnífica senhorita,
és mais bela que uma obra de arte,
és mais bela que uma obra prima,
pois tua beleza és superior às belezas do universo.
Cerimônia ou um motivo pra vê-la
O linóleo ao chão
Continha pés trêmulos,
Me doía o baço
De tanta felicidade.
Oprimia-me os órgãos,
Saber da possibilidade
Do angustiante afastamento,
Da saudade que dá saudade.
Sensações enfileiradas
Em desordem alfabética.
Bocas falavam,
Lábios sorriam,
Dedos suavam,
Olvidos tiniam,
Palmas saldavam,
Olhos escorriam.
300 pessoas presentes,
287 lugares ocupados,
13 reservados a ninguém,
Alguém não tinha chegado.
Alguém estava chegando.
Só havia notado, por ser
A única pessoa que estava esperando.
Alguém é anunciado.
Talvez, quem sabe,
Seja Ela.
A luz de vela é efêmera, assim como a luz das estrelas, mas a luz natural é duradoura, ainda que em tempos nublados.
Eu queria tanto, tanto vê-la na sua forma mais pura e uterina para agradecer o forno que se esconde no ventre da sua mãe.
Ela me gera insegurança, mas ele é meu porto seguro, ao vê-la sinto medo do que se pode acontecer, vem ele e me conforta de todo o caos e acalma toda essa tempestade em meu peito.
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