Que Saudades eu tenho da Aurora da minha Vida
Tenho levado uma vida um pouco vazia eu sei. Não porque eu tenha escolhido, mas, porque há certas situações que me detém a isso. Procuro o preenchimento que defina cada parte de mim. Procuro o caminho que me liberte destas amarras.
Eu sei que é difícil desapegar totalmente e libertar as correntes que prendem meus pés. Sei também que ficar no auge sempre é necessária muita determinação. Como também sei que viajar nas asas da vida requer sabedoria.
Por motivos promíscuos tudo tem me levado a um mundo um pouco fora do planejado. É um Mistério subjetivo que me mantém fora um bom tempo e é isso que me faz ver que a vida seja um pouco vazia.
Que a sabedoria me acompanhe sempre...que eu saiba determinar o melhor.
Pra essa pressa de ser,
Pra essa pressa de ter,
Pra essa exigência de crer:
Eu tenho uma vida inteira pra isso.
Segredo para a Vida
Você ja teve medo de algo?
Eu ja, de muita coisa e varias vezes.
Mas tenho um segredo para lhe contar.
Ja tive medo de dormir no escuro,
medo de não acordar para ir para a escola, medo de nao conseguir entrar no colegio antes do portão fechar.
Tive medo de pedir ajuda para meu professor e ele me achar burro na frente de todos.
Tive medo de me perder na primeira vez que fui sozinho para a escola, medo aranha, medo de barata e até mesmo de lagartixa.
Tive medo de abraçar um amigo e as pessoas me zoarem, medo de dar um beijo em uma menina e não ser correspondido.
Ah quantos medos eu tive e tenho até hoje.
Medo de poder sentir algo por alguém, medo de dizer não, medo de pedir e tinha muito medo de querer algo.
Tive medo de me machucar, medo de andar de bicicleta sem rodinha, medo de apanhar da minha mãe por fazer algo que eu sabia que era errado.
Medo de após me apresentar, ler algo em voz alta e não aplaudirem
Tive medo de bandido e tive medo de policia.
Medo de sair de noite, de voltar pelo beco sozinho e até mesmo de chegar em casa depois do horário que minha mãe havia falado.
Medo das vezes que não conseguia parar de chorar por me chamarem de gordo.
O pior medo era de tirar a camiseta na frente dos amigos em festas nas piscina, pois tinha certeza que viria piadas.
E o medo do desconhecido? Ja teve?
Nossa, eu até fantasiava varias coisas, possibilidades e situações que na real as vezes era até impossível acontecer.
Tive medo de não ter amigos, medo de não conseguir completar as dez voltas correndo na quadra nas aulas de educação física.
Tive medo de não ir bem nas provas e nos trabalhos, medo de não conseguir um primeiro emprego.
Tive medo de pedir alguém em namoro ou apenas pedir um beijo.
Medo de perder as pessoas mais queridas da minha vida.
medo de caminhar e não ver em quem eu pudesse apoiar.
Tive medo que Deus não ouvisse minhas orações que até as fiz gritando e fiquei com medo do meu vizinho reclamar.
São tantos medos, que as vezes da ate medo de pensar. Pois nesses medos nos achamos tão fracos, pequenos, inocentes...
Tive e tenho medo em todas as minhas primeira vezes, mas é tão bom quando passa esse medo, quando descobrimos que ficou tudo bem e nada do que sua mente disse aconteceu
Só que agora sim te conto um segredo.
Todas as vezes que tive medo, eu os venci.
Enfrentei cada um deles e no fim sai de cabeça erguida com um sorriso no rosto e com resultado positivo.
Sendo assim, descobri que esses medos, nos faz parar, pensar e ir alem do que achamos que somos capazes.
Hoje, não tenho mais medo de recomeçar, afinal... recomecei tantas vezes e em todas elas fui me sucedido, pois encontrei novos amigos, caminhos, oportunidades.
Eu tenho inúmeras razões para ser grata.
Sou grata pelo dia de hoje, por todas as bençãos e livramentos na vida dos meus amigos e na minha.
Sou grata por cada pessoa que tive e tenho a oportunidade de conhecer...
Grata pelos corações lindos que Deus tem unido ao meu...
Grata por poder acordar e descansar todos os dias com a certeza de que mais e mais pessoas e situações lindas surgirão em minha vida e me tornarão ainda mais forte, ousada e feliz.
Acontece que eu tenho medo de me apaixonar de novo e sofrer novamente. Confiar de mais e me arrepender. Chorar por quem não me deu um ''pingo de amor''. é isso que eu tenho medo.
Insania
Todas as garotas normais das quais eu tenho conhecimento, cresceram a idealizar um par perfeito para lhe completar.
Eu no meu universo distante só espero um desequilibrado que possa me rematar.
Garotas normais tem o sonho de subir ao altar e ter na vida estabilidade.
Eu só quero alguém que ao meu lado possa o universo desbravar e juntos entender o real sentido do que é liberdade.
E embora pareça mais fácil encontrar contentamento na sanidade, prefiro viver no ébrio em suma demora e encontrar a factual insânia que é a felicidade.
Marcelly Pascoal
"Eu não tenho rancores nem ódios. Esses sentimentos pertencem àqueles que têm uma opinião, ou uma profissão, ou um objetivo na vida".
(In Instabilidade - Extraído de "Fernando Pessoa - O livro das citações" - Organizado por José Paulo Cavalcanti Filho - Rio de Janeiro, Record, 2013)
Eu não tenho idade, tenho vida!”Cada ano vivido, aprendo a lidar melhor com a vida e a vivê-la com mais intensidade, mais paixão. Aprendi a lidar com os outros...a retribuir gentilezas, a defender-me dos ataques, a não dar tanta importância para o que não merece minha atenção. Aprendi que a opinião dos outros é apenas a opinião dos outros e que isso não interfere em nada na minha vida, se eu não permitir. Aprendi que algumas pessoas se aproximarão por querer me conhecer de verdade e outros nem tanto. Aprendi a ser mais gente, a estender a mão quando me pedem ajuda, a calar quando devo calar e a me afastar quando as energias simplesmente não combinam mais.
Aprendi que tolerância é a chave mestra dessa existência...e que ter um coração agradecido diferencia os felizes e os infelizes.
Aprendi a ser o meu melhor amigo e a ficar do meu lado sempre...a dizer e ouvir um "não" com sabedoria...
Aprendi a evitar comparações pois isso sempre vai me colocar pra baixo.
Aprendi que não devo esperar muito dos outros...bem pelo contrário, devo esperar pouco, bem pouquinho para ter agradáveis surpresas ao invés de decepções...
Aprendi a manter a calma, a me dar colo...e a pedir ajuda quando esse colo não for o suficiente.
Aprendi a ouvir e a confiar na minha intuição... ela é a voz de Deus em mim!
Aprendi que eu não tenho nada...tudo é ilusão...eu só tenho a mim e só terei a mim pela eternidade.
Só envelhecemos de fato, quando nos fechamos para a vida e para o novo. Quando ficamos radicais, impacientes e inflexíveis... quando nos conformamos com nossa infelicidade.
Por isso que eu não tenho idade, tenho vida!
Cada ano que passa aprendo a lidar melhor com ela...e quando mais aprendo mais ela me preenche..."
A Eva e o Adão
Mas eu não sei rimar
As meninas da minha sala são muito retardadas,
Mas eu estou te contando (risos)
Vou para a baleia
Minha família é um show
E com eles não têm
Tenho raiva de quem fala “mim”
Pratos e comida
Sopa de legumes
Não ta bom, não?
Não acredito (risos)
Ô Vitor, Nossa (risos)
Nossa ( de novo)
A amiga da minha prima
Faz uma coisa muito estranha
Que medo!
Adoro crianças
Adoro mesmo
Se eu pudesse comprava duas para trabalhar pra mim.
Eu quero minha mãe
Certa noite eu quis falar com Jesus, mas Ele me disse:
- Agora estou muito ocupado.
- É urgente!, eu disse, trata-se de minha mãe!
- Calma ... agora não posso, respondeu Ele suavemente.
Entre chocado e desapontado eu bradei:
- Está bem ! Com quem posso falar então?!?
- Comigo, mas não agora que estou tão ocupado.
Eu, doente e febril, tive que me conformar e aguardar o momento "certo" para falar com Ele.
Sozinho, naquela cidade estranha, tudo que eu queria era o abraço de minha mãe, naquele momento tão distante de mim.
A febre deve ter se elevado tanto, que adormeci. Tive sonhos confusos e agitados, onde eu me via sendo envolvido pelos braços amorosos de minha mãe.
Quando acordei, ensopado de suor, eu me sentia maravilhosamente bem. Tinha desaparecido a febre e toda aquela sensação de abandono.
Lembrei-me que havia chamado por Jesus, mas não sabia exatamente se fora um delírio ou se Ele falara comigo realmente.
Arrisquei, sentindo-me patético, a chamá-Lo de novo:
- Senhor! Agora é possível só responder-me a uma pergunta?
Para minha surpresa, eu ouvi:
- Sim. O que você quer?
- Era só para saber se realmente falei com o Senhor. Agora não quero mais nada. Já estou bem. Quando O chamei, eu ia pedir-Lhe que me trouxesse minha mãe, mas o Senhor estava muito ocupado para atender ao meu chamado. Sonhei com ela e isso foi o bastante para curar-me.
- Sim, eu estava muito ocupado, atendendo alguém que tinha mais urgência do que você: Eu estava escutando sua Mãe que me pedia para levá-la até aí.
Uma vida sem sustos. É o que desejo pra mim. Não estou dizendo uma vida sem decepções, frustrações ou êxtases: sem sustos apenas. Quero aceitar a potência dos meus sentimentos e não ficar embaraçada diante de reações incomuns. Poder receber uma ventania de pé, mesmo que ela me desloque de onde eu estava. De pé, mesmo com medo.
A Falência do Prazer e do Amor
Terceiro Tema
I
Beber a vida num trago, e nesse trago
Todas as sensações que a vida dá
Em todas as suas formas [...]
.....................................................................
Dantes eu queria
Embeber-me nas árvores, nas flores,
Sonhar nas rochas, mares, solidões.
Hoje não, fujo dessa idéia louca:
Tudo o que me aproxima do mistério
Confrange-me de horror. Quero hoje apenas
Sensações, muitas, muitas sensações,
De tudo, de todos neste mundo — humanas,
Não outras de delírios panteístas
Mas sim perpétuos choques de prazer
Mudando sempre,
Guardando forte a personalidade
Para sintetizá-las num sentir.
Quero
Afogar em bulício, em luz, em vozes,
— Tumultuárias [cousas] usuais —
o sentimento da desolação
Que me enche e me avassala.
Folgaria
De encher num dia, [...] num trago,
A medida dos vícios, inda mesmo
Que fosse condenado eternamente —
Loucura! — ao tal inferno,
A um inferno real.
II
Alegres camponeses, raparigas alegres e ditosas,
Como me amarga n'alma essa alegria!
.....................................................................
Nem em criança, ser predestinado,
Alegre eu era assim; no meu brincar,
Nas minhas ilusões da infância, eu punha
O mal da minha predestinação.
.....................................................................
Acabemos com esta vida assim!
Acabemos! o modo pouco importa!
Sofrer mais já não posso. Pois verei —
Eu, Fausto — aqueles que não sentem bem
Toda a extensão da felicidade,
Gozá-la?
.....................................................................
Ferve a revolta em mim
Contra a causa da vida que me fez
Qual sou. E morrerei e deixarei
Neste inundo isto apenas: uma vida
Só prazer e só gozo, só amor,
Só inconsciência em estéril pensamento
E desprezo [...]
Mas eu como entrarei naquela vida?
Eu não nasci para ela.
III
Melodia vaga
Para ti se eleva
E, chorando, leva
O teu coração,
Já de dor exausto,
E sonhando o afaga.
Os teus olhos, Fausto,
Não mais chorarão.
IV
Já não tenho alma. Dei-a à luz e ao ruído,
Só sinto um vácuo imenso onde alma tive...
Sou qualquer cousa de exterior apenas,
Consciente apenas de já nada ser...
Pertenço à estúrdia e à crápula da noite
Sou só delas, encontro-me disperso
Por cada grito bêbedo, por cada
Tom da luz no amplo bojo das botelhas.
Participo da névoa luminosa
Da orgia e da mentira do prazer.
E uma febre e um vácuo que há em mim
Confessa-me já morto... Palpo, em torno
Da minha alma, os fragmentos do meu ser
Com o hábito imortal de perscrutar-me.
V
Perdido
No labirinto de mim mesmo, já
Não sei qual o caminho que me leva
Dele à realidade humana e clara
Cheia de luz [...] alegremente
Mas com profunda pesadez em mim
Esta alegria, esta felicidade,
Que odeio e que me fere [...]
.....................................................................
Sinto como um insulto esta alegria
— Toda a alegria. Quase que sinto
Que rir, é rir — não de mim, mas, talvez,
Do meu ser.
VI
Toda a alegria me gela, me faz ódio.
Toda a tristeza alheia me aborrece,
Absorto eu na minha, maior muito Que outras
[...]
.....................................................................
Sinto em mim que a minha alma não tolera
Que seja alguém do que ela mais feliz;
O riso insulta-me, por existir;
Que eu sinto que não quero que alguém ria
Enquanto eu não puder. Se acaso tento
Sentir, querer, só quero incoerências
De indefinida aspiração imensa,
Que mesmo no seu sonho é desmedida ...
VII
tua inconsciência alegre é uma ofensa
para mim. O seu riso esbofeteia-me!
Tua alegria cospe-me na cara!
Oh, com que ódio carnal e espiritual
escarro sobre o que na alma humana
Fria festas e danças e cantigas...
....................................................................
Com que alegria minha, cairia
Um raio entre eles! Com que pronto
Criaria torturas para eles
Só por rirem a vida em minha cara
E atirarem à minha face pálida
O seu gozo em viver, a poeira — que arda
Em meus olhos — dos seus momentos ocos
De infância adulta e tudo na alegria!
.....................................................................
Ó ódio, alegra-me tu sequer!
Faze-me ver a Morte. roendo a todos,
Põe-me ria vista os vermes trabalhando
Aqueles corpos! [...]
VIII
Triste horror d'alma, não evoco já
Com grata saudade, tristemente,
Estas recordações da juventude!
Já não sinto saudades, como há pouco
Inda as sentia. Vai-se-me embotando,
Co'a força de pensar, contínuo e árido,
Toda a verdura e flor do pensamento.
Ao recordar agora, apenas sinto,
Como um cansaço só de ter vivido,
Desconsolado e mudo sentimento
De ter deixado atrás parte de mim,
E saudade de não ter saudade,
Saudades dos tempos em que as tinha.
Se a minha infância agora evoco, vejo
— Estranho! — como uma outra criatura
Que me era amiga, numa vaga
Objetivada subjetividade.
Ora a infância me lembra, como um sonho,
Ora a uma distância sem medida
No tempo, desfazendo-me em espanto;
E a sensação que sinto, ao perceber
Que vou passando, já tem mais de horror
Que tristeza [...]
E nada evoca, a não ser o mistério
Que o tempo tem fechado em sua mão.
Mas a dor é maior!
IX
Ó vestidas razões! Dor que é vergonha
E por vergonha de si-própria cala
A si-mesma o seu nexo! Ó vil e baixa
Porca animalidade do animal,
Que se diz metafísica por medo
A saber-se só baixa ...
.....................................................................
Ó horror metafísico de ti!
Sentido pelo instinto, não na mente!
Vil metafísica do horror da carne,
Medo do amor...
Entre o teu corpo e o meu desejo dele
'Stá o abismo de seres consciente;
Pudesse-te eu amar sem que existisses
E possuir-te sem que ali estivesses!
Ah, que hábito recluso de pensar
Tão desterra o animal que ousar não ouso
O que a [besta mais vil] do mundo vil
Obra por maquinismo.
Tanto fechei à chave, aos olhos de outros,
Quanto em mim é instinto, que não sei
Com que gestos ou modos revelar
Um só instinto meu a olhos que olhem ...
.....................................................................
Deus pessoal, deus gente, dos que crêem,
Existe, para que eu te possa odiar!
Quero alguém a quem possa a maldição
Lançar da minha vida que morri,
E não o vácuo só da noite muda
Que me não ouve.
X
O horror metafísico de Outrem!
O pavor de uma consciência alheia
Como um deus a espreitar-me!
Quem me dera
Ser a única [cousa ou] animal
Para não ter olhares sobre mim!
XI
Um corpo humano!
Às vezes eu, olhando o próprio corpo,
Estremecia de terror ao vê-lo
Assim na realidade, tão carnal.
XII
................................................. Sinto horror
À significação que olhos humanos
Contém...
.....................................................................
Sinto preciso
Ocultar o meu íntimo aos olhares
E aos perscrutamentos que olhares mostram;
Não quero que ninguém saiba o que sinto,
Além de que o não posso a alguém dizer...
XIII
Com que gesto de alma
Dou o passo de mim até à posse
Do corpo de outros, horrorosamente
Vivo, consciente, atento a mim, tão ele
Como eu sou eu.
XIV
Não me concebo amando, nem dizendo
A alguém "eu te amo" — sem que me conceba
Com uma outra alma que não é a minha
Toda a expansão e transfusão de vida
Me horroriza, como a avaro a idéia
De gastar e gastar inutilmente —
Inda que no gastar se [extraia] gozo.
XV
Quando se adoram, vividos,
Dois seres juvenis e naturais
Parece que harmonias se derramam
Como perfumes pela terra em flor.
Mas eu, ao conceber-me amando, sinto
Como que um gargalhar hórrido e fundo
Da existência em mim, como ridículo
E desusado no que é natural.
Nunca, senão pensando no amor,
Me sinto tão longínquo e deslocado,
Tão cheio de ódios contra o meu destino. —
De raivas contra a essência do viver.
XVI
Vendo passar amantes
Nem propriamente inveja ou ódio sinto,
Mas um rancor e uma aversão imensos
Ao universo inteiro, por cobri-los.
XVII
O amor causa-me horror; é abandono,
Intimidade...
... Não sei ser inconsciente
E tenho para tudo [...]
A consciência, o pensamento aberto
Tornando-o impossível.
E eu tenho do alto orgulho a timidez
E sinto horror a abrir o ser a alguém,
A confiar n’alguém. Horror eu sinto
A que perscrute alguém, ou levemente
Ou não, quaisquer recantos do meu ser.
Abandonar-me em braços nus e belos
(Inda que deles o amor viesse)
No conceber do todo me horroriza;
Seria violar meu ser profundo,
Aproximar-me muito de outros homens.
Uma nudez qualquer — espírito ou corpo —
Horroriza-me: acostumei-me cedo
Nos despimentos do meu ser
A fixar olhos pudicos, conscientes.
Do mais. Pensar em dizer "amo-te"
E "amo-te" só — só isto, me angustia...
XVIII
[...] eu mesmo
Sinto esse frio coração em mim
Admirado de ser um coração
Tão frio está.
XIX
Seria doce amar, cingir a mim
Um corpo de mulher, mais frio e grave
e feito em tudo, transcendentalmente
O pensamento agrada-me, e confrange-me
Do terror de perto, e [junto]
Em sensação ao meu, um outro corpo.
Gelada mão misteriosa cai
Sobre a imaginação [...]
XX
É isto o amor? Só isto? [...]
.....................................................................
Sinto ânsias, desejos,
Mas não com meu ser todo. Alguma cousa
No íntimo meu, alguma cousa ali
— Fria, pesada, muda — permanece.
[P'ra] isto deixei eu a vida antiga
Que já bem não concebo, parecendo
Vaga já.
Já não sinto a agonia muda e funda
Mas uma, menos funda e dolorosa,
[Bem] mais terrível raiva [...]
De movimentos íntimos, desejos
Que são como rancores.
Um cansaço violento e desmedido
De existir e sentir-me aqui, e um ódio
Nascido disto, vago e horroroso,
A tudo e todos...
XXI
— Amo como o amor ama.
Não sei razão pra amar-te mais que amar-te.
Que queres que te diga mais que te amo,
Se o que quero dizer-te é que te amo?
.....................................................................
Quando te falo, dói-me que respondas
Ao que te digo e não ao meu amor.
.....................................................................
Ah! não perguntes nada; antes me fala
De tal maneira, que, se eu fora surda,
Te ouvisse todo com o coração.
Se te vejo não sei quem sou: eu amo.
Se me faltas [...]
... Mas tu fazes, amor, por me faltares
Mesmo estando comigo, pois perguntas —
Quando é amar que deves. Se não amas,
Mostra-te indiferente, ou não me queiras,
Mas tu és como nunca ninguém foi,
Pois procuras o amor pra não amar,
E, se me buscas, é como se eu só fosse
Alguém pra te falar de quem tu amas.
.....................................................................
Quando te vi amei-te já muito antes:
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.
.....................................................................
E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma 'strada
Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é toda humana.
.....................................................................
Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já longe, mas de longe...
.....................................................................
Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta!
— Compreendo-te tanto que não sinto,
Oh coração exterior ao meu!
Fatalidade, filha do destino
E das leis que há no fundo deste mundo!
Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto
De o sentir...?
.....................................................................
XXII
Pra que te falar? Ninguém me irmana
Os pensamentos na compreensão.
Sou só por ser supremo, e tudo em mim
É maior.
XXIII
Reza por mim! A mais não me enterneço.
Só por mim mesmo sei enternecer-me,
Soba a ilusão de amar e de sentir em que forçadamente me detive.
Reza por mim, por mim! Eis a que chega
A minha tentativa [em] querer amar.
A pior ambição de um homem é desejar colher pela vida inteira os frutos daquilo que ele nunca plantou.
Questionar nossas limitações é o que derruba as muralhas da vida - nos negócios, nos relacionamentos, entre países. Creio que todo o progresso humano é precedido por novas perguntas.
Conserve seu medo mas sempre ficando sem medo de nada, por que dessa vida de qualquer maneira não se leva nada.
Gerânio
Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente
Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
E de repente sua vida começa a ganhar um novo sentido,
e mesmo os mais difíceis desafios tornam-se animadores,
e você começa a sentir que pode ser feliz de novo...
Duas coisas nesta vida é importante que venhamos a aprender,
mais cedo ou mais tarde:
amar a si próprios
e amar a quem nos dá valor.
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!
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