Querer estar Contigo
Utopia do presente
Adianta se adiantar?
Querer ter a certeza que estou no caminho certo
Ou que pelo menos esse caminho é o que espero.
Uma corrida contra o tempo,
Parece que viver o amanhã é mais importante do que o momento.
Eu lamento.
Lamento ser assim, pensar na frente e querer controlar tudo,
Controlar o que pensam, falam ou julgam.
Limito o meu ser para não desagradar.
Até que ponto vou chegar?
Na minha cabeça está tudo confuso.
O meu ser, o ser outro, o outro ser.
Será que eu sei quem sou?
Medo de ter vivido uma fantasia,
De ter pintado uma profundidade
E de profunda, não ser nada.
E esse nada assusta,
Quero preenchê-lo sempre.
Mas chegou a hora,
Encarar a solidão, os vazios e expressar meu eu!
Sair dessa caixa,
Me descobrir,
Descolar de tudo.
Quero ser eu, mas não sei o que sou.
Será que o que sou, é o que quero ser?
Na busca infinita de me achar, me perdi...
De novo, mais uma vez.
Me parto em mil pedaços.
Só quero que isso acabe.
LOUCURAS DE AMOR
Querer e não te ter
é como admirar o mar e não sentir suas águas.
Querer e não te ter
é ser sol, lua e mar, sem nunca se encontrar.
Te ter e não te querer
é renunciar a um diamante raro,
é negar o brilho que ilumina até as sombras mais profundas.
Tocar-te é navegar nas profundezas do oceano,
uma vertigem que enlaça, uma viagem que consome,
onde dois corpos se perdem em labirintos de paixão.
Loucura de sedução,
um enredo onde o desejo escreve suas linhas,
envolvendo-nos no êxtase de amar e ser amado.
Não apenas um "eu te amo",
mas um viver pleno:
sentir, tocar, cuidar, doar-se por inteiro.
Loucuras de um amor proibido,
intenso como o instante que não se repete,
que arde em milésimos de segundos,
como a primeira e a última vez.
E quanto maior a loucura,
mais indelével será a lembrança,
gravada como fogo na memória,
eternizada na poesia da saudade.
Síndrome do Cristiano Ronaldo: a armadilha de querer ser o melhor a qualquer custo
Vivemos em uma era onde o desejo de ser o melhor muitas vezes ultrapassa os limites saudáveis da ambição. Chamo isso de “Síndrome do Cristiano Ronaldo” — não por desmerecer o atleta, mas por representar essa figura idealizada de perfeição, superação e busca incessante por ser o número um. O problema surge quando essa busca deixa de ser um objetivo pessoal e se torna uma comparação constante com o outro, alimentando sentimentos como angústia, ansiedade e ganância.
Um mestre do boxe me disse certa vez: “o adversário que você precisa vencer todos os dias é você mesmo”. Essa frase me marcou. Porque a verdadeira evolução acontece quando buscamos ser melhores do que fomos ontem, e não melhores do que quem está ao nosso lado. Comparar-se o tempo todo com os outros gera frustração, e muitas vezes nos leva a trilhar caminhos tortuosos.
Quando queremos ser o melhor a qualquer custo, corremos o risco de agir por interesse, nos aproximando das pessoas apenas para alcançar nossos próprios objetivos. Surge também a inveja — não aquela que admira e se inspira, mas aquela que deseja o que o outro tem sem reconhecer o valor do esforço alheio. Isso é perigoso. Precisamos aprender a admirar o próximo, reconhecer quando ainda somos pequenos e nos inspirar naqueles que estão em um estágio mais avançado da caminhada.
Convivi com isso no meio esportivo e universitário. Ali, vi de perto os dois tipos de pessoas: aquelas que somam, que admiram, que compartilham o caminho; e aquelas que se aproximam sem admiração, apenas por conveniência. São atitudes bem diferentes e que geram consequências diferentes.
Hoje, olho para tudo isso com mais maturidade. Entendo que muitos erram por não terem tido ainda a oportunidade de refletir profundamente sobre suas ações. E nesse ponto, cito Cristo como minha maior referência. Ele nos ensinou a amar ao próximo como a nós mesmos. Quando internalizamos esse ensinamento, passamos a lidar com mais leveza, paciência e compreensão diante dessas adversidades humanas.
E foi nesse contexto que fiz uma reflexão sobre Jesus e seus apóstolos, a qual me ajudou a compreender melhor as relações humanas. Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, teve níveis diferentes de amizade:
Os íntimos (Pedro, Tiago e João): os que estavam com Ele nos momentos mais profundos, nos milagres mais marcantes e na hora da dor.
Os necessários: os demais discípulos que, mesmo não tão próximos, foram essenciais para a missão acontecer.
Os estratégicos: como Judas, que mesmo sendo parte do grupo, tinha um propósito específico, ainda que doloroso, na jornada de Cristo.
Nem todo mundo que caminha com você está na mesma profundidade. E está tudo bem. O erro está em não discernir isso e se decepcionar por esperar do estratégico o que só o íntimo pode oferecer.
Hoje, entendo que muitos ainda não enxergam a vida com essa clareza. Estão presos em ciclos de comparação e competição. Mas quando trago à memória o que Jesus nos ensinou — "amem uns aos outros como a si mesmos" — tudo se torna mais leve. Amar não significa ser íntimo de todos, mas respeitar cada um dentro do seu espaço, com paciência e sabedoria.
Afinal, ser o melhor não significa estar acima dos outros — significa estar inteiro consigo mesmo, amando, evoluindo e servindo.
Tempo de menos (Quaresma)
É tempo de menos.
Menos palavras,
menos pressa,
menos querer o mundo nos bolsos.
As árvores estão mais nuas,
os ventos, mais francos,
e os silêncios,
com cheiro de pão amanhecido.
Uma pedra repousa no canto da alma,
e a gente aprende — devagar —
a não pedir tanto,
a ouvir mais.
Talvez seja só isso:
um tempo em que se aprende
que perder também é uma forma
de se encontrar.
Essência em Breve Canto
Não sejas junco, firma teu querer.
Tua voz ecoe, teu caminho a fazer.
Desata os nós, a rédea em tua mão.
Em ser teu guia, reside a lição.
Se o curso pesa, muda a direção.
Ser autônomo: tua canção.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre 🙏🏾
Tenhamos fé!
Teus olhos, meu abrigo
Teus olhos são meu mundo, meu sossego,
me perco neles sem querer voltar.
É só olhar e já me desintegro,
num fogo manso, só pra te amar.
Têm cor de café forte, madrugada,
quentinhos como abraço em dia frio.
Me olham e eu esqueço da estrada,
só quero o teu olhar como meu guia.
Tu nem precisa dizer uma palavra,
teu jeito de me ver já me desfaz.
Acende em mim a chama mais suave.
Se eu pudesse, amor, sem mais demora,
vivia em teu olhar, ficava em paz...
Perdido ali, pra sempre, sem ter hora.
Às vezes.
E nem é por querer. É que, em meio às minhas frustrações, perdas, cobranças internas e essa pressão de ter que dar certo, eu acabo me perdendo de mim e, sem perceber, me afastando de quem eu mais queria por perto.
Não é falta de carinho. Não é ingratidão.
É só um coração cansado, uma mente sobrecarregada, tentando lidar com o peso de metas não batidas, com a luta diária de manter o emocional em pé, e com a realidade financeira que nem sempre acompanha a vontade de vencer.
Tem hora que tudo que eu queria era conseguir explicar… mas o silêncio parece mais fácil.
Tem hora que tudo que eu mais preciso é só um tempo — pra respirar, me reencontrar e me lembrar do porquê comecei.
Se um dia eu me afastei de você… saiba que nunca foi por falta de sentimento.
Foi só um momento difícil, disfarçado de silêncio, E um respeito sem respeito.
A ORQUESTRA DO INÚTIL
Às vezes, tento querer escrever o que esta sociedade pretende dizer, mas logo descobro que ela mesma já se perdeu na vontade de enunciar-se. Não há verbo que a represente, nem sujeito que se assuma. Há, sim, um murmúrio colectivo, um desejo de parecer pensamento. E escrever o que a sociedade quer dizer é como tentar traduzir o silêncio de um homem que aplaude porque os outros já o fazem. É tentar dar nome ao abismo quando o abismo, educadamente, nos pede um autógrafo. E depois só contamos. Contamos quantas horas restam até o próximo.
Há quem, por ofício ou desvario, destile notas como se o tempo coubesse inteiro numa só melodia. E fá-lo com tamanha urgência que o silêncio. E depois morre afogado na enxurrada de compassos. E assim, entre a batida e o aplauso comprado, ergue-se o trono de um Rei, não por virtude mas por volume, não por arte mas por frequência.
É nobre, sim, o timbre. E há talento disso ninguém duvida, mas até o ouro, quando em demasia, perde o espanto e vira moeda. E a sociedade de ouvidos embotados, aplaude por reflexo. Confunde constância com génio, e quantidade com legado. Ora, família, o excesso também é uma forma de desperdício.
A vida testa para saber se você realmente deseja aquilo que diz querer.
— Maycon Oliveira
Essa frase foi escrita por Maycon Oliveira – O Escritor Invisível, autor do perfil ‘O_Escritor_Invisivel’ no site Pensador.
É incoerente querer que Deus te livre do mal, mas não permitir que ele remova o mal que alimenta o seu ego.
Entre o querer e o amar existe um abismo. Quem quer, toma. Quem ama, cuida. O querer é impulso, o amor é presença. É fácil desejar uma flor e arrancá-la; difícil é amá-la o suficiente para deixá-la crescer, mesmo que não seja no seu jardim. Quem entende isso, não apenas entende o amor… entende a essência da vida.
Domingo a tarde
O que te faz lembrar de mim
O que te faz querer me ter
Voltar atrás
Só pra me ver
O que te faz lembrar de mim
Vendo Tv
Ou filme ruim
Por que lembrar
Tanto de mim
O que me faz lembrar de ti
O que me faz querer te ter
Volto atrás
Só pra te ver
O que me faz lembrar de ti
Vendo TV
Ou filme ruim
Porque lembrar
Tanto de ti
O que me faz querer você
Não quero mais
Já prometi não me envolver
Então me diz
O que me faz
Querer e pensar
E repensar
E te querer
E se não for pra ser
O que fazer
Com esse calor
Se virar dor
Não sei dizer
O que me faz lembrar de ti.
"O triunfo que chega cedo demais pode, sem querer, nos engessar na imagem de algo que gostaríamos de ser, e não do que realmente somos."
Sei que Deus sabe o que faz
E sou incapaz de não ser egoísta
Incapaz de não querer que,
Para sempre, você exista
