Que Saudade dos meus 15 anos
Meus sentimentos não mudam nada, minha tristeza não traz quem eu desejo de volta. O meu amor não obriga a outra parte me amar, a minha amizade não faz com que a outra parte seja amiga como eu sou! Meu saudosismo não me traz amigos, momentos nem lugares de volta. É tudo meu, minhas experiências, meus conflitos, meus surtos... E só no meu tempo vou aprender a lidar com situações e pessoas da minha maneira, espero que amadurecida e melhor.
Saudades dos meus tempos de criança,onde a vida era uma eterna esperança,cheia de alegria, o céu era mais azul.
Saudades do colo que eu tinha, da mão amiga que me estendia, daquela voz doce que me acalentava, daquele olhar terno que me encantava.
Verdes olhos de amores, verdes olhos de paz que tristemente já não veri mais.
Os olhos dela penetravam os meus e ela abria um sorriso pra mim de um jeito com cara de quem me quer de imediato, eu não podia negar, aquilo tudo me envolvia de maneiras inimagináveis, ela me tira do chão, a voz dela vem perfurando meus ouvidos com tanta delicadeza; Eu sigo todo o seu corpo com os olhos, e me pergunto: quanto tempo ela vai demorar pra tirar toda essa roupa? A espera pelo toque enlouquece devagar, e vai ficando cada vez mais insuportável, sem hesitar eu sigo seu corpo outra vez, mas dessa vez com as mãos, e o seu olhar vem me atingindo até me perder completamente entre os ruídos que ecoam dentro do quarto inteiro.
É só uma meia luz com você, e eu já não sei o que eu vou fazer porque meus pensamentos vão se apagando devagar enquanto os corpos se encontram, e as línguas se entrelaçam em um beijo quente, tão quente que eu sinto meu corpo inteiro fervendo. E no dia seguinte eu olho pro lado e esse cenário não me deixa em paz. Se eu te pedisse pra ficar pra sempre? Você ficaria? Tudo aqui é tão vazio sem você.
Lá fora o vento está soprando, as árvores dançando, e as nuvens vão caminhando. Com estas vão meus pensamentos sobrevoando as alturas em busca de teus lábios... E como na ansiedade de um beija-flor, beijá-la, para sentir o doce de tua alma...
Quero te encontrar não apenas nos meus sonhos, mas na minha realidade que anseia por uma presença que nunca sentiu.
A escuridão dos meus pensamentos estraçalham as esperanças dentro de meu coração acuado. Não são mais coisas que tento evitar. Sinto o fervor guardado há tanto tempo subindo pela minha pele, fazendo de mim um vulcão ativo, vivo. Um vulcão que se dirige à destruição sem resistir. Algo incontrolável como também irresistível. Meu interior luta para que meus olhos mantenham o foco de uma vida desfragmentada. Enquanto algumas partes tentam se perdoar, outras simplesmente declaram guerra ao seu semelhante. As lágrimas são principiantes nesse jogo de ameaças, escorrem pelo meu rosto desenhando a forma da angustia em meu corpo. Uma batalha sem fim. Onde não haverá ganhadores, porém um corpo sem vida. Uma alma sem direção. Uma consciência enlouquecida por vida e um subconsciente encharcado na dor. Mãos trêmulas tentam limpar, os símbolos da derrota em meu consciente. Porém, meus pensamentos contraditórios gritam coisas insensatas a todo instante. Meus pés já não sabem as coordenadas assim como meus braços, parecem mortos. A alma que antes costumava existir dentro de meu ser, deixou de resistir para aceitar o seu destino final. Meus lábios tentam inultimente dizer suas ultimas palavras, mas o único som audível é o do vazio. Por vontade própria, cansada de viver em um mundo de guerra e ambição, meu cérebro se desliga vagarosamente e transforma toda aquela realidade em fantasia. Construindo um novo e espetacular mundo, onde dor e desespero não existem. É por esse motivo, que ela dorme tanto.
Minhas unhas arranham minha pele em busca de respostas. Meus dentes rangem enquanto todas as questões circulam em minha mente. Olho para caneta em cima da mesa e não encontro palavras para descrever. As vezes sinto que estou ficando mais clara, quase translúcida. Parece que estou desaparecendo aos poucos.
Se você pudesse sorrir só para mim dizendo que não demora a clarear meus olhos, meus pés não estariam tão firmes de volta ao chão...
Labirintos atraem meus instintos como a força de uma onda vinda lá de longe, bem de longe... Ela chega fraca na areia, e leva os nomes escritos com os dedos...
Aquele para quem eu dedico todos os meus pensamentos e minhas palavras não sabe ao menos do terço do que eu quero falar e é o único à qual não vê elas.
Em um jardim de trigo vejo os contornos fotografados dentro dos meus olhos, nos meus jardins dos espelhos narcisos...
onde te trago gotas escritas de mim!
Desassossego
Meia eternidade pensamos
meia razão para eternizarmos a imensa e insana solidão dessa meia vida
meio tosca e rubra existência
meia lágrima
meia sombra
meio copo de água
meia dúzia de lágrimas
meia tigela de sal grosso
meio feto
meia criança
meios adolescentes
meio mulher
meio homem
meio velhos
meia velha vida
vida velha meia vida velha quase inteira
meias dores
meias mágoas
Meios corações destroçados,
Meias dores
meio engano
meio erro
meios grávidos, ávidos
mas nunca haverá meia morte
os homens morrem inteiros
e mesmo assim ainda estávamos longe de ser inteiros
Nina Pilar
Trânsito congestionado e velhas folhas jogadas pelo vendo sobre o ar
são os desníveis do ser desconstruído
espelho cruel da natureza
olho com tristeza para as folhas no ar sem ar
folhas das árvores brutalizadas, sangradas
resistem às dores desumanas
escuto seus gemidos ecoando sobre a noite
queria dar-lhes minha canção como um alento
abro o livro morada das palavras mais sensíveis e choro
pego uma seta aponto a porta dos versos, são pontes
abro as portas o caminho dos ventos
sobre todos os desejos brutais e humanos
façam-se recipientes das escolhas
escalas escadas e das sombras saem nós
vogal acento grave
tomba o corpo bebam as palavras embriaguem-se enlouqueçam
livro aberto expande-se esclarece
percebo o tangível plano oscilo no vacilo
minhas pernas tremem uma pausa ainda não chegou à hora calma
velo imagens retorcidas pelo espelho concêntrico
do sentir-se livre entre as páginas branca de um livro dedico-te o poema
ainda inacabado entre tintas (a)penas o invisível ausente preenchido
faço rezas, acendo velas olho duendes, fadas
quem sabe eles não atendem aos meus delírios
no móvel imóvel escuro madeiras (ébano) de lei real
neste quadrado mil candelabros de cristal imagem invertida da colher
ao arco um aceno incontido
teu breve estado de ainda ser sem estar
a casa última morada esta ficando transparente
olho em volta só o silencia das vozes sussurradas nos ouvidos curiosos são os martírios
e ainda estas aqui
amanha não sei...
às horas passam e tudo parece tão quieto
o livro aberto continua em branco
hoje, eu ainda não escrevi
Nina Pilar
A TUA SOMBRA
Tudo que consigo ver são reflexos toscos
opacos
nublados
imagem crua em um espelho de cristal quebrado
será que as borboletas sabem como são belas quando deixam seu casulo
às nossas cicatrizes conhecem seus caminhos e como são belas cicatrizadas
em nos a sua geografia
mapeiam os corpos ao sabor das mares
marcando para sempre tantas vidas e com elas meus caminhos secretos eternizam-se
minhas guias, olheiras fieis
minhas quatro estações meu maior talento é segui-las
transito no céu entre tantas estrelas de plantão amaciando a voz dos trovões acalmando a fúria dos relâmpagos e encanto-me
na maciez plácida tua pela branca
entre paredes
entre lençóis na cama
no horizonte eu vejo e entre nuvens escrevo o teu nome
pronuncio como quem degusta mel monossilabicamente
O dia entre nós não têm medidas nem distancia
à distância é apenas uma linha que nos liga entre dois pontos e nada significam
pois, teu sorriso pleno sereno e largo eu o trago comigo
beijo a tua face, encontro-me na geografia o teu corpo
às minhas mãos o contorno triste, esta no risco
do mapa AUSENTE na ausência marcada entre alfinetes
meus gestos lentos apenas simulados
meus pés já desenharam mais de mil atalhos
agora compreendo
és o mais terrível e implacável
feroz
mortal
olha lá...
estes são nossos eus
os nossos atalhos!
Nina Pilar
O tempo passa, criei tantas histórias, percorri tantos caminhos mas sua imagem permanece em meus pensamentos...
O encanto
O encanto beija-me.
Meus lábios me sugerem que a ilusão beijou-me.
Agora é a consumação da tragédia que agrurava-me sem razão.
O encanto chegou num momento
Em que eu nada sei.
O caminho de pedras e pedras
Sem fim. Sem razão. Sem sina.
Se você entende o que é Graça, e como ela somente inclui, não exclui, meus parabéns!
Você esta apto para viver os valores e os conceitos do Evangelho do Reino de Deus.
Sou só eu que às vezes quando estou pensando em alguma coisa,
paro e fico relembrando todos meus pensamentos anteriores para saber como cheguei ao meu atual pensamento?
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