Quem Perdeu um Ente Querido
Uma sociedade que não grita
é uma sociedade arruinada
porque perdeu
o bem mais valioso
que tinha pra lutar
a voz.
TERRA ENTERRADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A noção de nação já se perdeu em nós,
hoje somos um feudo grandalhão e tolo,
uma voz com preguiça de mostrar o tom
desbotado e sem força para convencer...
Danação de quimeras mal revalidadas,
uma festa bizarra e servil da nação,
porque foram cortadas nossas energias
pra nos darem ração de verdades mentidas...
Somos terra enterrada num sonho baldio;
um país que vendeu a esperança medrosa
para o cio do circo de horrores formais...
Lá no fundo insondável da própria lerdeza,
no contexto maciço e tristonho de gado,
eis o povo mais povo dos povos do mundo...
"Coragem não é o contrário do medo.
Só não tem medo quem não tem nada a perder ou perdeu a esperança de tudo.
Medo e coragem são conceitos implicados e caminham juntos. Podemos falar de coragem quando agimos apesar do medo. Mas, entendam, medo não quer dizer fraqueza. Corajosos são os que trabalham para superá-lo."
Agora é tarde.
A inspiração perdeu o folego, o sonho vaporizou e a imaginação caducou.
Quando desprezamos as nossas ideias no calor daquele magico momento,
ela se implode e murcha.
Porém, apesar do nosso prejuízo imediato, o pior ainda estará por vir com a fatalidade do tempo.
Depois de todos os tropeços da vida, fatalmente chegara a hora do castigo, sentenciado pela lembrança das ideias desperdiçadas.
Amou livremente mas amou tão livremente que se perdeu em se achar em outros amores distantes
E no fim descobriu que o que estava ao lado era o único que deveria ser totalmente livremente amado
Se você perdeu a capacidade de alegrar-se com as conquistas dos outros, perdeu também a oportunidade de semear e vivenciar as suas.
Hoje em dia, muita gente perdeu o senso de equilíbrio – as pessoas estão preocupadas e confusas tentando entender como levar a vida. É por isso que buscam experiências extraordinárias, numa tentativa de reequilibrar a mente.
A sabedoria está na mera existência de tudo, aquele que assume que sabe tudo perdeu se no no abismo da imaginação onde criamos uma ficção eterna do amor, da falsa felicidade, uma realidade so nossa.
Ivestimos energias tão negativas julgamos elas serem boas, Não podem dizer que está tudo bem no meio desta sucata capitalista, onde perde o pedreiro, o soldado abatido sem meios para viver e vence o vigarista que so gosta de lamber esta ficção.
Eu sou Deus e o Deus é tudo e esta sempre aqui tramontana que nunca vi… Deus.
Eu não sei, apenas assumi.
O mundo em frente, as estrelas acima, os paralelepípedos a seus pés, tudo em torno dele perdeu a nitidez. Achou que já tinha passado por aquela situação, a mesma, igual, igualzinha, alguma vez no passado ou agorinha mesmo, e não entendeu o que era nem por que seus olhos tinham se enchido de lágrimas. Outra vez isso, pensou, outra vez essa… essa… o quê?, tomava conta dele como um aperto no corpo inteiro, como se algo estivesse machucado, ralado, ardendo. Mas lá. Dentro. Uma pontada. Não uma dor: pontada. Fina, fina, fininha. Doía fino. E levava tempo para passar. Ou, ao menos, amainar. Quando finalmente parecia sumir, deixava uma vontade de ficar quieto, de não rir, de não conversar, de não brincar, de não sair.
[...] Foi meio louco, nem sei te dizer como foi, só sei que a respiração parou, o coração perdeu o freio, a pele se arrepiou, e me deu uma vontade filha da puta de ficar contigo, pelo resto da minha vida.
Ricardo F.
