Pensamentos Mais Recentes

"A Estudante de Jornalismo me escolheu para Entrevista mas parece que desistiu já na primeira pergunta. Ela perguntou, de chofre: 'Quem ou O Quê é Deus?' Eu respondi ainda com mais chofre: 'Como vou saber de algo que ninguém sabe? Incluindo os que acham que sabem? Como vou saber?' "


TextoMeu 1207
🙏

“Busque orientação de Deus, exemplo em quem pratica a verdade e ignore o palpite de quem nada constrói.”

"Ouvir com atenção tornou-se um talento extinto."

"A vantagem do silêncio é que ele nunca te interrompe."

Nove em cada dez pessoas conhecem o atalho que lhes convém: sacodem a árvore, apanham os frutos que caem e seguem adiante com a sensação de vitória imediata. Esse gesto é prático, rápido e recompensador no curto prazo. Mas o atalho não cria raízes, e o que nasce de atalhos costuma murchar quando o vento muda.
Plantar é um compromisso silencioso com o futuro. Exige terra preparada, sementes escolhidas, rega constante e a paciência de quem aceita que o tempo tem ritmo próprio. Enquanto o sacudir da árvore celebra a pressa, o plantio honra o processo: cultivar é investir em algo que ainda não existe, é aceitar a incerteza e trabalhar mesmo sem garantia de colheita imediata.
Quem vive apenas de atalhos paga um preço invisível. Frutos colhidos sem preparo são passageiros, relações superficiais, resultados frágeis. A pressa transforma oportunidades em miragens e cria uma cultura de consumo instantâneo onde o valor real do esforço se perde. A longo prazo, a falta de preparo corrói confiança, esgota recursos e impede a construção de legados.
Escolher plantar é escolher responsabilidade. É preferir o trabalho que não aparece nas manchetes, as horas que não viram curtidas, o suor que não rende aplausos imediatos. É entender que o verdadeiro poder está em semear com intenção e em esperar com disciplina. Quem planta hoje garante frutos amanhã; quem só sacode a árvore vive sempre à mercê do que já caiu.
Não se trata de demonizar a eficiência, mas de reconhecer que eficiência sem fundamento é ilusão. Cultive o hábito de plantar: prepare o solo, escolha bem as sementes, cuide com constância. O tempo fará o resto, e a colheita será sólida, digna e sua.

"Pare de romantizar a pobreza. Deus não tem prazer na miséria; não é critério de salvação e, muito menos, um atestado de santidade."

“Não fique preso a um mundinho de fantasia; a vida é curta e pode se encerrar a qualquer momento. Volte a contemplar e a viver a realidade: a oportunidade é agora.”

Quem domina a linguagem domina o ritmo da realidade, mas quem não domina a própria narrativa vira figurante da própria vida.

"— Você não bebe, não fuma, não mente, não trai. O que você está fazendo então?
— Estou apenas poupando a minha alma de colheitas amargas."

"É nas páginas mais claras da vida que um grande amor se guarda para jamais ser esquecido.”

“Falar sem saber é cavar a própria ignorância; quanto mais a voz se levanta, mais a inteligência se enterra.”

Fábricas de Crer


Demétrio Sena - Magé 


Quem abraça mundinhos abstratos
de milagres, visões e profecias,
crê nos ratos do esgoto surreal 
ou em dons e magias de portais...
Logo afunda no próprio fanatismo
e ninguém o fará voltar pra si,
se não for o mesmismo em seu cansaço 
a razão de rever a realidade...
Todo mundo quer crer que pode mais
do que sua visão possibilita,
do que agita seu corpo perecível...
É aí que os abutres voam fundo,
pois o mundo é negócio lucrativo 
pra quem vive do sobrenatural...
... ... ...
Respeite autorias. É lei

A diferença entre o Humilde, o Arrogante e o Hipócrita.

O humilde caminha em silêncio interior. Ele sabe quem é, mas não precisa anunciar. Reconhece seus dons sem se apegar a eles e reconhece suas limitações sem se envergonhar. Sua força nasce da consciência de que tudo o que possui conhecimento, virtude, conquistas é empréstimo da vida. Por isso, aprende com todos, escuta com atenção e cresce sem esmagar ninguém. A humildade não é diminuição de si, mas justa medida do próprio lugar no mundo.

O arrogante, ao contrário, precisa ser visto. Ele se apoia na comparação constante, pois só se sente alguém quando se coloca acima do outro. Seu discurso é alto, mas sua escuta é rasa. Por trás da postura inflada, há quase sempre um medo profundo: o de ser comum, o de ser questionado, o de ser desmascarado. A arrogância é uma armadura pesada, forjada para esconder inseguranças que não querem ser tocadas.

Já o hipócrita é mais sutil e, por isso, mais perigoso. Ele não se coloca necessariamente acima, nem abaixo ele se disfarça. Usa máscaras morais, espirituais ou intelectuais conforme a conveniência. Diz o que não vive, ensina o que não pratica e cobra do outro o que não exige de si. O hipócrita não busca a verdade, mas a aparência da verdade. Seu maior engano é acreditar que pode enganar a própria consciência indefinidamente.

O humilde transforma; o arrogante afasta; o hipócrita confunde.
O humilde ilumina sem ferir os olhos; o arrogante cega; o hipócrita cria sombras.
Enquanto o humilde se corrige, o arrogante se justifica e o hipócrita se esconde.

No fim, a vida revela a todos. O humilde é reconhecido pelo fruto de suas ações. O arrogante é confrontado pelas próprias quedas. E o hipócrita é desmascarado pelo tempo, que não respeita máscaras.

A verdadeira grandeza não está em parecer, nem em dominar, mas em ser com verdade, coerência e coração desperto.

"Quando uma luz é encontrada no fim do túnel, tudo volta a renascer."

As vezes você comer um arroz com ovo na companhia de pessoa agradável, te dá mais prazer do que comer caviar com alguem desagradável,  pode te dar congestão.

"Quando você puder fechar os olhos e, através da medicação, expandir sua consciência até sentir o universo inteiro como seu próprio corpo, então, Cristo terá nascido em seu interior."

O texto aponta para uma experiência que ultrapassa crenças formais e alcança o núcleo da consciência humana. “Fechar os olhos” simboliza o abandono das formas habituais de percepção, nas quais o mundo é visto como algo externo, fragmentado e separado do eu. É um gesto filosófico de recolhimento, onde a verdade deixa de ser buscada fora e passa a ser reconhecida no interior do próprio ser.

A “meditação” surge como um caminho de dissolução das fronteiras ilusórias do ego. Ao aquietar a mente, o indivíduo percebe que a identidade pessoal não é um ponto fixo, mas um campo aberto de presença. Nesse estado, o universo deixa de ser um objeto observado e passa a ser vivido como continuidade do próprio existir. O corpo já não termina na pele; ele se estende no espaço, no tempo e na vida que pulsa em tudo.

Sentir o universo como o próprio corpo é uma ruptura com a lógica da separação. Onde antes havia um “eu” isolado, surge uma consciência que reconhece a interdependência de todas as coisas. Essa percepção transforma o modo de existir: o outro não é mais um estranho, a natureza não é um recurso, e o sofrimento alheio não é algo distante. Tudo participa de uma mesma realidade viva.

O nascimento de Cristo, nesse contexto, não se refere a um evento histórico, mas ao despertar do princípio da unidade, do amor consciente e da inteligência espiritual no interior do ser humano. Cristo representa a consciência que reconhece a presença do divino em tudo o que existe e age a partir dessa percepção. É o logos encarnado na experiência interior, não como crença, mas como estado de ser.

Quando essa consciência desperta, a vida cotidiana se torna o verdadeiro campo espiritual. Cada gesto carrega sentido, cada escolha revela alinhamento ou afastamento dessa unidade percebida. A transformação não é externa nem espetacular; ela acontece no modo como se olha, se pensa e se vive.

Assim, o texto convida a uma revolução silenciosa: a passagem da fragmentação para a totalidade, do medo para a comunhão, da ignorância de si para o reconhecimento de que o infinito não está distante, mas se revela no mais íntimo da consciência desperta.

Minha solidão não tem nada haver com presença ou ausência de pessoas. Detesto quem me rouba a solidão sem, em troca, oferecer verdadeira companhia.

Texto de Friedrich Nietzsche

A solidão, no pensamento que atravessa essa frase, não é carência, mas território interior. Ela não nasce da ausência de pessoas, e sim da ausência de sentido. Estar só, nesse horizonte, é estar em contato consigo mesmo; estar acompanhado, sem verdadeira presença, pode ser uma forma mais profunda de abandono. Nietzsche aponta para uma solidão qualitativa, não quantitativa.

Quando ele afirma que detesta quem lhe rouba a solidão, revela que a solidão é um bem precioso, quase sagrado. Trata-se do espaço onde o indivíduo pensa sem concessões, cria sem aplausos e se confronta com suas próprias alturas e abismos. Roubar a solidão é invadir esse espaço com superficialidade, ruído e expectativas vazias. É ocupar o tempo e o corpo sem tocar a alma.

A “verdadeira companhia” não se mede pela proximidade física nem pela frequência da convivência, mas pela capacidade de presença real. É aquela que não distrai do essencial, mas aprofunda; que não exige máscaras, mas permite silêncio; que não dilui a individualidade, mas a respeita. Poucos são capazes dessa companhia, porque ela exige maturidade interior e coragem de permanecer diante do outro sem se esconder.

Nesse sentido, a solidão nietzschiana não é isolamento social, mas fidelidade a si mesmo. É a condição necessária para o surgimento do pensamento autêntico e da vida criadora. O espírito que busca elevar-se precisa, em certos momentos, afastar-se da multidão não por desprezo, mas por necessidade de escuta interior. Quem não suporta a própria solidão dificilmente suportará a profundidade do outro.

A crítica de Nietzsche, portanto, não é contra as pessoas, mas contra as relações vazias. Ele denuncia a convivência que preenche o espaço, mas esvazia o sentido; que fala muito, mas não comunica; que ocupa, mas não acompanha. Essas presenças são mais solitárias do que o silêncio.

Por fim, o texto nos convida a rever nossa relação com o estar só e com o estar junto. Talvez a verdadeira questão não seja evitar a solidão, mas aprender a habitá-la. E, a partir dela, escolher companhias que não nos afastem de nós mesmos, mas que caminhem ao nosso lado sem nos roubar o que temos de mais íntimo: a integridade do nosso ser.

A afirmação de que a vida não é uma sucessão de acasos, mas uma construção deliberada, nos convida a enfrentar uma das questões centrais da filosofia: a tensão entre o destino e a autonomia.

Ao dizer que a vida é construída, abandonamos a postura de espectadores passivos da nossa própria existência. Sob a ótica do Existencialismo, como proposto por Jean-Paul Sartre, "a existência precede a essência". Isso significa que não nascemos com um roteiro pronto; somos o resultado das nossas escolhas. Cada atitude plantada hoje é um tijolo na fundação do nosso "eu" de amanhã. Não somos o que as circunstâncias fazem de nós, mas o que fazemos com o que as circunstâncias nos oferecem.

A metáfora do plantio remete à Lei da Causalidade. No campo da ética, isso significa que nossas ações não desaparecem no passado; elas se transformam em ambiente. Se plantamos agressividade, o mundo ao nosso redor torna-se hostil. Se plantamos "luz" aqui entendida como consciência, empatia e integridade, estamos, na verdade, moldando a percepção que teremos da realidade futura. A "consequência" não é um castigo ou prêmio externo, mas o desdobramento natural da semente que escolhemos cultivar.

"Plante luz, pois é essa mesma que vai iluminar seu caminho." Esta frase encerra uma sabedoria profunda: nós só enxergamos no mundo aquilo que carregamos dentro de nós. Se a nossa atitude é de obscuridade (egoísmo, ressentimento, ignorância), caminharemos no escuro, tropeçando em obstáculos que nós mesmos criamos.

Ao optar por atitudes luminosas, não estamos mudando apenas o futuro, mas alterando a nossa capacidade de navegar pelo presente. A luz que você planta hoje não ilumina apenas o destino final; ela clareia o próximo passo, permitindo que a jornada seja feita com clareza e propósito.

Se hoje você parasse para observar o jardim da sua vida, o que veria germinando? O acaso pode até trazer o vento e a chuva, mas é a sua mão que decide qual semente merece o solo da sua atenção. Construir-se é um ato de coragem diária. O que você escolhe plantar agora, enquanto lê estas palavras?

O sofrimento por questões externas.

Esta reflexão baseia-se no Estoicismo, especificamente nos ensinamentos do imperador romano Marco Aurélio. Abaixo, perspectivas filosóficas para aprofundar essa ideia:

O mundo externo é neutro; ele apenas "é". Um temporal não é "mau" por si só, ele apenas despeja água. O sofrimento surge quando rotulamos o evento como "terrível". Ao compreendermos que a dor não reside no objeto, mas na opinião que formamos sobre ele, retomamos a soberania sobre nossa mente. Se você mudar a narrativa interna, a realidade externa perde o poder de feri-lo.

A filosofia nos convida a separar o mundo em duas colunas: o que depende de nós e o que não depende. O comportamento alheio, o passado e as intempéries da sorte estão fora de nosso alcance. O que resta? Nosso julgamento. Sofrer por algo que não podemos mudar é um desperdício de energia vital. A verdadeira liberdade é a capacidade de olhar para o caos e decidir: "Isso não vai afetar a minha serenidade".

Existe um espaço dentro de cada indivíduo que é inviolável, a menos que nós mesmos abramos as portas. Quando você diz "isso me destruiu", você entregou as chaves da sua fortaleza a um evento externo. Praticar a suspensão do julgamento é fortalecer essas muralhas. Não se trata de frieza, mas de uma clareza radical: você não pode controlar o vento, mas pode ajustar as velas da sua interpretação.

Ao encontrar um obstáculo, em vez de dizer "Isso é um problema", tente dizer "Isso é um acontecimento". Observe como a carga emocional diminui quando você remove o adjetivo e mantém apenas o fato.

"Quem fala de si próprio se assemelha a um gato que se banha se lambendo: é tanta presunção que ele gasta a própria língua tentando dar brilho ao que ninguém admira."

Há momentos na vida em que tudo parece árido: os afetos se retraem, as respostas não chegam e o silêncio pesa mais do que o ruído. Chamamos esses períodos de “deserto”, como se fossem castigos ou abandonos. No entanto, o deserto não é um lugar de morada, mas de travessia. Ele existe para ser atravessado, não para nos aprisionar.

No deserto, o supérfluo cai. O excesso se dissolve, as ilusões se queimam sob o sol inclemente, e resta apenas o essencial. É ali que aprendemos a escutar a própria consciência, a reconhecer limites, a perceber que a força não nasce do conforto, mas da necessidade de seguir adiante mesmo com poucos recursos. A escassez educa o olhar e afina o espírito.

Toda travessia transforma. Quem entra no deserto não sai o mesmo, porque o caminho ensina aquilo que a abundância não ensina: paciência, humildade e confiança. O deserto obriga a caminhar com atenção, passo a passo, lembrando que cada avanço, por menor que pareça, já é um sinal de vida e resistência.

Por isso, quando o sofrimento se fizer presente, não o tome como destino final. Ele é passagem, não residência. Permanecer no deserto é desistir do horizonte; atravessá-lo é afirmar que há um depois, que há terra fértil além da aridez. A fé, a esperança e a coragem são como bússolas silenciosas que apontam para a saída, mesmo quando os olhos ainda não a veem.

Assim, lembre-se: o deserto não define quem você é, apenas revela quem você pode se tornar. Ele não anuncia o fim, mas prepara o recomeço. Caminhe. O oásis existe, e a travessia, por mais dura que seja, sempre conduz a um novo amanhecer.

Quando:
O Ego cala,
O Eco fala

Inserida por olu-felipe

Oxímoro:
Tenha um Brio Brando

​"A gente gasta o passo tentando enganar o tempo, sem notar que o caminho, cansado de ser rascunho, resolveu virar destino por conta própria."

"Pago uma cocada ou uma paçoca aos dez primeiros que me presentearem com Chester, Bacalhau, Rabanadas e Champã já gelada. Passagem de Ano sem isso fica esquisito, apesar de eu ter saúde e casa pra morar. Apesar..."


TextoMeu 1206
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