Quem Gosta de Ouvir Nao quer Falar
— Sou o conde Axel Von Fersen.
Um conde! Chamado Axel! Um militar! Com cabelos negros e olhos azuis! E angustiado! Ah, o universo se superou e iria receber flores.
Deus disse: minha filha você será iluminada e acompanhada por anjos, sua vida será repleta de boas oportunidades, terás que ser muito mais protegida do que qualquer outro filho, serás encantadora, guarde tudo com você e partilhe sua energia com seus irmãos, mas cuidado dentre eles, poderá ter um que se volte contra você, te invejando e querendo o seu mal, filha isso não te abalará você é a protegida, os meus anjos estarão sempre ao seu lado!
Eu quero o teu beijo, tua boca na minha inteira. Tua língua madura enroscada na minha, numa busca sem tréguas e sem caminhos. Eu quero teu hálito perfumado invadindo meu gosto. Eu quero engolir o teu desejo, colar teu corpo no meu e num abraço sem fim, olhando nos teus olhos, dizer que tudo o que quero na vida é ter você só pra mim, como numa poesia. Eu me despeço e sigo trôpego ao sabor do vento. A madrugada escura envolve com seu nevoeiro a minha alma e o meu coração segue apertado, batendo descompassado e chorando a tua ausência, gritando a distância dos teus beijos e deixando escorrer uma lágrima vermelha que se misturou ao escuro da noite, enfeitando a saudade e o sofrer de mais uma espera com a cor escarlate. E vento soprou forte cortando o meu rosto triste, carregando-me para cada vez mais longe. O vento sibila em meus ouvidos e congela os meus lábios que agora já não sentem o calor dos teus. Vento cruel, irresponsável, que veio não sei de onde com a missão de nos separar. Mas que ele não saiba que enquanto soprava com sua volúpia indesejável, ele trouxe para mim o teu perfume. E eu aqui calado, sorrio pela felicidade de guardar na distância o teu cheiro, que é o meu cheiro que me invade tirano ao sabor do vento.”
—
Cinzentos.
A distância pode conseguir separar nossos olhares, mas jamais conseguirá separar o nosso sentimento: o amor!
Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.
Poetisa nasci, poetisa me criei...
Poesias nas veias, poesias no coração,
da poesia amei, lendo poemas chorei.
Poetas admirei, pensadores irmãos.
Ainda menina ganhei um diário,
nele compunha meus primeiros versos,
meus segredos, meus lamentos, meus pesares.
Poetisa me vi, poeta me encantei!
Logo, poetisa me encontrei!
Com a poesia correndo nas veias,
não exitei; Me pus a escrever...
Do amor, de amar, sonhar, sonhei, chorei...
A poesia é meu melhor remédio,
pro amor, pro pensar, pro tédio.
Poeta de missão, poeta de herança, poeta de coração.
Num olhar perdido me dispersei, cresci, escrevi, fascinei.
Poetisa, mulher vento, menina tempestade, mãe brisa.
Encantei-me!
A PRINCESA SOFIA
Num tempo muito distante viveu, num reino de paz e harmonia, uma linda princesa que se chamava Sofia. Ela estava com doze anos. Era obediente, estudiosa, e muito caridosa. O rei e a rainha sentiam muito orgulho da filha: não desse orgulho que diz: “ta vendo? Minha filha é a maior, a melhor!” – Não crianças! Era um orgulho de pais que vêem seus ensinamentos dando frutos saudáveis e fortes.
Um dia a princesinha entrou na sala do trono, onde seu pai trabalhava com os ministros, pedindo:
- Papai, posso trabalhar na escola da aldeia, para ajudar as freiras?
- Filha, você não tem idade para trabalhar. Quando tiver será assistente de sua mãe na Assistência Social para os aldeões. – respondeu o rei.
- Não é bem um trabalho, papai! Eu quero contar histórias para as criancinhas de até cinco anos. Sabe aquelas histórias que você e a mamãe me contavam? Então! É isso que eu quero fazer, assim eu vou aprendendo a lidar com crianças porque eu quero ser professora. – falou com convicção a princesa Sofia.
O rei disse que ia pensar e que depois daria uma resposta. À noite, quando estava deitado ao lado da rainha, o rei lhe contou o desejo da princesa. A rainha ficou encantada e pediu ao marido que apoiasse a filha nesse intento. No dia seguinte, durante o café da manhã, o rei comunicou à princesa que estava dado o consentimento para ela trabalhar com as freiras na escola da aldeia. Foi passado o decreto real e princesa se apresentou à freira, diretora da escola, que a levou a presença dos alunos dizendo que daquele dia em diante a princesinha contaria histórias para eles durante o recreio.
As crianças adoraram. Imagine uma princesa contando história numa escola de aldeões. Era demais. E chegou o dia. Sofia ganhou uma sala onde ela espalhou almofadas pelo chão, formando um semicírculo e no centro colocou um banquinho para ela sentar. As crianças foram chegando, meio tímidas, e sentando cada uma numa almofada. Depois de todo mundo acomodado, ela se apresentou e pediu que ninguém a chamasse de princesa. Ela era somente Sofia. As crianças bateram palmas e, em pouco tempo, estavam tão íntimas parecendo que se conheciam há anos. E Sofia começou:
- Hoje eu vou contar uma história de fada. Peço a atenção de todos. – disse sorrindo a linda princesinha começando.
“Era uma vez um homem rico que andava por uma estrada indo para sua casa quando surgiu a sua frente uma velha, com uma vasilha na mão, pedindo um pouco de vinho para seu filho que estava muito doente. O homem chamou seu empregado dizendo-lhe que enchesse a vasilha até a borda. O empregado assim fez, mas o vinho só alcançou a metade da vasilha. O serviçal ficou apavorado. Ele havia despejado todo o vinho do barril. O seu senhor pensaria que ele estava roubando a outra metade do vinho. Então ele foi falar com o seu patrão, levando o barril como prova:
- Senhor, não sei o que aconteceu, mas o vinho não encheu a vasilha da velha, e como pode ver o barril está vazio. O que devo fazer? – perguntou o servo tremendo.
- Eu prometi àquela senhora que encheria a vasilha, e o farei nem que tenha que esvaziar todos os barris de vinho da minha adega. Vá, vá pegar outro barril. – ordenou o homem.
O empregado voltou com um outro barril de vinho e quando pingou a primeira gota a vasilha se encheu até a borda cumprindo assim a promessa do homem rico. Tempos depois um governante malvado, de um país vizinho, declarou guerra ao país do homem rico. Depois de muita luta o povo conseguiu expulsar o governante malvado, porém o homem rico que lutou contra o invasor, ficou prisioneiro em uma das celas de uma prisão naquele país desconhecido.
Ele estava desiludido. Pensava que ninguém jamais viria buscá-lo. De repente uma claridade invadiu a cela onde o homem estava, e surgiu, bem no meio, a velha da vasilha de vinho. O homem, de tão espantado, não podia falar. A velha rodopiou sendo envolvida por um arco-íris de rara beleza. Quando parou o giro, apareceu uma linda fada, jovem, com cabelos compridos, trazendo em uma das mãos a varinha mágica. A linda fada foi logo dizendo:
- A honradez e o cumprimento das promessas é o que mais admiro nos homens. E como um dia provou que é honrado e não faz promessas da boca para fora, eu ordeno que volte para sua casa, mas não conte a ninguém, nem mesmo à sua esposa o que aconteceu. – disse-lhe a fada girando no ar a varinha mágica.
E o homem chegou a sua casa. A alegria era tanta que a família nem se lembrou de perguntar como ele conseguiu escapar. As fadas não gostam que se revelem os seus segredos. Por isso, todos que são agraciados com seus favores devem ficar de boca fechada. E como forma de agradecimento, devem ajudar o próximo sem esperar pagamento.”
A princesa Sofia terminou a história. As crianças bateram palmas. Até as freiras aplaudiram a princesinha. A diretora da escola confidenciou a uma professora que Sofia seria como uma irmã para aquelas crianças.
- Você viu? O silêncio, a atenção! Viu que exemplo? Foi Deus quem mandou esta linda princesinha! – disse ela sorrindo e agradecendo porque, naquele país, a finalidade da escola era a de formar homens e mulheres de caráter irrepreensível com a ajuda dos pais, mesmo sendo camponeses.
Maria Hilda de J. Alão.
Para refletirmos
Sobre palavras...
Eu tinha uma pessoa amiga, muito especial e próxima a mim que sempre me respondia quando eu lhe dizia frases de afeto: "Palavras são só palavras"!
Eu nunca quis aceitar isso como verdade, pois, afinal, palavras sempre foi a minha maneira mais eficaz de demonstrar o quanto eu admiro, adoro ou amo uma pessoa. Geralmente as minhas palavras sempre vinham com gestos de carinho e atenção e, por fim, um abraço apertado, pois essas também são as minhas outras linguagens de demonstração de amor.
Pois é, meu amigo, hoje talvez de uma forma cruel e rasteira eu possa dizer que aprendi a lição que você sempre buscou me ensinar.
Eu entendo que as coisas tenham pesos e percepções diferentes de acordo com cada pessoa. Cada um sente de uma forma, cada um recebe de uma forma, cada um interpreta de uma forma e cada um supera as coisas de sua própria maneira. E isso deve ser respeitado.
Cada um é responsável pelo que diz e cada um é responsável pela interpretação que faz, do que se ouve ou lê. Não é mesmo?
Pois bem, hoje eu leio tantas palavras bonitas, doces, amenas, carinhosas e o que eu mais gostaria de acreditar é que "palavras não são só palavras".
É preciso muito mais do que palavras bonitas para ressignificar um coração estraçalhado por uma grande decepção.
Sinto muito em dizer isso, mas você sempre teve razão!
"Vivemos em um mundo hipócrita, de porcos capitalistas, onde o dinheiro sempre esta em primeiro lugar; onde alguns tem muito, e ao mesmo tempo, muitos não tem nada."
Parece bobagem, mas, assim que nos olhamos, a dor do término que estava me corroendo até um minuto atrás derreteu como a neve.
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